O Capitalismo E O Serviço Social
Artigo: O Capitalismo E O Serviço Social. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: jaque.almeida • 23/11/2013 • 1.307 Palavras (6 Páginas) • 1.097 Visualizações
O capitalismo e o Serviço Social
Mudar significa acompanhar de perto os pensamentos, as ideias e as atitudes dos que estão ao nosso redor compartilhar e se comprometer com novos ideais, não se esquecendo da história e dos acontecimentos que a escrevem, e retirando de dentro de nós tudo aquilo que consideramos necessário pra vivermos melhor.
Existem três grandes vertentes a se examinar para compreender efetivamente o capitalismo. Na mais aceita atualmente, fundada sob o pensamento de Karl Marx, a essência do capitalismo deixa de ser buscada na natureza das transações monetárias ou em seus fins lucrativos, o capital não é mais encarado como uma coisa e a modalidade de propriedade dos meios de produção ganha novo sentido. Nessa concepção o capital é uma relação social e o capitalismo um determinado modo de produção, marcado não apenas pela troca monetária, mas essencialmente pela dominação do processo de produção pelo capital.
O modo de produção capitalista definia uma forma específica de relações sociais entre os homens, e entres esses e as forças produtivas, relações mediatizadas pela posse privada dos meios de produção. Definia também uma nova estrutura social, pois a concentração da propriedade dos meios de produção nas mãos de uma classe que representava apenas uma minoria da sociedade determinava o surgimento de uma outra classe, formada por aqueles que nada tinham, além da sua força de trabalho. Esta separação entre os meios de produção e produtor e a subordinação direta deste ao dono do capital permitem que se instaure o ciclo de vida do capital, o seu processo de acumulação primitiva.
Nas sociedades medievais as relações de troca eram simples, tal subordinação não ocorria de forma contratual, nem compulsiva. Com o tempo essa economia começa a se descaracterizar progressivamente, sendo substituída por novas formas de troca, que acentuam a separação entre proprietário e produtor. O dono da propriedade agrícola vai transformar-se em comerciante ou mercador, passando, em seguida, de comerciante a atacadista, fazendo do comércio exterior e do monopólio a base essencial de sua riqueza.
O modo de produção capitalista é extremamente antagônico e contraditório, sua origem deriva desde os tempos feudais. No entanto, foi a partir da Revolução Industrial, no século XIX, que seus efeitos começaram a ser sentidos mais profundamente pela sociedade. “Com o capitalismo se institui a sociedade de classes e se plasma um novo modo de relações sociais, mediatizadas pela posse privadas de bens. O capitalismo gera o mundo da cisão, da ruptura, da exploração da maioria pela minoria […]” (MARTINELLI, 2003, p. 54).
A classe burguesa alcança sua maturidade com a emergência do capitalismo monopolista, que viabiliza o controle dos mercados para assim aumentar os lucros capitalistas. Além disto, a ordem monopólica propicia fenômenos como: aumento progressivo dos preços das mercadorias e serviços ofertados pelo monopólio; aumento da taxa de lucro nos setores monopolizados; acréscimo da taxa de acumulação; centralização dos investimentos nos setores de maior concorrência; admissão de novas tecnologias, acarretando no aumento da tendência de economizar trabalho vivo; e aumento do exercito industrial de reserva.
Com todas as modificações ocorridas na sociedade surge à necessidade de mais mão de obra, mas para resolver este problema era preciso transferir os trabalhadores das aldeias para as cidades. No entanto, existia, por exemplo, na Inglaterra, vários dispositivos legais que limitava o trabalhador a sua aldeia. Esses dispositivos impediam a vontade do capital que era ter a livre circulação dos trabalhadores, tendo estes à liberdade de trabalho, comércio e religiosa. A burguesia pretendia com essa liberdade aos trabalhadores expandir as bases do capitalismo. O Estado revogou vários dispositivos que restringiam o trabalhador, tornando este livre, contudo esta correspondia a liberdade ao consumo, essencial para o desenvolvimento e acumulação do sistema capitalista. Sobre a intervenção do Estado, no capitalismo concorrencial o Estado apenas intervinha nos momentos de crises, de forma pontual, contudo, na ordem monopólica o Estado passa a intervir de forma contínua e sistemática, se tornando um poder político e econômico, que exerce várias funções, tanto diretas como indiretas, visando manter os lucros do capitalismo monopolista. A real intenção do capital com essa liberdade ao trabalhador era de aumentar o exército industrial de reserva disponível para expansão do capital.
Para explicar a liberdade de trabalho e crença religiosa, o capital aderiu ao discurso da igualdade de todos, através do qual a burguesia encobria a grande desigualdade existente entre as classes e a verdadeira finalidade dessa liberdade, que se resumia em facilitar a livre concorrência, mecanismo indispensável ao desenvolvimento do mercado capitalista.
No decorrer da primeira metade do século XIX, os trabalhadores estavam desorganizados e se constituíam em uma classe heterogênea, devido à rápida ampliação da mão de obra, valendo-se desta situação a burguesia, com seu poder de classe, manipulou os salários dos trabalhadores e as condições de trabalho destes.
Contudo isto se modifica, nos
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