INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS FACULDADE DE SERVIÇO SOCIAL
Por: Cesar Lima • 10/11/2020 • Trabalho acadêmico • 4.217 Palavras (17 Páginas) • 211 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
FACULDADE DE SERVIÇO SOCIAL
AUGUSTO CESAR LEITE LIMA
LORENA ENZA DE ALMEIDA SILVA
RENATA KELLY DA SILVA MARTINS
FICHAMENTO:
Planejamento e Serviço Social
Belém-PA
2020
AUGUSTO CESAR LEITE LIMA
LORENA ENZA DE ALMEIDA SILVA
RENATA KELLY DA SILVA MARTINS
FICHAMENTO:
Planejamento e Serviço Social
Trabalho apresentado para avaliação parcial na disciplina Gestão e Planejamento no curso Bacharelado em Serviço Social da Universidade Federal do Pará sob orientação da Prof.ª Dra. Roselene Portela.
Belém-PA
2020
BARBOSA, Mário da Costa. Planejamento e Serviço social.4. ed. – São Paulo: Cortez Editora, 1991.
PLANEJAMENTO E SERVIÇO SOCIAL
- ASPECTOS EVOLUTIVOS GERAIS
“(...) Planejamento é basicamente um processo de racionalidade, é indiscutível que todo homem é capaz de planejar, sendo inerente à sua natureza essa atitude, em si dialética de tomar decisões em relação ao futuro.
Como processo o planejamento pressupõe sequência no tempo, não se manifestado num dado momento, mas se realizando continuamente ao longo da história, atravessando estágios diversos.
(...) A categoria racionalidade é usada aqui no sentido que Mannheeim lhe atribui, ou seja, para os atos do pensamento que revelam percepção inteligente das inter-relações dos acontecimentos de uma determinada situação.
Ocorre que nem todos os atos de pensamento são inteligentes, como os impulsos, desejos e sentimentos, mesmo quando conscientes. Esta categoria denomina-se irracionalidade” (p.17)
“O primeiro estágio configura o homem na fase da solidariedade mecânica e da moral de horda. Os atos eram dos grupos e resultavam de uma certa homogeneidade de comportamento, tendo como base a tradição e o receio
(...) A característica desse estágio recai no fato de o indivíduo não ter sido despertado para uma consciência de si mesmo, ou seja, sua experiência vivencial como ser isolado, uno, individual.
Do mesmo modo que o planejamento, o processo participativo está presente na natureza humana, todavia, segundo Ammann a motivação afigura-se como um requisito de extrema importância à participação do indivíduo(...)” (p.18)
“O segundo estágio configura o homem na fase da concorrência individual; aqui surge a competição individual. Nasce o sentido de indivíduo, o homem que pode ver o mundo, agora, com seus próprios olhos; capaz de assumir responsabilidade. (...)
O planejamento era individualista, sem a visão do todo, daí não haver a perspectiva de uma sociedade planificada. Por outro lado, o homem assume e decide com o respaldo da racionalidade.
O imediatismo é uma característica marcante desse estágio, informando e justificando a ausência de controle social; aqui entendido como “o conjunto de forças sustentadas ou mantenedoras de qualquer estrutura social”
O terceiro estágio configura o homem na fase da solidariedade de grupo super individual, caracterizado pela existência dos grandes agrupamentos em que os indivíduos estão cada vez mais isolados, impelidos a uma renúncia dos seus interesses particulares em favor ou em uma subordinação aos interesses de unidades maiores. ” (p.19)
“Outra característica é o fato de os homens se organizarem em sindicatos aprendendo a solidariedade e a ação cooperativa, em defesa de seus interesses como categorias profissionais.
O planejamento que “começou com o primeiro ser humano e, desde então, permaneceu simples prática natural de todos os indivíduos e grupos” (...)
É na teoria da administração que surge o planejamento como uma função do administrador, levado pela necessidade de dar atenção à empresa, quando a mesma não poderia mais ficar dependente de um só homem. (...)
Henry Fayol, um dos autores clássicos da administração, foi um dos primeiros a abordar especificamente o planejamento ao afirmar que “administrar é prever e planejar, é organizar, coordenar e controlar”
(...) “Administrar significa olhar para frente” (p. 20)
“Difrieri ao analisar as raízes do planejamento, faz referência a duas posturas de filiação da ideia de planificação; uma diz que a planificação se funda no marxismo e outra que se fundamenta nas teorias socialistas de Saint-Simon.
(...) Dois tipos de socialismo: de um lado o socialismo clássico de Bovillier, de Saint-Simon, dos laboristas ingleses, etc.; de outro lado o socialismo ortodoxo de Marx, Stalin, Lenin, etc., além do neomarxista considera o autor, todavia, que a ideia de planejamento está presente em toda a sociedade utópica, ao socialismo de Saint-Simon, definindo-se assim por essa alternativa.
Sendo a União Soviética um estado totalitário, a ideia de planejamento como instrumento a ser utilizado pelo governo para intervir na economia, não teve de início aceitação favorável nos países capitalistas.
A medida que a sociedade cresce industrialmente, observamos ser cada vez menor a participação da sociedade no processo de planejamento pois além da concentração e centralização do capital, há outros fatores impeditivos e geradores de uma monopolização do poder social. (...)” (p.21)
“A monopolização social acima referida, ocorre de três modos diferentes, conforme Mannheim.
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