Os Processos De Planejamento Na Construção Das Politicas Sociais No Brasil
Trabalho Escolar: Os Processos De Planejamento Na Construção Das Politicas Sociais No Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: nandadim • 3/11/2014 • 335 Palavras (2 Páginas) • 318 Visualizações
O trabalho discute os principais traços e tendências das políticas sociais brasileiras
observando suas transformações no cenário de desenvolvimento econômico e político
do país, bem como as suas implicações no processo de acumulação e de hegemonia.
Identifica-se neste cenário uma tendência à sobreposição do caráter focalizante ou
residual sobre o caráter universalizante das políticas sociais, tendência esta que
mantém relação direta com o padrão de políticas econômicas impresso no país. O
texto se divide em duas partes. A primeira discute o conceito de desenvolvimento numa
perspectiva crítica, tomando como parâmetro o ideal de “desenvolvimento como
liberdade” na ótica de Amartya Sen (2000). Para este autor, são privações de liberdade
a extrema pobreza, a fome coletiva, a ausência de direitos básicos, a carência de
oportunidades, a opressão e a insegurança econômica, política e social. Nesta
perspectiva, a eliminação da privação de liberdades é constitutiva do desenvolvimento,
configurando-se em seus próprios meios e, simultaneamente, seus próprios fins. A
segunda parte discute as principais transformações das políticas sociais brasileiras no
cenário de desenvolvimento econômico do país. Ressalta-se a habilidade histórica do
Estado em reproduzir, mesmo em momentos de crise econômica, a hegemonia do
capital, garantindo a sua legitimidade ao mesmo tempo em que sustenta o poder
econômico nas mãos da elite. Ao discutir a questão da focalização e da
universalização, argumenta sobre a importância de se pensar as políticas sociais no
contexto de um projeto de país, reconhecendo não ser papel “exclusivo” das políticas
sociais a redução efetiva da pobreza.
INTRODUÇÃO
O debate sobre as tendências de universalização e de focalização das políticas sociais
tem sido recorrente, sobretudo no meio acadêmico e no âmbito das instituições que
lidam com os processos de planejamento, implementação e avaliação destas políticas.
A discussão é complexa e, em boa medida, os argumentos tem como referência as
noções de direito asseguradas na Carta Constitucional de 1988.
Para além da análise positiva restrita à esfera do Estado e do volume de recursos,
propõe-se um olhar dialético sobre a histórica brasileira, observando o padrão de
relações entre o Estado, o mercado e a sociedade
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