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O FEITICEIRO E SUA MAGIA

Por:   •  24/7/2022  •  Resenha  •  1.305 Palavras (6 Páginas)  •  467 Visualizações

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O feiticeiro e sua Magia- Antropologia Estrutural

(Lévi-Strauss)

Lévi-Strauss iniciou os seus estudos de análise do inconsciente através dos trabalhos feito em Cannon sobre como a religião e a magia atua na sociedade e no Inconsciente dos indivíduos e suas relações, nesse estudo ele traz uma discussão do vodu e da magia pra pensar como ela interfere no processo de vivência das pessoas em grupo e como exemplo dessas relações ele cita em seu texto um membro de uma região de Cannon que está condenado à morte feito por conjuração de um feiticeiro e as relações de seus familiares/amigos mudaram totalmente, isolaram o indivíduo deixando de canto como se este já estivesse morto e isso fez com que ele não seguisse em frente porque perdeu as suas relações dentro da comunidade. Lévi- Strauss continua indagando de como essa alienação/ exclusão afeta não só no sistema Fisiológico, mas no psicológico e social, porque o sistema fisiológico tenta se adaptar com esses novos processos e sem a alimentação correta, líquidos e outros processos que ajudam no funcionamento do corpo humano o indivíduo pode vir a óbito. O autor fala sobre a eficácia da magia e não tem o porque duvidar dela, mas para que esta seja realizada é preciso da crença na magia e ele apresenta três técnicas: (1- O feiticeiro precisa acreditar em suas técnicas; 2- o doente precisa acreditar; 3- e a confiança da comunidade sobre a magia realizada e de quem está realizando).

Levis- Strauss traz outro exemplo ocorrido no Brasil central em 1938 em relação do “crer ou nao crer”, esse trecho fala sobre uma tribo que se juntou em função de outras duas tribos que estavam fragilizadas, por questões de sobrevivência essas duas tribos se juntaram e formaram uma só, uma dando um chefe político- cacique e a outra dando um chefe religioso-feiticeiro, um dia o chefe feiticeiro sai e não volta mais e as pessoas vão sentindo falta dele/desesperadas, Lévi- Strauss e outros índios saíram para procurar o feiticeiro, encontraram ele sentado, assustado e mudo eles retornam para a tribo ao chegar os demais perguntam o que tinha acontecido e tempos depois ele fala; que por conta da chuva o deus trovão teria convocado/ transportado para outro lugar e depois mandou ele de volta para o lugar de origem. Dias depois Lévi- Strauss fala que começou a percorrer alguns boatos na aldeia sobre o ocorrido e disseram que o que aconteceu foi que ele tentou entrar em contato com sua tribo de origem para repassar informações sobre sua tribo atual, o que o autor vem dizer que a tribo estava desconfiada da invenção que o feiticeiro falou em relação ao deus trovão sobre seu mau caratismo em esconder o que ele tinha realmente feito. Esses sistemas de experiência individual fazem com que ganhe forma pela consciência coletiva através da comunidade como Lévi-Strauss falou anteriormente “através de uma experiência individual trazido pelo feiticeiro, ganhou novas interpretações dada pela aldeia".

Essa explicação vai ganhando ênfase a partir de outro exemplo trazida pela investigadora (M.C stevenson) Uma criança começou a atacar uma crise nervosa após um homem tocar suas mãos, e isso foi interpretado como uma feitiçaria, esse homem foi colocado a juri com pena de morte e ele começa a apresentar justificativas negando que não era feiticeiro e mesmo com tais justificativas o juri não acredita, esse homem analisou “ mesmo que ele negasse nada adiantaria entao ele começou a afirmar que realmente era um feiticeiro e vai narrando todo o processo, que passou por uma formação e esses feiticeiros ensinaram magias que poderiam tanto adoecer como cura-las, o juri para livra-lo da morte pediu que ele provasse assim ele fez, juntou porções usou nele mesmo trazendo um efeito reativo e teve que testar na criança e ela ficou curada,o homem foi liberto e dias depois tenta fugir a população ver e ele vai preso novamente indo a juri como punição a morte, e novamente para tentar escapar ele traz novas justificativas em que a sua familia era feiticeiro e herdou o dom deles, mas eles usavam porções que ficara em sua antiga casa escondida nas paredes. Para verificarem sua história ele é levado a sua antiga casa e quebram as paredes em busca dessas porções até acharem uma apenas, e o júri pediu pra ele mostrar seu feitiço e depois dessa ampla narrativa ele diz que teria perdido o seu dom e somente depois disso foi liberto. De todo esse contexto, Lévi-Strauss explica que quanto mais ele falava, mais ele absorvia algo a mais sobre o que era a feitiçaria . Em seu último exemplo que ele traz é de um feiticeiro

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