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Participação Política e Cidadania

Por:   •  31/5/2018  •  Resenha  •  526 Palavras (3 Páginas)  •  267 Visualizações

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No contexto social de participação política e cidadania, é possível identificar quatro elementos-chave que compõem essa discussão: Movimentos Sociais, Sociedade Civil, Cidadania e Emancipação Social. O documentário “Quem se importa?”, estreado em 2012 e dirigido por Mara Morão destaca esses elementos, e traz a concepção de que todos tem a capacidade de transformar o mundo que vivemos em algum nível, através das ideias e do desejo de mudança.

Levando em consideração que o Estado não consegue suprir todas as necessidades assistenciais mínimas a dignidade humana, surge a necessidade que os próprios civis sejam cientes da sua responsabilidade como o meio em que vive, sejam agentes transformadores dessa realidade. O inconformismo com a pobreza dos desamparados socialmente, com os privados de condição física, sociais e econômicas vêm sendo o propulsor dessas mudanças, realizadas -principalmente- com a criação das chamadas sociedades civis.

Os sujeitos pertencentes a uma sociedade civil identificam as carências da sociedade e assumem seu papel de cidadão. Não agem liderados por governos ou ideologias políticas. São seres autônomos, que questionam a realidade, se perguntam o que pode fazer para mudá-la e agem para que seja a mudança seja feita.

E é através da ilustração de êxito dos chamados “empreendedores sociais” ao redor do mundo que o filme ilustra isso e retrata como é possível, através de projetos de alto impacto e baixo custo, extinguir os grandes problemas humanitários. Com iniciativas ousadas, essas ideias vêm transformando a realidade de diversos grupos sociais, proporcionando melhores condições de vida para essas pessoas em todo mundo.

Nesse sentido, é nessa posição de intervenção que o indivíduo pratica a cidadania, pois exercer a cidadania é lutar por uma sociedade com melhores condições e visar um bem-estar social de todos, para que exista mais liberdade, justiça e solidariedade.

Quanto aos movimentos sociais, estes nascem através da identificação de necessidades em comum e da associação de esforços. São formados por ações coletivas onde seus integrantes objetivam transformações sociais dentro de uma determinada conjuntura. No documentário temos diversos exemplos. A evidenciar isso, uma das primeiras frases do longa é: “Mais do que um filme, um movimento”.

Um desses exemplos é a instituição ASHOKA, que identifica e apoia empreendedores sociais. Essa instituição promove o debate acerca das habilidades de mudança que todos têm. Objetiva que haja uma cultura de empreendedorismo social e empatia, que isso faça parte da nossa educação. Sendo assim, cada vez mais pessoas se agregarão para concretizar transformações e melhorar o mundo.

Nesse contexto, com a ação educativa desses movimentos, administrando os conflitos e promovendo mudanças na visão dos indivíduos, é possível observar uma emancipação social. A partir do momento em que esses indivíduos desfavorecidos socialmente tomam posição e se tornam agentes ativos, passam a ter autonomia quanto à realidade que os cerca, sendo capazes de questionar a sua realidade.

Sendo assim, tendo em vista os aspectos abordados, a palavra que melhor descreve o documentário é “compartilhar”. E é a mesma palavra que dá sentido à cidadania, aos movimentos sociais, a sociedade civil e a emancipação social.

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