O Totem e Tabu
Por: Mary Jane • 9/8/2019 • Resenha • 893 Palavras (4 Páginas) • 344 Visualizações
Capitulo 3 - ANIMISMO, MAGIA E A ONIPOTÊNCIA DE PENSAMENTOS
De acordo com o texto o termo “Animismo” possui dois sentidos, um mais estrito e faz referência à doutrina de almas e um segundo, mais ampla, a doutrina de seres espirituais. O termo foi usado para indicar coisas inanimadas e expressões como ‘animalismo’ e ‘hominismo’ também fazem a referência ao mesmo assunto.
Existe a ideia que as almas são semelhantes a pessoas e que durante o transcurso do tempo elas se tornaram espiritualizadas em razão de terem perdidos as suas características matérias.
Basicamente o sistema animista é baseado nas observações do homem primitivo sobre o sono e a morte. O animismo é um sistema onde existe o império dos pensamentos e que segundo Freud a raça humana a definiu em três sistemas de pensamento.
- O Sistema Animista ou Mitológico, que foi o mais coerente e completo e que possui uma explicação mais coerente e abrangente sobre a natureza do universo;
- O Sistema Religioso;
- O Sistema Científico.
O animismo foi criado para suprir uma necessidade prática de controle sobre o mundo, os animais e as coisas segundo a abordagem da psicanálise. Foram construídas técnicas para uma aplicação prática do animismo como a feitiçaria e a magia, técnicas essas que possuem distinções para que não sejam tratadas como sinônimos.
A feitiçaria é entendida como a arte de influenciar os espíritos tratando-os da mesma forma que os seres humanos: apaziguando-os, corrigindo-os, tornando-os propícios, intimidando-os, roubando-lhes o poder e os submetendo-os à nossa vontade. Já, a magia despreza os espíritos e faz uso de procedimentos especiais e não dos métodos psicológicos do dia-a-dia, submetendo os fenômenos naturais à vontade humana.
A evolução do pensamento animista fica evidente em rituais para produção da chuva e de fertilidade, em religiões e procissões, bem como na ciência, onde cria condições necessária, na atmosfera, para o acontecimento de chuvas.
A onipotência de pensamentos é o princípio que guia a magia na sua modalidade animista. Ela se caracteriza em diferentes fases do desenvolvimento da visão humana do Universo:
- Na fase animista: os homens atribuem a onipotência a si mesmos;
- Na fase religiosa: os homens atribuem aos Deuses a onipotência, mas os influenciam conforme seus desejos;
- Na fase científica: os homens reconhecem sua pequenez e se resignam à morte e outras necessidades da natureza.
Capitulo 4 – O RETORNO DO TOTEMISMO NA INFÂNCIA.
O Totemismo, de acordo com o livro, é um sistema que ocupa o lugar da religião entre alguns povos primitivos da Austrália, da América e África e é a base para a sua organização social. Citado por Freud, uma definição para o termo totem é dado por Frazer que diz ser “uma classe de objetos materiais que um selvagem encara com supersticioso respeito, acreditando existir entre ele e todos os membros da classe uma relação íntima e inteiramente especial”. O totem determina o nome de um grupo e serve como um indicativo de sua ancestralidade.
Para se verificar como os homens primitivos vieram a adotar o sistema totêmico e a se chamarem a si mesmos e a seus clãs com nomes de animais, vegetais e objetos inanimados, Freud dividiu as teorias sobre a origem do totemismo em grupos:
- Teorias nominalistas - segundo essas teorias a origem do totem se justificar pela necessidade dos clãs de se diferenciarem pelo uso de nomes.
- Teorias sociológicas – nesse segundo ponto, Freud cita as peculiaridades observadas em parte da tribo Arunta que são divididos em clãs totêmicos, cujo totem não é hereditário e sim determinado para cada indivíduo. Não são exógamos e as restrições quanto ao casamento são altamente desenvolvidas.
- Teorias psicológicas. – de acordo com essas teorias o totem representa um lugar de refúgio, seguro em que a alma poderia ser depositada fugindo dos perigos que a ameaçavam.
A origem da exogamia e sua relação com o totemismo.
Segundo o texto a exogamia apresenta dois pontos de vistas, um que afirma que a exogamia é parte inerente do sistema totêmico e outro que nega essa vinculação sustentando que a convergência existente entre esses dois pontos de vistas das culturas mais antigas é uma coincidência.
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