Fundamentos 2
Pesquisas Acadêmicas: Fundamentos 2. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 21/4/2014 • 1.949 Palavras (8 Páginas) • 346 Visualizações
FACULDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CURSO DE ENSINO À DISTÂNCIA
UNIDADE 2
SERVIÇO SOCIAL
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICOS METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL II.
ANDRE FILIPE– RA:
LUCIMAR DE ALMEIDA SILVA – RA: 5516112426
LUCIMEIRE VIEIRA ROSA --RA: 1299150559
MARCELO FERREIRA BARROSO – RA: 5319984801
MARCIA DIAS DOS SANTOS – RA: 5312960060
TUTORA À DISTÂNCIA: ANA CLÁUDIA PALMEIRA
TUTORA PRESENCIAL: ARIANE AMORIM
BELO HORIZONTE, 17 DE ABRIL DE 2013.
Introdução
Reconceituação do serviço social
Este texto procura identificar através da literatura sobre o movimento de reconceituação do serviço social no Brasil. A igreja católica exerceu grande importância em resposta à realidade de um posicionamento ideológico. O movimento de reconceituação do serviço social é decorrente das desigualdades de classes e das questões sociais devido à elevação do capitalismo. A decorrência do serviço social se da num processo de conservação e renovação, no Brasil, o serviço social vincula a doutrina da Igreja católica, ela surge como da ação social e do catolicismo da igreja sob o ponto de vista dos assistentes sociais brasileiros assim como dos europeus, essa aproximação se justificava pela necessidade de corrigir a fragilidade em termos operativos, do projeto profissional de orientação neotomista-cristã. (Pire 2005)
As principais escolas de serviço social, são fundadas por grupos cristãos, quem frequentava era aluno de classe media que quando não eram professores buscavam o exercício remunerado, ou seja, eram assalariados que atuavam sobre questão social.
O serviço social no Brasil, apropriou-se nas praticas e nos métodos Americanos e introduziu no serviço social das escolas, o serviço social de caso, serviço social de grupo organizações sociais das comunidades. Nas décadas de 50-60 e no início de 70, através de assistência a projetos, cursos, seminários e o alcance da amplitude nos contextos literários, as escolas de serviço sociais passaram a incluir nos currículos ao ensino de desenvolvimento as comunidades, como projetos desempenhados com apoio a instituições públicas como: (Sudene, sudam, sudesul).
A implantação de politicas no Brasil, relevou uma realidade subdesenvolvida, mostrando baixo o índice de renda da população, a ausência de infraestrutura, de saneamento, analfabetismo, baixo nível de saúde e de escolaridade, passou então vigorar o técnico do serviço social mais atuante. Na década de 60, os assistentes sociais organizavam vários encontros, nacionais e regionais, para por em pauta assuntos de grandes interesses para a categoria. Em 1961, no Rio de Janeiro ocorreu o II congresso Brasileiro, onde o tema central foi Desenvolvimento nacional para o bem estar sócia.
Desenvolvimento de conferencia internacional ocorrido em 1962 em Petrópolis enfocou o tema: desenvolvimento de comunidades urbanas e rurais.
Estes fatos foram apresentados para mostrar o posicionamento da categoria mediante a iniciativa internacional que nesse período apoiava as estratégias desenvolvimentistas do país. Configura-se então o que passa o domínio do movimento de reconceituação norte Americano, seria a valorização da profissão desde os meados da década de 30 até a década de 60, os profissionais baseavam-se no ideário Norte Americano. Outros encontros também aconteceram como o de Araxá 1967 e de Teresópolis 1970 na tentativa de adequar o serviço social as tendências políticas que eram regidas pela ditadura. O encontro de Araxá em MG teve como principal objetivo repensar em maior profundidade a teoria básica do serviço social e de sua metodologia.
