O Serviço Social dos Anos 80
Por: Celminha • 4/4/2017 • Artigo • 2.054 Palavras (9 Páginas) • 4.608 Visualizações
O SERVIÇO SOCIAL NOS ANOS 80
Celma de Oliveira Santos
Tutor (a) Externo (a): Quedima Isabela Chaves de Souza
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI Bacharelado em Serviço Social – SES0325
30/09/2015
RESUMO
Este trabalho é o resultado de estudos e pesquisas sobre o serviço social nos anos 80, tem como objetivo, relatar as dificuldades dos profissionais, que buscaram mudanças, principalmente através de sua reconceituação. O Brasil, abre a década de 80 com grandes conquistas pelos assistentes sociais em suas áreas metodológicas, onde passaram por uma reformulação, contando com uma formação a nível superior, tendo assim mão de obra mais capacitada, ou seja, tanto na pratica como na teoria. A visão das politicas publicas ganharam um novo aliado, passando a ter um melhor preparo,para lhe da com as causas de cunho social, exaltando sua forma de trabalho, valorizando seus métodos e ampliando sua área de estudos, para que os atendimentos sejam mais eficazes, com pessoal capaz de lhe dar com diversas situações do cotidiano da população. Com os avanços populares para com os seus direitos abre uma nova era de conquistas democaticas, muitos movimentos em pró do mesmo objetivo que ficaram marcadas na historia do serviço social, que teve um papel determinante, passando a atuar de maneira expressiva, é nesse momento que a profissão se eleva, com o apoio dos brasileiros que vivenciaram uma época que ficou conhecida na historia do Brasil.
Palavras-chave: Serviço Social. Década de 80. Conquistas.
- INTRODUÇÃO
A partir da década de 80 inicia de modo organizado, o debate acadêmico do serviço social, buscando novas bases para a compreensão do seu passado histórico. A profissão nesta época passa por transformações surpreendentes, que reorganizou todo o método de trabalho. Com o fim da ditadura militar e o inicio da abertura politica, os assistentes sociais se mobilizaram para discutir inovações na profissão, apoiando os movimentos sociais, que desejavam ter seus direitos reconhecidos, e respeitados para alcançarem a dignidade de cidadãos
Neste sentido este paper pretende discutir a formação profissional dos assistentes sociais na década de 80, e todo processo de construção que resultou nas conquistas dos dias atuais.
2 O SERVIÇO SOCIAL E A FORMAÇÃO SOCIAL
O Serviço Social é uma profissão de nível superior, regulamentada pela Lei 8.662/1993, e só deve ser exercida por um Assistente Social, sua atuação planeja e executa políticas públicas e programas voltados a globalização social, com o objetivo de viabilizar os direitos da população. Foi uma das profissões mais impactadas pelos fatos históricos, visto que sua ação sempre foi colocada perante a tensão da relação capital versus trabalho. De um lado os dominantes querendo mais poder e lucro, tais como o Estado e Instituições, e do outro a classe operaria, os trabalhadores lutando contra a exploração, decorrente dos impactos do capitalismo e no combate as desigualdades.
Na década de 80, a profissão passa por uma reforma que reorganizou todo o método de trabalho do profissional do Serviço Social, e isto se deu pela reconceituação da profissão em 1960. Neste período o Brasil sofreu mudanças histórico-culturais, marcadas por manifestações da população pela liberdade de expressão e insatisfação das políticas vigentes, o povo cansou de ficar de braços cruzados esperando a boa vontade do estado e começaram a sai nas ruas reivindicando seus direitos. Entenderam que todos unidos teriam mais força. Esse processo começa a suceder depois de um movimento chamado “Diretas Já”. Foi ponto de suma importância para que a democracia fosse possível.
Tais discussões centraram-se em temáticas relacionadas à direção social da formação, aos eixos fundamentais do currículo, de um ponto de vista teórico-metodológicas, ao mercado de trabalho e a própria realidade no Brasil. Ainda assim, a estabelecimento dessas deliberações deve-se, fundamentalmente, ao processo de renovação da profissão. De acordo Maciel (2006, p. 99).
A renovação desta profissão foi desencadeada pelo incremento da produção teórica, que passou a ser incorporada á intelectualidade acadêmica, e do inicio das primeiras pesquisas na área, aliadas a abertura de cursos de Pós-Graduação no país. Além disso, a organização política da categoria, associada ás reflexões éticas oriundas da nova conjuntura brasileira, ou seja, abertura política e reorganização social indicaram que a formação pressupõe estreita articulação com as relações estabelecidas pelas classes sociais, uma vez que o Serviço Social se encontra situado no seu interior.
Partindo desse entendimento, movimentos organizados surgiram apontando mudanças no seu projeto político. O Código de Ética de 1986 referência do processo de renovação profissional na perspectiva da ruptura com o Serviço Social tradicional reafirma a dimensão política da pratica do profissional. “Tal Código avança eticamente no sentido de sua critica aos valores universais tomados abstrata e a-historicamente nos códigos anteriores” (ABEPSS/CEDEPSS, 1996). “Sua oposição ao conservadorismo ético-profissional reafirma o processo de avanço teórico-politico da profissão legitimando a construção de uma prática comprometida com a transformação profissional” (ABEPSS/CEDEPSS, 1996,p.146).
2.1 CONQUISTAS DOS ASSISTENTES SOCIAS NA DECADA DE 80
O ano de 1988 foi o ano que marcou no campo dos direitos sociais, pois foi neste ano que se criou a Constituição Federal, promulgada pela assembleia constituinte, que tem leis envolvendo diversas sequencias, e veio também revelando seu caráter democrático e colocou fim aos governos militares. O povo considera uma das maiores conquistas realizadas na época.
Os anos 80 foi a época da crise econômica em que a sociedade viu um regime ditatorial em queda. Com a crise econômica e com o enfraquecimento da ditadura, os movimentos sociais ganharam forças, principalmente com o sindicalismo que teve uma participação expressiva, juntamente com a classe trabalhadora e os estudantes, que oferecia uma grande resistência ao regime militar.
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