O Reino do Kongo
Por: carloscoder1 • 19/9/2018 • Trabalho acadêmico • 1.308 Palavras (6 Páginas) • 151 Visualizações
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Universidade Agostinho Neto
Faculdade de Ciências Sociais
Departamento de Sociologia
Religião como ideologia
Ficha de leitura
Nome: Mirene da Fonseca Mucongo
Curso: Sociologia
N° S716DFCS12069/ 3° Ano/ Diurno
Disciplina: Sociologia da Religião
Docente
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Cláudio Tomás, PhD.
Luanda, Agosto de 2018
Nesta presente ficha de leitura, com o tema Religião como ideologia, pretendo apresentar as ideias de Karl Marx e Engels e a problemática da religião como ideologia, e não só a essência da crítica de Marx á Engels.
Palavras-chave: Religião; ideologia; alienação.
Notas dos autores
Karl Marx nasceu em 1818 e morreu em 1883, foi filósofo, sociólogo, jornalista e revolucionário socialista, mas tarde se tornou apátrida e passou grande parte de sua vida em Londres, no Reino Unido.
Friedrich Engels, nasceu em 1820 e morreu em 1895, foi empresário industrial e teórico revolucionário alemão. Junto com Marx, fundou o chamado socialismo científico ou marxismo. Foi co-autor de diversas obras com Marx, sendo a mais conhecida é o Manifesto Comunista. Também ajudou a publicar, após a morte de Marx, os dois últimos volumes de O Capital, principal obra de seu amigo e colaborador, foi grande companheiro de Marx, escreveu livros de profunda análise social.
O cerne desta temática é a religião como ideologia. Karl Marx, problematiza a religião sob influência de Feuerbach que por sinal levanta uma crítica contra Hegel, cujo âmago é o seu método especulativo, "isto é, do método segundo o qual o que deveria ser o predicado, a ideia abstracta, se torna o sujeito e o que deveria ser sujeito, o ser concreto, se torna o predicado (…)" por exemplo, Hegel, partindo da ideia abstracta de soberania, em vez da figura histórica do monarca constitucional, formula a proposição especulativa "a soberania do Estado é o monarca", ao passo que, partindo da observação da realidade, o filósofo não especulativo tem que dizer que "o monarca (isto é, aquele tal personagem histórico com aqueles determinados atributos) tem o poder" (BOBBIO, e tal 1998, p. 739)
Das proposições, como se vê: sujeito e predicado, estão invertidos, a isso Marx e Engels chamam de consciência invertida do mundo. "O homem é o mundo do homem, o Estado, a sociedade. Este Estado, esta sociedade, produzem a religião, consciência invertida do mundo (…)" (MARX; ENGELS, 1972, p. 46).
Marx, também propõe-nos o mistério da construção especulativa para ultrapassar a visão hegeliana, segundo o qual, o espírito tem a sua génesis no mundo abstracto.
"Quando, partindo das maçãs, peras, dos morangos das amêndoas reais, eu formo para mim mesmo a representação geral "fruta", quando, seguindo adiante, imagino comigo mesmo que a minha representação abstracta "a fruta" obtida das frutas reais, é algo existente fora de mim e inclusive o verdadeiro ser da pêra, da maçã etc., acaba esclarecendo em termo especulativo "a fruta" como a "substância" da pêra, da maçã, da amêndoa, etc. Digo, portanto, que o essencial da pêra não é o ser da pêra, nem o essencial da maçã. Que o essencial dessas coisas não é a sua existência real possível de ser apreciada através dos seus sentidos, mas sim o ser abstraído por mim, o ser da minha representação, ou seja, "a fruta" (MARX; ENGELS, 2003, p. 72).
Em Marx, Ideologia denotava ideias e teorias que são socialmente determinadas pelas relações de dominação entre as classes e que determinam tais relações dando-lhe uma falsa consciência (BOBBIO e tal. 1998, p. 585). Diz Marx: "até agora, os homens formaram sempre ideais falsas sobre sim mesmos, sobre aquilo que são ou deveriam ser. Organizam as suas relações mútuas em função das representações de Deus, do homem norma, etc., que aceitam. Estes produtos do seu cérebro acabaram por os dominar; apesar de criadores, inclinaram-se perante suas próprias criações. Libertemo-nos portanto das quimeras, das ideias, dos dogmas, dos seres imaginários cujo jugo os faz degenerar. Revoltemo-nos contra o império dessas ideias (…)" (MARX; ENGELS, 1999, p. 5)
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