Max Weber
Ensaios: Max Weber. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Rosangelahc • 5/11/2014 • 2.387 Palavras (10 Páginas) • 309 Visualizações
TRABALHO DE SOCIOLOGIA
MAX WEBER
(1864-1920)
Vida e Obra
Max Weber nasceu em 21 de abril de 1864, na cidade de Erfurt (Alemanha). Max era o primogênito dos oito filhos da família Weber. Seu pai, era jurista e político influente do partido Nacional-Liberal, transformou sua casa em um fórum permanente de discursão da vida nacional, frequentado por muitos políticos e intelectuais. Sua mãe era protestante e, ao contrário do marido, era introspectiva e metódica e extremamente moralista. De ambos teria herdado o seu estilo de vida paradoxal.
Aos 18 anos ingressa na Faculdade de Heidelberg, mas teve que interromper os estudos por um ano ao serviço militar obrigatório. Sua formação acadêmica foi vastíssima além de estudar direito, enveredou-se pelos estudos de história, economia, filosofia e teologia.
No ano de 1895 inicia a sua carreira de professor em Berlim, como ao mesmo tempo servia de assessor do governo. Durante um tempo, entre 1900 e 1918, ficou afastado do magistério por conta de um colapso nervoso. No período que ficou afastado, colaborou em diversos jornais alemães e realizou diversas pesquisas.
Talvez a obra mais significativa de Weber seja, A Ética Protestante e o Espirito do Capitalismo. A tese geral da obra gira em torno do seguinte pensamento: há algo no estilo de vida daqueles que professam o protestantismo que favorece o espirito do capitalismo. Neste livro o autor se dedica a comprovar essa tese na seguinte análise:
1. O ascetismo cristão observou Weber, provocava uma adequação ao mercado de trabalho. Os cristãos protestantes puritanos ao renunciarem os prazeres do mundo se voltavam para o trabalho acumulando o capital e reinvestindo de forma produtiva.
2. A relação entre a religião e a sociedade não se dá por meios institucionais, mas por valores introjetados nos indivíduos e transformados em motivos da ação social. Weber via que a motivação do protestante era sua consciência de vocação para o trabalho, como fim absoluto em si mesmo, e não o ganho material obtido por meio dele.
3. É observado que os protestantes viam a necessidade de exercer o trabalho de forma mais metódica possível, com o maior grau de racionalização, otimizando os recursos e maximizando os resultados, como era compatível com a conduta dos eleitos, que não estavam em busca do reconhecimento neste mundo, mas de realizar o que é agradável a Deus. Sobre isso ele escreve: “...tentou penetrar exatamente naquela rotina diária com sua meticulosidade e amoldá-la a uma vida racional, mas não deste mundo, nem para ele...” (WEBER, 2005, p. 76) [v].
Em suma Weber chega à conclusão que ao ascetismo intramundano praticado pelos puritanos, com seu elevado grau de racionalização engendrou o espirito do capitalismo, produzindo empresários e trabalhadores ideais para a consolidação de uma nova ordem social. A ética protestante e o espirito do capitalismo, ainda é uma das abras que mais se destacam, pelo seu método de análise.
Max Weber morreu com Pneumonia em Munique, na Alemanha em 14 de Julho de 1920.
Ação Social
Ação social é um comportamento humano, ou seja, uma atitude interior ou exterior voltada para ação ou abstenção. Esse comportamento só é ação social quando o ator atribui a sua conduta um significado ou sentido próprio, e esse sentido se relaciona com o comportamento de outras pessoas. Para Weber a Sociologia é uma ciência que procura compreender a ação social. Por isso, considerava o indivíduo e suas ações como ponto chave da investigação, evidenciando o que para ele era o ponto de partida para a Sociologia, a compreensão e a percepção do sentido que a pessoa atribui à sua conduta.
No pensamento weberiano o homem passou a ter significado e especificidade. É ele que dá sentido à sua ação social, ele é responsável por estabelecer a conexão entre o motivo da ação, a ação propriamente dita e seus efeitos.
Para a sociologia positivista, a ordem social submete os indivíduos como força exterior a eles. Weber pensa diferente, não existe oposição entre indivíduo e sociedade: as normas sociais só se tornam concretas quando se manifestam em cada indivíduo sob a forma de motivação, ou seja, o motivo orienta a ação do indivíduo. O motivo que transparece na ação social permite desvendar o seu sentido, que é social na medida em que cada indivíduo age levando em conta a resposta ou a reação de outros indivíduos. Por exemplo, o simples ato de enviar uma carta se decompõe em uma série de ações sociais com sentido; escrever, selar, enviar e receber, que terminam por realizar um objetivo. Por outro lado, muitos agentes estão relacionados a essa ação social, como por exemplo, o atendente, o carteiro e etc. Essa interdependência entre os sentidos das diversas ações, mesmo que orientadas por motivos diversos, é que dá a esse conjunto de ações seu caráter social. Professora Themis observa: “Só existe ação social quando o indivíduo tenta estabelecer algum tipo de comunicação, a partir de suas ações, com os demais” (ANDREA, 2012, p. 13).
A parti de sua definição Weber estabelece quatro tipos de ações de acordo com o modo em que os indivíduos se orientam:
Ação social racional com relação á fins: A ação é estritamente racional. Tornando-se um fim e este é, então, racionalmente buscado. Há à escolha dos melhores meios para se realizar um fim.
Ação racional com relação a valores: Não é o fim que orienta a ação, mas o valor seja este ético, religioso, político ou estético.
Ação social efetiva: A conduta é motivada por sentimentos, tais como orgulho, vingança, loucura, paixão, inveja, medo, etc.
Ação social tradicional: Tem como fonte motivadora os costumes ou hábitos arraigados.
Deve-se esclarecer que a ação social weberiana não é o mesmo que relação social. Pois para que se estabeleça uma relação social, é preciso que o sentido seja compartilhado. Por exemplo, um sujeito que pede uma informação a outro estabelece uma ação social: ele tem um motivo e age em relação a outro individuo, mas, tal motivo não é compartilhado. Numa sala de aula, onde o objetivo da ação dos vários sujeitos é compartilhado, existe uma relação social.
Burocracia
Burocracia também faz parte dos estudos do economista alemão Max Weber, que criou a Teoria da Burocracia, para explicar a forma
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