OBSERVADOR DE MULHER, Clemente
Resenha: OBSERVADOR DE MULHER, Clemente. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: marinamieli • 11/4/2014 • Resenha • 985 Palavras (4 Páginas) • 320 Visualizações
RESENHA NOBREGA, Clemente. TAYLOR SUPERSTAR. Revista Exame, Setembro,1997.
Taylor sem dúvida é considerado por muitos o primeiro administrador do mundo, sendo comparado a Freud e Darwin no que diz respeito à importância de suas teorias. Foi um revolucionário e seu ideal era a eficiência no chão de fábrica, mudando as estruturas da fábrica e os processos de produção. O Taylorismo, porém, visava somente à eficiência e aproveitamento total desse processo, sem levar em consideração as consequências que o mesmo traria para o trabalhador. Sua teoria via o trabalhador apenas como uma parte de todo o processo, como um objeto designado a fazer determinados movimentos e trabalhos, recebia e cumpria ordens.
Foi uma ciência da administração adotada pelo mundo inteiro, buscando a eficiência máxima, intensificando a mão de obra, onde o operário podia produzir cada vez mais por um período menor de tempo. O empregado não precisava pensar, algumas pessoas que trabalhavam nos setores, nunca viam o que o produto do processo vinha a se tornar, pois não saíam do lugar onde trabalhavam, sempre fazendo as mesmas coisas, como se fossem um robô. O filme de Charles Chaplin, “Tempos Modernos”, é uma crítica clara ao sistema, mostrando que Taylor transformaria o homem num anão perante as engrenagens do novo sistema.
Hoje, sabemos que pode ser uma teoria muito eficiente, eliminando custos, aumentando a produção com consequente maior lucratividade para o capitalista, mas é comprovado que atividades repetitivas prejudicam o trabalhador, sendo considerado um verdadeiro sistema de opressão, gerando, além de problemas físicos, uma constante ansiedade na busca pela produtividade máxima, além da pressão e do medo de ser descartado caso não conseguisse cumprir suas obrigações.
O Taylorismo foi um modelo de administração científico que foi amplamente aplicado nas organizações durante a fase da Revolução Industrial. O extremo racionalismo é um traço marcante nas suas características. Atrelar métodos eficazes e sistematizados à execução de tarefas, com o tempo cronometrado, controlando o trabalhador até em seu momento fora de seu ambiente de trabalho, é uma das chagas do Taylorismo. Pois rouba do homem a sua capacidade criativa, rouba sua liberdade para agir, conforme sua consciência, diante de situações em que a ciência ainda não alcança. Cerceia o ser-humano de ser humano. Transforma toda uma sociedade em moeda de troca. Os valores e princípios individuais são duramente afetados por esse modelo de administração científica. O produto final vale mais do que quem o produziu.
O Taylorismo retira o homem de ser o centro da vida dele mesmo. Adoece o indivíduo no aspecto físico, mental e emocional. Instiga a competição no ambiente de trabalho, submetendo muitas vezes o trabalhador a extremo estresse físico e emocional, provocando conflitos, mágoas e ressentimentos que vão do lado profissional para o lado pessoal. Robotiza o homem em suas atividades, escravizando-o ao tempo. Deixa o homem desprovido de sentimentos e conhecimentos. Aliena o indivíduo na sua totalidade. O Taylorismo é uma escravidão.
Muitos sistemas de governos no passado se utilizaram do Taylorismo, não apenas para alavancar a economia interna de seus países, mas para difundir suas absurdas ideologias, como se fosse uma lavagem cerebral em seus povos. Podemos citar o nazismo na Alemanha, o fascismo na Itália e o comunismo-socialista da Rússia. Na realidade esses governos usaram o Taylorismo sob o pretexto de combater o que eles pregavam contra seus antecessores e na prática eles eram iguais ou piores. Visavam poder e lucro. O trabalhador era vítima dessa imposição injusta de seus governos e existia apenas para obedecer e não questionar o que lhe era ordenado, sob pena de punição e em alguns casos até ser assassinado. Os sindicatos
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