O TOTEM E TABU
Por: carolinaalmeida1 • 28/9/2020 • Seminário • 80.175 Palavras (321 Páginas) • 244 Visualizações
Totem e tabu
e outros trabalhos
VOLUME XIII
(1913-1914)
Dr. Sigmund Freud
PREFÁCIO
NOTA DO EDITOR INGLÊS (JAMES STRACHEY)
TOTEM UND TABU
(a) EDIÇÕES ALEMÃES
1912 Parte I, Imago, 1 (1), 17-33. (Sob o título ‘Über einige
Übereinstimmungen im Seelenleben der Wilden und der
Neurotiker’ [‘Alguns Pontos de Concordância entre a Vida Mental
dos Selvagens e dos Neuróticos’].)
1912 Parte II. Imago, 1 (3), 213-27 e (4), 301-33. (Mesmo título.)
1913 Parte III. Imago, 2 (1), 1-21. (Mesmo título.)
1913 Parte IV, Imago, 2 (4), 357-408. (Mesmo título.)
1913 Em um só volume, sob o título Totem und Tabu, Leipzig e Viena,
Heller, V + 149 p.
1920 2ª ed., Leipzig, Viena e Zurique: Intenationaler Psychoanalytischer
Verlag, VII + 216 p
1922 3ª ed. Leipzig, Viena e Zurique: I.P.V., VII + 216 p.
1924 G.S.., 10, 3-194.
1934 5ª ed., Viena: I.P.V., 194 p.
1940 G.W.., 9, pp. 1-205.
1934 ‘Vorred zur hebräischen Ausbage von Totem und Tabu‘, G.S.,12, 385.
1948 G.W., 14, 569.
(b) TRADUÇÕES INGLESAS
Totem and Taboo
1918 Nova Iorque Moffat, Yard, XI + 256 p. (Trad. de A. A. Brill.)
1919 Londres: Routledge, XI + 265 p. (Trad. de A. A. Brill.)
1938 Londres e Nova Iorque: Penguin Books, 159 p. (Trad. de A. A.
Brill.)
1938 Em The Basic Writings of Sigmund Freud, Nova Iorque: Modern
Library, pp. 807-930. (Trad. de A. A. Brill.)
1950 Londres: Routledge and Kegan Paul, XI + 172 p. (Trad. de
James Strachey.)
1950 ‘Preface to the Hebrew Translation of Totem and Taboo‘
(‘Prefácio à Tradução Hebraica de Totem e Tabu’). Em Totem and
Taboo, Londres, 1950, p. XI. (Trad. de James Strachey.)
A presente tradução é uma versão ligeiramente corrigida da publicada em 1950.
No seu Prefácio, Freud conta que seu primeiro estímulo para escrever estes ensaios veio das obras de Wundt e Jung. Na realidade, seu interesse pela antropologia social vinha de muito tempo antes. Na correspondência com Fliess (1950a), além de alusões gerais ao gosto sempre presente pelo estudo da arqueologia e da pré-história, há um certo número de referências específicas a temas antropológicos e à luz que a psicanálise lança sobre eles. No Rascunho N (31 de maio de 1897), por exemplo, ao estudar o ‘horror ao incesto’, ele assinala a relação entre o desenvolvimento da civilização e a repressão dos instintos, assunto ao qual retornou no artigo sobre ‘“Civilized” Sexual Ethics’ (1908d) e, muito mais tarde, em Civilization and its Discontents (1930a). Novamente, na Carta 78 (12 de dezembro de 1897), escreve: ‘Pode imaginar o que são “mitos endopsíquicos”? São o fruto mais recente de meus trabalhos mentais. A obscura percepção interior de nosso próprio mecanismo psíquico estimula ilusões de pensamento, que são naturalmente projetadas para o exterior e, de modo característico, para o futuro e o além-mundo. Imortalidade, castigo, vida após a morte, todos constituem reflexos de nossa própria psique mais profunda (…) psicomitologia’. E, na Carta 144 (4 de julho 1901): ‘Já leu que os ingleses escavaram um velho palácio em Creta (Cnossos), o qual declaram ser o autêntico labirinto de Minos? Zeus parece ter sido originalmente um touro. Parece, também, que o nosso próprio velho Deus, antes de passar pela sublimação incentivada pelos persas, era também adorado como um touro. Isso suscita toda sorte de pensamentos, que ainda não estão em tempo de serem colocados no papel’. Finalmente, vale a pena mencionar uma breve passagem numa nota ao pé da página à primeira edição de A Interpretação de Sonhos (1900a), perto do fim da Seção B do Capítulo V, Edição Standard Brasileira, IV, 230n., Imago Editora, 1972, que deixa entrever a direção da monarquia da posição social do pai de família.
Mas os principais elementos da contribuição de Freud à antropologia social aparecem, pela primeira vez, nesta obra e mais especialmente no quarto ensaio, que contém a hipótese da horda primeva e da morte do pai primevo, e elabora sua teoria fazendo remontar a isso a origem da quase totalidade das instituições sociais e culturais posteriores. O próprio Freud estimava muito este último ensaio, tanto no que diz respeito ao conteúdo como à forma. Contou a seu tradutor de então, provavelmente em 1921, que o considerava como sua obra mais bem escrita. Não obstante, o Dr. Ernest Jones informa-nos que mesmo em meados de junho de 1913, quando as provas do ensaio já se achavam prontas e após havê-lo apresentado à Sociedade Psicanalítica de Viena, Freud ainda expressava dúvidas e hesitações sobre sua publicação. Essas dúvidas foram prontamente afastadas, contudo, e o livro permaneceu sendo um de seus favoritos durante toda a vida, recorrendo constantemente ao mesmo. Assim, por exemplo, resumiu-o e discutiu-o com particular carinho no sexto capítulo de seu Autobiographical Study (1925d) e citou-o muita vezes no último livro que publicou, Moses and Monotheism (1939a).
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