PROFISSÃO E SOCIEDADE

O presente trabalho foi desenvolvido sob a orientação das disciplinas de Metodologia, conteúdo e Prática da Língua Portuguesa e Políticas Públicas da Educação Básica II, o assunto abordado pelas acadêmicas do curso de Pedagogia do 5° período- matutino é a Formação do Professor da Língua Materna.

Tendo em vista que, a formação do professor é fundamental para que possibilite reflexão sobre suas práticas profissionais, vivemos em um sociedade que está em constante metamorfose cultural, tecnológica e econômica, o professor educador necessita estar envolvido nesse processo sendo pesquisador, ético e responsável para que sua atuação em sala de aula por meio do processo de ensino- aprendizagem desenvolva em seus alunos autonomia para lidar com a realidade e dificuldades afim de que nessa perspectiva os alunos sejam aptos á uma reflexão crítica social.

METODOLOGIA

Esse trabalho foi produzido a partir de análise bibliográfica e pesquisa de campo em seis escolas sendo públicas e particulares, em ano/séries do Ensino Fundamental I e na modalidade da EJA primeiro segmento, no município de Vitória - ES, onde alunas do curso de Pedagogia tiveram a oportunidade de vivenciar a prática a ação do professor em sala de aula, (aula de Língua Portuguesa).

A pesquisa de campo foi crucial para dialogarmos com a teoria estudada em sala de aula por meio do texto de Araujo e Freire. As instituições visitadas contribuíram em muito para a excelência da pesquisa.

Seguem observações de sala de aula de professores no que tange a socialização de conteúdos no componente curricular de “Língua Portuguesa”. Vale ressaltar que os nomes dos professores nesta pesquisa são fictícios.

FORMAÇÃO DO PROFESSOR

O professor que não leve a sério sua formação, que não estude que não se esforce para estar à altura de sua tarefa não tem força moral para coordenar as atividades de sua classe. [...] O que quero dizer é que a incompetência profissional desqualifica a autoridade do professor. (1996, p. 103).

A relevância do papel do professor na pesquisa, situando-o como sujeito –real concreto – de um fazer docente, no que este guarda de complexidade, importância social e especificidade, incluem dar-lhe a voz que precisa ter na produção do conhecimento sobre sua prática. Ampliam-se, nessa perspectiva, as possibilidades do rompimento do tradicional modelo dos cursos de formação de professores rumo à inserção na realidade escolar.

Por ser a Formação de Professores um campo influenciado por mudanças que ocorrem nos diferentes níveis da realidade e da cultura e considerando-se que o professor depara-se cotidianamente, em sala de aula, com contextos de constantes mudanças sócio-culturais e econômicas, mudança de valores e com a profunda revolução tecnológica, muitos educadores, entre eles, Paulo Freire, vêm demonstrando a importância de esse profissional ser comprometido e detentor de competências que o tornem capaz de desenvolver práticas transformadoras.

Segundo Freire é necessário à formação docente, numa perspectiva progressista para que em sala de aula esteja aberto a indagações, curiosidade, perguntas dos alunos, sendo critico e investigador, na tarefa de ensinar. O professor não é dono de todo saber e apesar de ser dele a tarefa de educar ele precisa se reconhecer como alguém apto para aprender, sua formação deve ser permanente, tendo curiosidade na prática de ensinar e nessa perspectiva arquitetar sua formação, fortalecendo e enriquecendo seu aprendizado, valorizando seu saber e sua experiência.

O professor é um indivíduo que busca formação continuada pautada de pesquisa formando-se continuamente. Portanto, a formação continuada, ela é pensada em uma concepção sem fim de maneira que não pode haver interrupções no sentido de não parar, e o professor deve permanecer em contato com a pesquisa, estudos, análises, na sua prática educativa. O grande compromisso do educador é, pela formação permanente, buscar subsídios teórico-práticos, para o exercício da docência, para a compreensão de que o conteúdo a ser trabalhado é uma síntese da

humanidade, e que ao ser considerado relevante, conduz o aluno a transitar por ele, provocando inquietações que o fazem avançar ainda mais.

“[...] se nos interessa analisar o compromisso do profissional com a sociedade, teremos que reconhecer que ele, antes de ser profissional, é homem. Deve ser comprometido por si mesmo.” (FREIRE, 2011, p. 23).

Em se tratando da construção de Araujo, percebemos que ele enfatiza a formação de professores da língua portuguesa como um conjunto de práticas e saberes sobre o ensino sem perder de vista as relações mais amplas com processo educacional, oficializando uma rede interdiscursiva complexa, resultado de interesses e objetivos políticos diversos.

A ênfase, então, é sobre a prática, a reflexão sobre a prática, deixando-se em segundo a formação critica do docente, condição fundamental para sua atuação política, para a compreensão dos condicionamentos sócio- históricos do processo ensino- aprendizagem. Sendo assim, para