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Metamorfose do aprendizado na sociedade da informação

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Por:   •  21/5/2014  •  Projeto de pesquisa  •  4.600 Palavras (19 Páginas)  •  285 Visualizações

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A metamorfose do aprender na sociedade da informação

Resumo

A sociedade da informação precisa tornar-se uma sociedade aprendente. As novas tecnologias da informação e da comunicação assumem, cada vez mais, um papel ativo na configuração das ecologias cognitivas. Elas facilitam experiências de aprendizagem complexas e cooperativas.O hipertexto não é uma simples técnica. É uma espécie de

metáfora epistemológica para a interatividade. As redes e a conectividade podem abrir nossas mentes para a sensibilidade solidária. A sociedade da informação requer um

pensamento reansversal e projetos transdisciplinares de pesquisa e aprendizagem.

INTRODUÇÃO

Este artigo é uma introdução sumamente compacta às transformações do aprender e às reconfigurações do conhecimento ensejadas pelas novas tecnologias da

informação e da comunicação. A espécie humana alcançou hoje uma fase evolutiva inédita na qual os aspectos cognitivos e relacionais da convivialidade humana se metamorfoseiam com rapidez nunca antes experimentada. Isso se deve em parte à função mediadora, quase onipresente, dessas novas tecnologias. Junto às oportunidades enormes de incremento da sociabilidade humana, surgem também novos riscos de discriminação e desumanização.

No tocante à aprendizagem e ao conhecimento, chegamos a uma transformação sem precedentes das ecologias cognitivas, tanto das internas da escola, como das que lhe são externas, mas que interferem profundamente nela. As novas tecnologias não substituirão o/a professor/a, nem diminuirão o esforço disciplinado do estudo. Elas, porém, ajudam a intensificar o pensamento complexo, interativo e transversal, criando novas chances para a sensibilidade solidária no interior das próprias formas do conhecimento.

O tema específico deste artigo e os muitos temas conexos

O propósito deste artigo é bastante circunscrito e específico: limita-se a alguns aspectos da profunda transformação das formas do aprender na era das redes ou na assim chamada sociedade da informação. Sendo este o tema escolhido, é importante ressaltar que existe um enorme leque de outros temas importantes relacionados com a sociedade da informação que não serão abordados neste texto. Vários deles são tão relevantes, que interferem, enquanto parâmetros analíticos indispensáveis, na própria validação do tema específico que escolhemos abordar.

Supomos, por isso, perspicácia crítica para tópicos como os seguintes:

• A era das redes tornou evidente que razão instrumental e razão crítico-reflexiva não são alternativas contrapostas, mas racionalidades conjugáveis e complementares. A expansão incrível das linguagens digitais levou ao aparecimento explícito de sua incompletude. Os algoritmos recursivos e genéticos se tornaram indispensáveis na “computação evolucionária”. Os falsos dilemas do velho sonho da “linguagem perfeita” ficaram mais perceptíveis. Evidenciou-se também a insuficiência operativa da

pura reflexão crítica.

• É preciso distanciar-se tanto dos escolhos do tecnootimismo ingênuo (tecnointegrados) como do rechaço medroso da técnica (tecnoapocalípticos). Em muitos ambientes escolares, persiste o receio preconceituoso de que a mídia despersonaliza, anestesia as consciências e é uma ameaça à subjetividade. A resistência de muitos (as) professores(as) a usar soltamente as novas tecnologias na pesquisa pessoal e na sala de aula tem muito a ver com a insegurança derivada do falso receio de estar sendo superado/a, no plano cognitivo, pelos recursos instrumentais da informática. Neste sentido, o mero treinamento para o manejo de aparelhos, por mais importante que seja, não resolve o problema. Por isso, é sumamente importante mostrar que a função do/a professor/a competente não só não está ameaçada, mas aumenta em importância. Seu novo papel já não será o da transmissão de saberes supostamente prontos, mas o de mentores e instigadores ativos de uma nova dinâmica de pesquisa-aprendizagem.

• A expressão “sociedade da informação” deve ser entendida como abreviação (discutível!) de um aspecto da sociedade: o da presença cada vez mais acentuada das novas tecnologias da informação e da comunicação. Serve para chamar a atenção a este

aspecto importante. Não serve para caracterizar a sociedade em seus aspectos relacionais mais fundamentais. Do conceito de sociedade da informação, passou-se, por vezes sem as convenientes cautelas teóricas, ao de Knowledge Society (Sociedade

do Conhecimento) e Learning Society (Sociedade Aprendente).

• Nas teorias de gerenciamento empresarial, alastra-se o discurso sobre learning organisations (organizações aprendentes - cf. Peter Senge3 e outros). A incrível abundância e variedade de linguagens acerca desse processo tecnológico e, ao mesmo tempo, ideológico político é um fenômeno deveras impressionante.

Supomos igualmente que, diante de acontecimentos tão complexos, entenda-se como de bom alvitre munir-se de algumas cautelas críticas, sem deixar de insinuar pistas de opção. Para esse efeito _ e por amor à brevidade _ servimosnos de algumas breves citações da vasta produção da União Européia acerca do tema, que já se estende do início da década de 90 até hoje.

O conceito de informação admite muitos significados. O passo da informação ao conhecimento é um processo relacional humano, e não mera operação tecnológica. Em primeiro lugar, é fundamental estabelecer uma distinção clara entre dados, informação e conhecimento. Do nosso ponto de vista, a produção de dados não estruturados não conduz automaticamente à criação de informação, da mesma forma que nem toda a informação é sinónimo de conhecimento. Toda a informação pode ser classificada, analisada, estudada e processada de qualquer outra forma a fim de gerar saber. Nesta acepção, tanto os dados como a informação são comparáveis às matérias-primas que a indústria transforma em bens.

Como definir a sociedade da informação?

A sociedade da informação é a sociedade que está actualmente a constituir-se, na qual são amplamente utilizadas tecnologias de armazenamento e transmissão de dados e informação de baixo custo. Esta generalização da utilização da informação e dos dados é acompanhada por inovações organizacionais, comerciais, sociais e jurídicas que alterarão profundamente o modo de vida tanto no mundo do trabalho

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