JOSÉ SARAMAGO. O conto da ilha desconhecida. Lisboa
Por: Cristiano Fróes • 30/1/2022 • Resenha • 686 Palavras (3 Páginas) • 356 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
DISCIPLINA: OFICINA DE TEXTO
PROF: FABIANA FELIX DUARTE MOREIRA
TURMA: D1
ALUNO: CRISTIANO FRÓES DA SILVA JUNIOR
RESENHA
JOSÉ SARAMAGO. O conto da ilha desconhecida. Lisboa: Editora Caminho SA.
Resenhado por Cristiano Fróes da Silva Junior (UFF)
Em o conto da ilha desconhecida, um homem vai pedir um barco ao rei, sabendo de toda burocracia que ocorre aos pedidos feitos ao rei, invés de pedir aos servos do rei como normalmente ocorre, ele exige falar com a vossa alteza pessoalmente.
O rei não é presente com o qual os seus súditos, passa a maior parte do seu tempo sentado a porta dos obséquios e nunca da as caras na porta das petições. Mas devido a estranha exigência de tal homem. O rei avalia que seria mais ideal atendê-lo pessoalmente, já que o mesmo estará causando confusão na porta devido ao fato de estar interrompendo a passagem e impedindo o atendimento dos demais suplicantes. Por isso, após três dias o rei fora a seu encontro. “O no caso que estamos narrando, o resultado da ponderação entre os benefícios e os prejuízos for ter ido o rei, ao cabo de três dias, e em real pessoa, à porta das petições, para saber o que queria o intrometido que se havia negado a encaminhar o requerimento pelas competentes vias burocráticas” (p.11). A aparição do rei causa um alvoroço generalizado, exceto pelo homem que deseja o barco, pois ele já havia previsto que mais cedo ou mais tarde vossa alteza se apresentaria a ele.
Ao ouvir que homem deseja um barco para ir em busca da ilha desconhecida, o rei acredita esta diante de um louco, já que acredita que todas as ilhas já foram descobertas. Pensa em chamar os guardas porem devido à pressão feita pelo o povo, acabara concedendo o pedido do homem. “Quem foi que te disse, rei, que já não há ilhas desconhecidas, Estão todas nos mapas, Nos mapas só estão as ilhas conhecidas, E que ilha é essa de que queres ir à procura, Se eu to pudesse dizer, então não seria desconhecida” (p.17).
Após conseguir o que tanto queria, o homem descobre que apenas um barco não é suficiente para realizar a sua viagem. Através dos diálogos que tem que com a mulher da limpeza, que inicialmente parece um personagem irrelevante na obra que com o decorrer do texto vai ganhando camadas, vê nesse homem a inspiração para mudar o rumo da sua vida, após se juntar a sua tripulação de duas pessoas descobre ali a mudança que precisa. Após a longos diálogos e um sonho o homem reconstrói o sentido de ilha perdida, a ilha que tanto buscava não passava de uma forma de querer conhecer a si próprio.
O conto da ilha desconhecida é texto curto com apenas 63 páginas, que nos mostra a forma como José Saramago brinca com as ironias na sua obra, através de analogias que nos mostra uma jornada de autoconhecimento do personagem que inicialmente não parece claro, mas que com o decorrer da obra, mas principalmente no final descobre realmente o que de fato deseja. Uma leitura leve e dinâmica capaz de te prender por algum tempo e deixar um gosto de quero mais, uma ótima obra para introduzir novos leitores as obras de Saramago.
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