O Neoliberalismo Governo Michael Temer

Introdução

Esse trabalho visa analisar o contexto histórico e político do governo Temer. Assim, buscando descrever sua vida desde seu nascimento, perpassando por suas experiências adquiridas em sua trajetória. A partir disso buscou-se trazer considerações sobre impeachment da ex-presidente Dilma que levou a posse da presidência, sendo assim, chega-se as repercussões que o Governo Temer enfrenta através de denúncias. Além disso procuramos contextualizar as perdas de direitos do povo, trazendo através de breves descrições como a decadência da economia e suas alianças e normativas trazem prejuízo aos brasileiros. Assim, no decorrer do trabalho trazemos como tópico as transformações sociais e políticas ocorridas da retirada de direitos, que foram adquiridos durantes governos anteriores, que tinham como características em suas gestões a diminuição das desigualdades de classes.  

Metodologia

A investigação realizada neste trabalho pode ser considerada como uma pesquisa descritiva, através dela descreveremos o governo Neoliberal sob o mandato do atual Presidente, Michel Temer.

Os dados foram coletados por meio de pesquisa bibliográfica, usando artigos e revistas online, especializadas na discussão de temas políticos. Esta ferramenta nos permitiu aprofundar o conhecimento sobre o governo Temer, desde seu mandato como vice presidente, até os dias atuais. Buscamos contextualizar as medidas e mudanças do atual mandato, bem como a repercussão nas políticas sociais, perpassando pelas consequências na vida e na dignidade da população mais pobre, do mesmo modo traremos os temas de impacto midiático que atingem nosso pais.

 

1. BIBLIOGRAFIA: A TRAJETORIA DE TEMER.

Michel Miguel Elias Temer Lulia, nasceu em 23 de setembro de 1940, no município de Tietê. Nono Filho dos imigrantes Libaneses Miguel Elias Temer e March Barbar Lulia, que ao chegarem no interior de São Paulo, cresceram financeiramente com a aquisição de uma máquina de beneficiamento de café a arroz.

Na infância estabeleceu aptidões com as artes e com a escrita, sendo enviado em 1957 para a capital Paulista afim de terminar seus estudos. Em 1959 ingressou na faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, envolvendo-se na política estudantil. Em 1968 já formado, passou a dar aulas, tornando-se diretor do departamento de pós-graduação da PUC e, no ano seguinte passou a trabalhar na faculdade de Direito de Itu (Faditu), tornando-se vice-diretor e posteriormente diretor na instituição.

Além disso, em 1974 Temer defendeu sua tese de dourado, Território Federal nas constituições Brasileiras, que posteriormente, em 1975 virou livro. Mais tarde foram lançadas mais quatro obras de Michel Temer: Elementos de direito constitucional; Constituição e Política; Democracia e cidadania e Anônima intimidade.

Trabalhou como Advogado Trabalhista para o sindicato dos empregados Vendedores e Viajantes do comércio em São Paulo. Em 1981, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Foi Secretário de Educação. Em 1983 Michel passa a ser Procurador geral do Estado de São Paulo, nomeado pelo governador Franco Montoro, então, passa a intermediar acordos entre fazendeiros e sem-terra. Sucessivamente assumiu o cargo de Secretário de Segurança Pública, criando a primeira Delegacia da Mulher em 1985. Em 1992, ainda como Secretário de Segurança Pública, Temer tratou de restaurar a imagem da Polícia Militar do Estado.

Como Deputado Federal no governo de Fernando Henrique Cardoso, Temer votou a favor de emendas que quebravam o monopólio das telecomunicações e da Petrobrás na exploração do petróleo. Eleito presidente da Câmara em 1997, apoiou o movimento que tinha como objetivo tornar o Legislativo menos subordinado ao Executivo. Exerceu a presidência da República por 4 dias em 1988. Foi presidente Nacional do PMDB, reeleito Deputado Federal em 2002 e em 2009 foi eleito pela terceira vez para presidência da Câmara dos Deputados.

Em maio de 2010 foi convidado por Dilma Rousseff para ser seu vice, já que o PMDB passou a fazer da base governista com o PT.

No programa de governo redigido pelo PMDB e, entregue por Temer a Dilma, trazia expresso no documento a defesa da autonomia do Banco Central, ampliação do Bolsa Família, extensão do PROUNI, entre outras metas. Reeleito em 2015 com Dilma para um segundo mandado, após o impeachment de Dilma, Temer é empossado oficialmente como 37º presidente do Brasil.

Em junho de 2016 o então Presidente envia ao Congresso uma proposta para criar um novo regime fiscal, destinado a colocar em ordem as contar públicas, criando o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos que tem por objetivo fazer concessões e privatizações de Serviços Públicos.        

Em pronunciamento a Imprensa, no Palácio do Planalto, em junho de 2017, durante a Sanção da Modernização Trabalhista, Michel Temer lança a frase: ¨Nenhum direito a menos, muitos empregos a mais”.

1. GOVERNO MICHEL TEMER: AS MUDANÇAS.

O governo Michel Temer é um governo instável, portanto, em um primeiro momento devemos procurar entender o que está acontecendo de fato no Brasil. Contudo, só através da desmistificação de determinados pensamentos que podemos compreender o momento atual do nosso pais. Nesta perspectiva é necessário ter consciência de que o conceito de direita não se trata de uma esfera unificada, isso é uma versão generalista e incorreta. Outro aspecto está na ideia de que a burguesia detém o poder de controlar o processo político, deste modo seria o mesmo que dizer que o Estado é um marionete nas mãos da classe burguesa. Além disso, um outro mito, está na fantasia de os conflitos só abrangem dois pontos, ou seja, o Capital e trabalho.

Sob a concepção oposicionista ao governo Dilma Rousseff, o vice presidente Michel Temer assume o poder visando restauração do capital internacional combinado ao fortalecimento da burguesia. Nesta lógica é notório que seus planos elaborados visam a desnacionalizar o pre-sal, a cadeia produtiva de água e gás, as terras e outros. Contudo, o presidente não está conseguindo. O governo Temer não está atingindo seus objetivos, embora busque responder à cobiça internacional e as inclinações da classe burguesa, onde podemos citar como exemplo a reforma trabalhista e da previdência. Assim é evidente que este governo não consegue estabelecer hegemonia, pois tal característica presume um governo minimamente estável e neste caso, pode-se afirmar que este governo não é.