O Autismo e a Educação Especial
Por: Sérgioe Tânia Lemes • 22/5/2017 • Artigo • 4.752 Palavras (20 Páginas) • 244 Visualizações
O autismo e a educação especial inclusiva[pic 1]
Autism and special inclusive education
1 Acadêmica do curso , na Universidade Cândido Mendes.
2 Tutora do curso , na Universidade Cândido Mendes.
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RESUMO
O Autismo é considerado um transtorno de desenvolvimento de origem orgânica, caracterizado por alterações comportamentais, em que o portador apresenta problemas principalmente nas áreas da comunicação. A educação especial inclusiva é muito importante para portadores do autismo, pois, contribui de forma satisfatória na qualidade de vida dessas pessoas, promovendo evoluções no quadro comportamental e psicológico dos mesmos ao passo que possibilita o desenvolvimento da comunicação social. Também contribui para a construção de uma sociedade mais justa e sem preconceitos, onde cada cidadão independente de classe social, raça ou cultura é parte importante na sociedade. Destacando a importância da educação especial inclusiva nos casos de autismo, das estratégias educacionais para o trabalho de inclusão e da necessidade de se conhecer as características desse transtorno, o presente estudo teve como principal objetivo uma reflexão sobre o autismo, através de revisões literárias, procurando destacar principalmente os aspectos educacionais como, o funcionamento e as dificuldades enfrentadas com relação a este transtorno. Na metodologia utilizada, foram analisadas seis (6) produções bibliográficas contendo informações a respeito do autismo. Quanto à análise literária, procurou-se identificar alguns aspectos que para facilitar a compreensão das informações coletadas, estas foram divididas em seis (6) categorias: 1- Definição do autismo; 2- Sintomas ou características do autismo; 3- Formas de tratamento do autismo; 4- Investimento governamental em estratégias educacionais especiais inclusivas; 5- Estratégias educacionais para inclusão de alunos portadores do autismo; 6- Importância da educação especial inclusiva nos casos de portadores do autismo.
PALAVRAS-CHAVE: Autismo; Educação inclusiva; Portadores; Escola; Sociedade.
ABSTRACT
Autism is considered a developmental disorder of organic origin, characterized by behavioral changes in the wearer presents problems particularly in the areas of communication. The special inclusive education is very important for people living with autism because, contributes to the satisfaction of the quality of life of these people, making progress in behavioral and psychological status of the same while allowing the development of media. Also contributes to building a more just society and without prejudices, where each independent of social class, race or national culture is an important part society. Highlighting the importance of inclusive special education in autism cases, the educational strategies for inclusion work and need to know the features of this disorder, the present study aimed to reflect about autism, through literary review, looking mainly highlight aspects as educational, functioning and difficulties with regard to this disorder. In the methodology, we analyzed six (6) productions containing bibliographic information about autism. As for literary analysis, we tried to identify some aspects that to facilitate understanding of the information collected, these were divided into six (6) categories: 1 - Definition of Autism; 2 - Symptoms and characteristics of autism; 3 – Forms autism treatment; 4 - government investment in special education strategies inclusive; 5 - Educational Strategies for inclusion of disabled pupils autism; 6 - Importance of inclusive special education in cases of autism patients.
KEY WORDS: Autism; Inclusive education; Carriers; School; Society.
- INTRODUÇÃO
A escola é a instituição responsável pela formação social e educacional dos alunos. O conhecimento nela produzido deve estar ligado a valores éticos, estéticos e políticos, aos quais os alunos se identifiquem e, por mais que a escola trabalhe de forma aberta, descartando os modelos totalizadores de ensino e de gestão, jamais perderá sua função social, ao ponto que se compromete com o aprimoramento das relações entre os cidadãos e com o cuidado e respeito em relação ao mundo físico e aos bens culturais. Além disso, a escola tem a tarefa de ensinar os alunos a compartilhar o saber, os sentidos diferentes das coisas, a discutir e a trocar pontos de vista. E é na escola que o espírito crítico, a observação e o reconhecimento do outro em todas as suas dimensões é desenvolvido. De forma geral, a escola comum tem um compromisso primordial e insubstituível: introduzir o aluno no mundo social, cultural e científico; e todo ser humano, incondicionalmente tem direito a essa introdução (MEC/SEESP, 2006).
Visto que é direito comum de todo cidadão, ter acesso ao ensino de qualidade, métodos educacionais que estejam preparados para atenderem as diversidades sociais, são de fundamental importância, e não há espaço mais adequado para aprender a resolver conflitos e conviver com diferenças, do que o ambiente escolar.
Independente de raça, religião, nacionalidade, classe socioeconômica, cultura ou capacidade, é possível transcender a essas diferenças, por meio da inclusão de todos os membros de uma comunidade, já que o aproveitamento dessas diferenças contribui significativamente para o crescimento de uma sociedade. Na educação da criança é que se inicia o aprendizado sobre o entendimento das diferenças e, ambientes educacionais que estejam voltados ás singulares necessidades de cada aluno, auxiliam na construção da dignidade e do senso de justiça a favor do respeito e no combate do preconceito. No espaço da escola é que nasce a compreensão da realidade diversa da sociedade e os princípios da inclusão (ANDRADE, 2012, p.32).
A educação inclusiva permiti uma ampliação na participação dos estudantes nos estabelecimentos de ensino regular, ao passo que promove a reestruturação da cultura, das praticas e políticas vivenciadas nas escolas de modo que estas respondam à diversidade de cada aluno, buscando perceber a singularidade de cada sujeito, tendo como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos (MEC/SEESP, 2007).
O conceito de integração ou inclusão foi inserido na Legislação Brasileira, no final da década de 1970 onde advém da Dinamarca. O princípio que regia essa concepção denominava-se normalização, e tinha como principal objetivo, o estabelecimento de condições que promovessem a inserção de pessoas com necessidades especiais na corrente principal da vida (BUYTENDORP, 2012, p.40).
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