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Gênero e Sexualidade Resumo

Por:   •  28/11/2015  •  Resenha  •  1.312 Palavras (6 Páginas)  •  788 Visualizações

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GÊNERO, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO:

Uma perspectiva pós-estruturalista

1 – A emergência do Gênero

No primeiro capítulo a autora inicia o texto relacionando o conceito de gênero ligado diretamente à história do movimento feminista contemporâneo, implicado nos aspectos lingüísticos e políticos de lutas.

Aqui são abordadas várias questões do movimento feminismo, que se deu, de maneira organizada a partir do Séc. XX no Ocidente, e destaca “O sufragismo”, movimento voltado para estender o direito do voto às mulheres. Com uma amplitude inusitada, alastrando-se por vários países ocidentais ocorrido na virada do século, como a “primeira onda” do feminismo, no entanto, foi na, denominada, "segunda onda", iniciada no final da década de 1960, que o feminismo, além das preocupações sociais e políticas, irá se voltar para as construções propriamente teóricas, onde será engendrado e problematizado o conceito de gênero. Em 1968, o movimento ganha forças, inspirado nas manifestações que já vinham ocorrendo em outros países, observarmos intelectuais, estudantes, negros, mulheres, jovens, enfim, diferentes grupos que, de muitos modos que vinha se constituindo e que continuaria se desdobrando em movimentos específicos e em eventuais solidariedades, contra à discriminação, à segregação e ao silenciamento, 1968 é então, considerado como um marco da rebeldia e da contestação.

Tornar visível aquela que fora ocultada foi o grande objetivo das estudiosas feministas desses primeiros tempos. A segregação social e política a que as mulheres foram historicamente conduzidas tivera como conseqüência a sua ampla invisibilidade como sujeito.

A autora segue o texto fazendo uma alusão a um posicionamento biológico que justifica as desigualdades sociais entre homens e mulheres, rementendo-as, geralmente, às características biológicas. Gênero, sexo e sexualidade, não há, contudo, a pretensão de negar que o gênero se constitui com ou sobre corpos sexuados, ou seja, a biologia,enfatiza, deliberadamente, a construção social e histórica produzida sobre as características biológicas. Em seguida ela nos remete ao debate no campo do social, mostrando que é nele que se constroem e se reproduzem as relações (desiguais) entre os sujeitos. É no âmbito das relações sociais que se constroem os gêneros.

No Brasil, será já no final dos anos 80 que, a princípio timidamente, depois mais amplamente, feministas passarão a utilizar o termo "gênero" fundamentado à construção de papéis masculinos e femininos e cada um/a deveria conhecer o que é considerado adequado (e inadequado) para um homem ou para uma mulher numa determinada sociedade, e responder a essas expectativas. E nos remete ao conceito de identidade, baseado nas formulações mais críticas dos Estudos Feministas e dos Estudos Culturais, afirmando que os sujeitos têm identidades plurais, múltiplas; identidades que se transformam, que não são fixas ou permanentes, que podem, até mesmo, ser contraditórias.

Guacira se refere aos estudos de Foucault para estabelecer algumas distinções entre gênero e sexualidade, ou entre identidades de gênero e identidades sexuais, onde, os sujeitos podem exercer sua sexualidade de diferentes formas, eles podem "viver seus desejos e prazeres corporais" de muitos modos (Weeks, apud Britzman, 1996). Suas identidades sexuais se constituiriam, pois, através das formas como vivem sua sexualidade, com parceiros/as do mesmo sexo, do sexo oposto, de ambos os sexos ou sem parceiros/as. Por outro lado, os sujeitos também se identificam, social e historicamente, como masculinos ou femininos e assim constroem suas identidades de gênero. Portanto, difícil pensá-las distintivamente. Sujeitos masculinos ou femininos podem ser heterossexuais, homossexuais, bissexuais. O que importa aqui considerar é que tanto na dinâmica do gênero como na dinâmica da as identidades são sempre construídas, elas não são dadas ou acabadas num determinado momento. Toda identidade sexual é um constructo instável, mutável e volátil, uma relação social contraditória e não finalizada.

A homofobia, o medo voltado contra os/as homossexuais, pode se expressar ainda numa espécie de "terror em relação à perda do gênero", ou seja, o terror de não ser mais considerado como um homem ou uma mulher "reais” ou "autênticos/as".

Ao aceitarmos que a construção do gênero é histórica e se faz incessantemente, estamos entendendo que as relações entre homens e mulheres, os discursos e as representações dessas relações estão em constante mudança, continuamente se transformando. Sendo assim, é indispensável admitir que até mesmo as teorias e as práticas feministas — com suas críticas aos discursos sobre gênero e suas propostas de desconstrução — estão construindo gênero.

O que se pode extrair desse primeiro capítulo é a questão de que, historicamente a mulher sofre uma série de injustiças sociais que precisam ser reparadas, houve de fato, certo avanço, ainda que com alguns retrocessos, talvez devido à própria historiografia que a segrega. Outro aspecto que a autora

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