Política Como Vocação - Max Weber
Trabalho Universitário: Política Como Vocação - Max Weber. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Barati • 2/11/2014 • 692 Palavras (3 Páginas) • 684 Visualizações
Segundo o texto de Max Weber, Política Como Vocação, a política no conjunto das sociedades sociais é considerada objeto autônomo.
A política tem o sentido de estabelecer uma direção ou orientação para a sociedade. O seu conceito é extraordinariamente amplo e abrange todas as espécies de atividade diretiva autônoma que não possuem relação com religião. Assim, entenderemos por política apenas a direção do agrupamento político hoje denominado “Estado” ou a influência que se exerce em tal sentido, para Weber, a política está vinculada ao “Estado”.
Sociologicamente, o Estado não se deixa definir por seus fins, a não ser pelo específico meio que lhe é peculiar, tal como é peculiar a todo outro agrupamento político, ou seja, o uso da coação física.
“Todo Estado se funda na força”, disse um dia Trotsky a Brest-Litovsk, no entanto, a violência não é, evidentemente, o único instrumento de que se vale o Estado – não haja a respeito qualquer dúvida- mas é seu instrumento específico. Em nossa época, entretanto, devemos conceber o Estado contemporâneo como uma comunidade humana que, dentro dos limites de determinados territórios – a noção de território corresponde a um dos elementos essenciais do Estado – reivindica o monopólio do uso legítimo da violência física, o Estado se transforma, portanto, na única fonte do “direito” à violência, sendo Ele o único a poder desrespeitar tal “direito”. Consequentemente, entenderemos por política, o conjunto de esforços feitos com vistas a participar do poder ou a influenciar a divisão do poder, seja entre Estados, seja no interior de um único Estado, sendo a política a disputa para participar do poder. Todo homem que se entrega a política, aspira ao poder.
O Estado consiste em uma relação de dominação do homem sobre o homem, fundada no instrumento da violência legítima, isto é, da violência considerada como legítima. O Estado só pode existir, portanto, sob condição de que os dominados de submetam a autoridade continuamente reivindicada pelos dominadores, caso os dominados não se submetam a autoridade, há uma revolução.
Em consequências das razões internas que justificam a dominação, existem três fundamentos da legitimidade: primeiro é o “poder tradicional”, que o patriarca ou o senhor de terras, outrora, exercia, passando hierarquicamente para seus herdeiros; segundo é o “poder carismático”, que é o carisma – devoção e confiança – fundados em dons pessoais, com uma relação de identificação entre dominados e dominadores; e por fim, a razão da “legalidade”, em razão da crença e de uma “competência” positiva fundada na obediência.
Para assegurar estabilidade a uma dominação que se baseia naviolência, fazem-se necessários, tal como em empresa de caráter econômico, certos bens materiais. Contudo, encontra-se também disseminado, mesmo entre as formações políticas mais antigas, o domínio pessoal do chefe.
O Estado moderno – e isto é de importância no plano dos conceitos – conseguiu, portanto, e de maneira integral, “privar” a direção administrativa, os funcionários e os trabalhadores burocráticos de quaisquer meios de gestão.
Todos exercitamos “ocasionalmente” a política ao introduzirmos nosso voto em uma urna ou ao exprimirmos nossa vontade de
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