O Morgan, Tylor e Frazer
Por: Hugo Virgílio • 9/11/2020 • Trabalho acadêmico • 980 Palavras (4 Páginas) • 396 Visualizações
Universidade de Brasília
Instituto de Ciências Sociais
Departamento de Antropologia/DAN
TEORIA ANTROPOLÓGICA 1 / 2020.1
PROF. BRUNER TITONELLI NUNES
ALUNO: HUGO VIRGILIO DE OLIVEIRA / 200031945
1) Nesse primeiro trabalho sobre Morgan vamos exercitar a reescrita. Vocês já escreveram um primeiro trabalho resenhando um texto de Morgan. Agora eu quero que vocês o reescrevam a partir das discussões que tivemos em sala de aula e também a partir do episódio #2 Selvagerias, barbáries, civilizações do podcast Selvagerias. Como vocês puderam perceber, conhecer um pouco mais da vida do autor e de sua trajetória, o contexto em que produziu o trabalho e os outros com quem dialogava, nos ajuda a entender melhor o seu próprio trabalho. Vou dar retornos individuais para vocês sobre o trabalho do Morgan, mas acredito que os comentários gerais que eu fiz anteriormente te ajudam a ter um norte para ele. Continuamos com o limite de duas páginas.
O livro de Celso Castro busca apresentar a perspectiva evolucionista de três principais autores de tal corrente: Lewis H. Morgan, Edward B. Tylor e James G. Frazer. Três homens que viveram entorno da mesma época e que foram grandes propagadores de tal teoria que visava explicar a sociedade humana através de uma linha evolutiva, seguindo uma lógica hierárquica que partia do pior para o melhor, do mais primitivo ao mais complexo. No texto, Castro apresenta como cada um desses pesquisadores apresentam suas teorias evolucionistas e em que ponto convergem e se diferenciam.
O primeiro texto traz a perspectiva de Lewis Morgan, nascido em 1818 e considerado por muitos o fundador da antropologia norte-americana. O autor era encantado pelos Iroqueses, tribo indígena tradicional das redondezas da sua cidade, e sugeriu que o nome do grupo de estudos clássicos que participava chamada de Ordem do Nó Girondio, fosse rebatizado como ordem dos Iroqueses. Depois de já formado, por volta de 1844 Morgan conheceu um índio iroquês e junto com alguns amigos realizaram visitas as reservas indígenas que, anos depois de diversos estudos, culminou no livro The league of the Ho-dé-no-sau-nee, or Iroquois, apresentado como para “encorajar um sentimento mais bondoso em relação aos índios, baseado num conhecimento mais verdadeiro de suas instituições civis e domésticas, e de suas capacidades de futura elevação.” (CASTRO, C. 2005. P.10).
Os estudos de Morgan tinham como principais objetivos, a partir do contato com os iroqueses, entender a origem do ser humano a partir das suas organizações de parentesco. Lewis coordenou uma série de missões e viagens de campo a diferentes tribos indígenas para investigar e conhecer seus sistemas de organização a fim de encontrar uma unidade que explicasse a origem do homem e foi um dos primeiros e poucos pesquisadores da época a desenvolver um sistema detalhado e rico de informações à respeito do tema. A partir desses dados, ele elabora um esquema que busca explicar a trajetória da humanidade e que todos passarão ou passaram em algum momento:
O primeiro estágio é a Selvageria, que se divide em três fases: selvageria inferior, intermediário e superior. Do primeiro ao último, ele elenca algumas características que definem esse estágio: da infância ao início da próxima fase como o início, o desenvolvimento de uma dieta rica em peixes e do conhecimento do uso do fogo como o intermediário e, por fim, a invenção do arco-e-flecha como o estágio final.
O segundo estágio é o da Barbárie, também dividido em três fases: inicial, intermediário e final. A primeira fase é caracterizada pela arte e domínio da produção de cerâmicas; a segunda fase é a de domesticação de animais no Oriente e do desenvolvimento da agricultura e do que poderíamos hoje chamar de construção no Ocidente. Em seguida, o terceiro estágio chama atenção pelo uso, manejo e trabalho com minério e ferro. Por fim, o último estágio é a Civilização, que se constitui a partir “da invenção do alfabeto fonético, com o uso da escrita, até o tempo presente.” (CASTRO, C. 2005. P. 60).
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