O Preconceito Religioso

        O Brasil foi constituído por três grandes culturas, a européia, a indígena e a africana, sendo a primeira prevalente na maior parte do país. Possuímos uma das maiores diversidades culturais do mundo, com liberdades individuais sendo asseguradas pelo Estado, logo é paradoxal os casos rotineiros de descriminação e desrespeito que afligi fiéis de religiões de origem africana e ameríndia.  

        Desde a criação do Brasil como Estado religiões e culturas foram alvos de repressão, os jesuítas impondo a sua religião de uma maneira equivocada e agressiva, a religião oficial do Brasil Império, são exemplos da recente laicidade do Estado, esse histórico é visível na população brasileira que propaga estereótipos e discursos de ódio com teor racista, xenofóbico e preconceituoso.

        De acordo com o SOS Racismo, responsável por receber denúncias de preconceito religioso em Guarulhos, foram recebidas 30 denúncias no ano de 2016, a maioria das vitimas eram candomblecistas e judeus, casos que não deveriam acontecer em um Estado que garante os direitos individuais e a dignidade humana.  

         Segundo o filosofo Durkheim “O individuo só poderá agir na medida em que aprende a conhecer o contexto em que está inserido, a saber quais são suas origens e as condições de que depende.”, cabe ao Estado promover a conscientização nas escolas sobre o respeito às religiões através de palestras e aulas nas escolas com participações de líderes religiosos, para que os alunos e a comunidade possa conhecer outras religiões e culturas. Além de criar campanhas de nível nacional através das mídias de comunicação. Essas medidas têm como objetivo garantir que todo cidadão possa reivindicar os seus direitos e conhecer a sociedade em que vive e como ela se formou.

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