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Mudanças Na Sociedade Contemporânea

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Por:   •  17/9/2014  •  3.592 Palavras (15 Páginas)  •  3.718 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO 3

2. AS MUDANÇAS NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA E A “QUESTÃO SOCIAL” 4

3. A PERDA DE PROCESSUALIDADE NAS ANÁLISES DA “NOVA QUESTÃO SOCIAL” 5

3.1 ROSANVALLON: A DISSOLUÇÃO DO CONTRATO SALARIAL E A “NOVA QUESTÃO SOCIAL” 6

3.2 CASTEL: A GENEALOGIA DA “QUESTÃO SOCIAL” 7

3.3 HELLER E FÉHÉR: A IMPOSSIBILIDADE DE SOLUCIONAR A “QUESTÃO SOCIAL” 9

4. AS MANIFESTAÇÕES DA “QUESTÃO SOCIAL” NA AMÉRICA LATINA 9

5. DELIMITANDO A “QUESTÃO SOCIAL”: O NOVO E O QUE PERMANECE 12

6. CONCLUSÃO 15

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................16

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo mostrar de maneira sintetizada a discussão feita no livro “A categoria ‘questão social’ em debate, da mestre e doutora Alejandra Pastorini. Ela nasceu em Montevidéu e dedicou-se ao estudo sobre as “questões sociais” e políticas sociais através de suas pesquisas. Pastorini se graduou como Assistente Social na Universidade de La República, em 1991, e é autora de diversos artigos sobre políticas sociais e seguridade social e coordenadora de projetos ligados à assistência social no Brasil e à políticas sociais na América Latina.

O tema central do livro é a análise da “questão social”, passando por uma breve história sobre suas origens e citando alguns autores importantes sobre o assunto. Além disso, é lançado também o questionamento sobre a chamada “nova questão social”, as vezes defendida por alguns autores e criticada pela própria autora.

A “questão social”, segundo Pastorini, sofreu alterações, porém manteve sua essência, e é essa discussão, entre o antigo e o novo que ela relata de forma simples e objetiva em sua obra.

Este trabalho está organizado de maneira que acompanhe a linha cronológica traçada por Pastorini, seguindo sua linha de pensamento para melhor entendimento da “questão social” como objeto de estudo.

2. AS MUDANÇAS NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA E A “QUESTÃO SOCIAL”

Em meados dos anos 70, com as novidades de uma sociedade capitalista, surgem novas necessidades e novas formas de pobreza e, com isso a “nova questão social”.

Segundo Rosanvallon (1995) e Castel (1998), a nova questão social se fez necessária porque a atual conjuntura mundial não remetia mais a anterior, indicando a presença de uma ruptura.

O economista norte-americano Jeremy Rifkin é uma referência no debate acadêmico e empresarial. Ele entende que a humanidade enfrenta uma crise de desemprego, consequência da revolução tecnológica e da era da informatização.

Com a automatização dos setores tradicionais (agricultura, manufatura e serviços), cresce a massa dos chamados “desempregados tecnológicos”, e por sua vez o Estado, cada vez mais minimizado reduz bruscamente seus gastos sociais.

Para Rifkin, a resposta ao problema do desemprego primeiramente implica em romper com o “atual paradigma”, e isso deve ficar a cargo do terceiro setor que deverá ser financiado pelos recursos arrecadados mediante pequenos impostos cobrados sobre os benefícios que gerarão as novas tecnologias.

O segundo caminho é reduzir a semana de trabalho a trinta horas, sem ônus para o salário, e o Estado isentaria as empresas do pagamento de impostos, sempre que elas dividissem com seus empregados os ganhos quando, aplicando novas tecnologias, se obtenham lucros.

Já autores como Gorz (1987) desenvolveram uma corrente de pensamento que entende que o problema do desemprego não é uma questão conjuntural do capitalismo, mas, relaciona-se com o esgotamento do paradigma da sociedade do trabalho, questionando assim a sua centralidade na produção do ser social.

Numa segunda visão, alguns autores levantam propostas “utópicas” de uma sociedade do tempo livre e não alienado, sendo o trabalho pensado em seu aspecto negativo.

Pode-se constatar que grande parte da produção teórica da questão social no Brasil, especificamente dentro do Serviço Social, tem sido influenciada pelo pensamento francês.

A autora Alejandra Pastorini defende a tese de que as manifestações da “questão social” contemporânea não são uma decorrência natural, irreversível e inevitável do desenvolvimento tecnológico. Essas mudanças são expressão da crise que enfrenta o sistema capitalista, consequência do esgotamento do modelo fordista-keynesiano. O processo de globalização financeira vê-se reforçado com o enfraquecimento do socialismo.

O aumento do desemprego, devido as transformações do mundo capitalista, fez emergir uma “nova pobreza”, que podem ser percebidas no empobrecimento e proletarização da classe média, na redução do número de trabalhadores maiores de 45 anos e no aumento de famílias com um cônjuge só e/ou chefiadas por mulheres, etc.

Para os neoliberais, só com a existência de um Estado mínimo é que poderão ser protegidas tanto a igualdade de oportunidade quanto a liberdade dos indivíduos, apontando como solução o desmonte do welfare state e do Estado de bem-estar social, promovendo o Estado mínimo.

Conclui-se que é necessário destruir o “Estado intervencionista”, isto implica numa redução de direitos sociais, das políticas sociais e dos direitos políticos em nome dos direitos civis.

3. A PERDA DE PROCESSUALIDADE NAS ANÁLISES DA “NOVA QUESTÃO SOCIAL”

A realidade se transforma permanentemente, por isso capturar seu movimento e a historicidade dos processos sociais implica conhecer as múltiplas determinações e relações dessa totalidade viva, dinâmica e contraditória.

Faz-se necessário questionar a divisão que se realiza entre antiga e nova “questão social”, cisão que produz uma ruptura no tempo que conduz à cristalização e a naturalização das categorias e da realidade; essa separação leva à exaltação do “novo”, em oposição ao “antigo.

3.1 ROSANVALLON: A DISSOLUÇÃO DO CONTRATO SALARIAL E A “NOVA QUESTÃO SOCIAL”

A ênfase dos estudos de Rosanvallon é colocada na diferença entre a nova e a velha “questão social”. Ele insiste

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