Em 1978 realizou-se o encontro de Sumaré (RJ) objetivando a cientificidade do serviço social. 1965 em Porto Alegre o primeiro encontro latino Americano de serviço social. Nos meados de 60 para 70 foi uma forte crítica ao serviço social tradicional de pratica empirista burocrática. A ruptura com o conservadorismo foi uma luta travada, dai a vitória por alcançar novas bases de legitimação da ação profissional. O movimento de conceituação do serviço social no Brasil teve cinco enfoques diferentes: científico, técnico-metodológico, ideológico-político, ciência do cotidiano e luta pela profissionalização; estes itens foram propostos a critica radical do serviço social tradicional e o esforço do serviço social em criar uma teoria e práxis do serviço social em resposta a realidade Latino Americano ao posicionamento de ideológico.
A tomada das experiências recebidas dos Estados Unidos levou o serviço social a rechaçar o uso indiscriminado de metodologia e de suas formas operativas. Um impulso crítico ao capitalismo. A assistência social produziu boas análises da atuação do serviço social nesta mesma realidade brasileira, mas dificilmente se encontra análises do da atuação do serviço social. Nesta mesma realidade a visão de um trabalho de ajustamento de integração do indivíduo ao seu meio, ou seja, um todo harmônico. Um comprometimento com a realidade e com o povo oprimido onde a sociedade consumista injusta e o contraste entre ricos e pobres é muito grande.
Reconhece-se que o trabalho social encontra-se na contradição entre trabalho profissional e trabalho político. Dependendo de sua atuação ao lado dos trabalhadores e na organização do sistema de organização da sociedade classista.
O objetivo do serviço social é a ação libertadora e transformadora do sistema de dominação, assim entendido o serviço social como uma práxis precisa atuar para alcançar uma mudança. Em 1993 foi aprovada uma lei que regulamenta está profissão de serviço social. Em 1979 foi aprovada pela Assembleia da associação brasileira de escolas de serviço social implementada a partir de 1982. Defendeu uma visão crítica com transformações sociais, pesquisas teóricas histórico-metodológicas e em 1998-2000 busca-se um profissional generalista em ruptura com as especializações. (NETTO 2005)
Desde então o serviço social reivindicou atividade de planejamento para além dos níveis de intervenção micros sociais valorizando o estatuto intelectual do assistente social com qualidade para uma análise teórica ,critica da sociedade na sua história . Desafio que cada um de nós que buscamos cada dia mais desbravar caminhos que nos leve a perfeição, dinamismo, trilhando em passos da verdade e da descoberta.
Sem dúvida ainda falta muitos passos para que o assistente social alcance a plenitude da profissão.
A crise econômica marcada pela internacionalização da economia, o fortalecimento do setor privado e do capital internacional, no governo de Juscelino Kubitscheck-JK no final da década de 50 inicio de 60, deixa a política social do Brasil em segundo plano, regulamentando a lei orgânica da Previdência Social. A profissão do serviço social firma no Brasil, favorecendo a classe burguesa, fazendo um trabalho para a classe dominante para que os menos favorecidos se sentissem amparados. A igreja católica apoiava defendendo um trabalho de assistencialismo, caracterizando o profissional de Serviço Social como o que faz caridade. Após o projeto de reformas, os conservadores capitalistaS temendo um regime socialista, derrubam João Goulart aplicando o golpe militar, suspendendo as eleições para os cargos mais importantes como presidente. No governo de Médici surge o “Milagre Econômico “com o crescimento da economia brasileira, expansão da exportação industrial e agrícola”“. No entanto no Brasil existia eficiência financeira sem equidade social. Posterior tem o general Ernesto Geisel iniciando a abertura política que se consolida com o general João Baptista Figueiredo através da redemocratização.
A necessidade de Reconceituação do Serviço Social surge para responder aos questionamentos da sociedade, para atender as reais necessidades da América latina, em confronto com governos imperialistas e capitalistas. Esse movimento influenciou o Brasil, onde a categoria buscou a fundamentação para sua metodologia, teórica, técnica e operacional, em função da realidade social mais alargada e mais critica das desigualdades sociais.
O movimento de reconceituação contribuiu fundamentalmente para deslocar o eixo de preocupação do Serviço Social da situação particular para uma relação geral [...] e de uma visão psicologizante e puramente interpessoal para uma visão política da interação e intervenção.” (Ozanira, apud Faleiros 132).
