O MERCADOR DE VENEZA

A história é ambientada na cidade de Veneza, Itália, durante um período do século XVI, quando era praticamente o centro cultural e econômico do mundo, devido ao intenso fluxo comercial. Há uma forte discriminação contra os judeus por parte dos cristãos. Estes eram condenados por suas práticas de empréstimos a juros, costumes condenados pela igreja, utilizado pelos cristãos.

Sob o aspecto jurídico, podemos observar um contrato realizado pelo judeu Shylock e o mercador cristão Antônio, que se encontrava a beira da falência. Sob tal contrato, Shylock emprestaria três mil ducados, com a condição a qual de que caso houvesse inadimplência, uma libra da carne de Antônio seria oferecida como quitação da dívida, retirada pelo próprio judeu. O empréstimo contraído seria para que o amigo de Antônio, Bassânio, viajasse para encontrar sua amada, Pórcia.

Apesar do sucesso de Antônio em conquistar e casar com a mulher, não consegue honrar com o pagamento, face ao infortúnio de perder seus barcos. Assim, Shylock cobra a dívida e por força de contrato há a necessidade do cumprimento. Entretanto Pórcia disfarçada de advogado, assumindo a identidade fictícia de Baltazar, defende Antônio e através de uma interpretação jurídica desafia Shylock a obter a libra de carne sem derramar o sangue cristão de Antônio, o que é impossível.

Assim, Antônio consegue, para a humilhação de Shylock, livrar-se de tal obrigação.