Á partir dos anos 60 o conservadorismo e o tradicionalismo do Serviço Social passaram a ser questionados, nos anos 70 e 80 o movimento de reconceituação tem como causa o aumento das desigualdades sociais, e a inadequação do Serviço Social no atendimento das demandas Brasileiras, uma vez que toda fundamentação vinha de outros países. Porem a ruptura não ocorre de imediato tem todo um processo de construção, com questionamentos e reflexões críticas acerca do conteúdo teórico-metodológico da prática profissional, ante as especificidades do contexto social no qual se inscreve Os profissionais se tornaram mais progressistas, vendendo a sua força de trabalho, se reconhecendo como trabalhadores, com compromisso de defender os direitos dos trabalhadores.
“A existência deste Serviço Social crítico que hoje implementa o chamado Projeto Ético Político é a prova conclusiva da permanente atualidade da Reconceituação como ponto de partida crítica ao tradicionalismo; é a prova de que, 40 anos depois a Reconceituação continua viva”. (p. 18 revista).
Os seminários de Araxá e Alto da Boa Vista foram de grande importância, pois reinsere a classe na política, construindo um projeto Ético político do serviço social. Criando uma identidade profissional baseada na dinâmica profissional critica, analisando a realidade, totalidade aplicando a universalidade e a equidade, A construção do Projeto ético Político uma proposta ideológica construído diariamente, composto de três documentos: Diretrizes Curriculares, Código de Ética de 1986 e Lei 8.662/92, só foi possível a partir da reconceituação, pois sua gênese se deu na segunda metade da década de 1970. Atrelado com a teoria social de Marx possibilitou nova visão da categoria, Tendo como consequência para o serviço social, a divisão do “antes e após”. Formando profissionais com novos perfis, criticastes das perspectivas individualistas, buscando embasamento cientifico e ético para sua intervenção, além de formação continuada como respaldo do novo caráter moderno e atuante da profissão. Representando o inicio de uma nova práxis, um novo modo de refletir, pensar e agir criando vínculos com ações transformadoras indo muito além do capital, defendendo os direitos humanos, recusando o arbítrio e autoritarismo.
Correntes Positivistas
O fundador do positivismo foi Augusto Comte que criou no século XIX. É uma tendência dentro do Idealismo Filosófico e representa nele uma das linhas do Idealismo. Podemos distinguir três momentos na evolução do positivismo. A primeira fase positivismo clássico, na qual, além do fundador Comte, também se sobressaem os nomes de Littré, Spencer e Mill. Logo após o final do século XIX, o empiriocriticismo de Avenarius e Mach. A terceira denomina-se de neopositivismo e compreende uma série de matizes, entre os quais se podem anotar o positivismo lógico, o empirismo lógico, vinculados ao Círculo de Viena. Facilmente se observa que a filosofia positiva se colocou no extremo oposto da especulação pura, exaltando, sobretudo, os fatos. O positivismo rejeita o conhecimento metafísico, devendo limitar-se ao conhecimento positivo, aos dados imediatos da experiência. Os positivistas não consideram os conhecimentos ligados às crenças, superstição ou qualquer outro que não possa ser comprovado cientificamente. Para eles, o progresso da humanidade depende exclusivamente dos avanços científicos. Defende a ideia de que tanto os fenômenos da natureza como os da sociedade são regidos por leis invariáveis. O positivismo defende a ideia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro. De acordo com os positivistas somente pode-se afirmar que uma teoria é correta se ela foi comprovada através de métodos científicos válidos. Positivismo é a visão de que o inquérito científico sério não deveria procurar causas últimas que derivem de alguma fonte externa, mas, sim, confinar-se ao estudo de relações existentes entre fatos que são diretamente acessíveis pela observação. Os positivistas abandonaram a busca pela explicação de fenômenos externos, como a criação do homem, por exemplo, para buscar explicar coisas mais práticas e presentes na vida do homem, como no caso das leis, das relações sociais e da ética. O positivismo se inspira no método de investigação das ciências da natureza ,e procura identificar na vida social as mesmas relações e princípios com os quais os cientistas explicam a vida natural e especifica a biologia e elimina o papel da pratica social como elemento gerador de mudanças na sociedade.
O positivismo proclama como função essencial da ciência sua capacidade de prever. “O verdadeiro espírito positivo consiste em ver para prever” (Triviños, 1987, p. 35).
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