Por que métodos contraceptivos são socialmente aceitos e indiscriminados pela sociedade?
Por: Vitória Isabele • 9/12/2018 • Projeto de pesquisa • 1.510 Palavras (7 Páginas) • 150 Visualizações
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ANA PAULA MOREIRA SILVA
CEZAR ALCANTARA DA SILVA
BRUNA DE FREITAS BERNARDO
FAUSTO DE OLIVEIRA
GABRIELA PACIFICO
VITÓRIA ISABELE
PROJETO DE PESQUISA ”POR QUE OS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS SÃO SOCIALMENTE ACEITOS E DESCRIMINALIZADOS“
LONDRINA[pic 2]
2018
POR QUE OS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS SÃO SOCIALMENTE ACEITOS E DESCRIMINALIZADOS
O universo empírico sob o qual será desenvolvida a pesquisa são farmacêuticos e “usuários” de métodos contraceptivos.
O principal objetivo do tema é chegar a conclusão do porquê métodos contraceptivos são socialmente aceitos e descriminalizados se o aborto não é.
Além disso, o principal motivo do tema da pesquisa é ser um tema atual em discussão no país, em que há uma disputa religiosa, moral e de saúde pública.
PÍLULA ANTICONCEPCIONAL
A pílula anticoncepcional foi criada nos Estados Unidos, na década de 1960, criada na intenção de diminuir os casos de gravidez indesejada.
Em 1957, saiu a primeira bula do medicamento. As mulheres se interessaram pela pílula pelo fato de que ela gera uma suspensão temporária da fertilidade, sendo assim, a possibilidade de engravidar seria mínima. O remédio além de prevenir a gravidez, promete regular o ciclo hormonal, diminuir cólicas e o fluxo menstrual, reduzir os sintomas da TPM, e em alguns casos diminuir as espinhas.
Mas a pílula apresenta serias consequências como a trombose que pode levar a morte, depressão, AVC e a diminuição da libido (desequilíbrio hormonal), até hoje a pílula causa os mesmos danos à saúde da mulher.
Após o surgimento dela vieram várias críticas, desde o Papa João Paulo VI, aos ativistas do movimento negro que norte-americano, que condenavam a distribuição de métodos contraceptivos.
CAMISINHA FEMININA
A camisinha feminina, também conhecido como preservativo feminino no Brasil, atua como método anticonceptivo e como proteção as DSTS. Sua invenção é obra de Lasse Hershel ao final dos anos 1990. A caminha feminina chega ao Brasil em 1997.
Este sistema consiste em um dispositivo de plástico, mais largo e maior que a camisinha normal, em que uma de suas extremidades é fechada e deve se alocar ao fundo da cavidade vaginal, e a outra ponta ficar do lado de fora do órgão genital feminino.
Ao contrário da camisinha masculina que é feita de látex, a camisinha feminina é feita de poliuretano, um produto mais fino, que traz a vantagem de poder ser usada por pessoas alérgicas ao látex. Entre outras vantagens que possui, é muito mais lubrificada que a camisinha comum, não possui o perigo de “escapar” e como sua colocação é antes de começar a relação ela pode ser colocada até oito horas antes. Outra grande vantagem que pode ser usada até mesmo em dias de menstruação.
Um dos grandes tabus é a falta de falta de conhecimento, informação e até mesmo de divulgação que gera estranheza em quem vê pela primeira vez um preservativo como esse. Tudo isso acaba por fazer muitas mulheres não usarem a camisinha feminina.
DIU – DISPOSITIVO INTRA FEMININO
O DIU é um dos métodos contraceptivos mais eficientes encontrados, por seu tempo de duração e sua eficácia contra a gravidez. A primeira ideia de DIU foi “lançada” em 1962 com o nome de Alça de Lippes. De lá para cá, inúmeras alterações foram realizadas. Atualmente, existem dois tipos de DIU presentes no Brasil: o de cobre e o DIU hormonal, também conhecido como DIU de mirena. Ambos têm quase 100% de eficácia contra a gravidez, sendo que a principal diferença entre eles está apenas na questão hormonal: o de mirena, além de prevenir contra a gravidez, também contribui para a diminuição do fluxo e cólicas menstruais, apesar de este efeito ir diminuindo gradativamente ao longo dos anos.
Um DIU tem duração de cinco a dez anos e pode ser utilizado por qualquer mulher, desde que já tenha tido sua primeira menstruação. Atualmente, o implante pode ser feito nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), ou na rede particular.
É importante ressaltar que o uso do DIU, apesar de ser um método contraceptivo eficiente, NÃO previne contra doenças sexualmente transmissíveis, tornando o uso da camisinha de extrema importância, afinal, tão ruim quanto ter filhos indesejáveis é ter doenças venéreas
PÍLULA DO DIA SEGUINTE
Criada na década de 60 e inserida nas Normas Técnicas de Planejamento Familiar do Ministério da Saúde em 1996, a pílula do dia seguinte é absolutamente legal no Brasil. É indicada como contracepção de emergência em situações de estupro, ruptura de camisinha, deslocamento do DIU, quando a mulher ficou sem o seu anticoncepcional oral, quando está atrasada há mais de duas semanas para a injeção de Depo Provera ou mesmo quando não está usando nenhum método anticoncepcional.
A pílula do dia seguinte é um método anticoncepcional de emergência que bloqueia a ovulação e dificulta o trânsito do espermatozoide no corpo feminino. A pílula do dia seguinte deve ser usada apenas excepcionalmente. Não deve substituir os métodos anticoncepcionais de rotina como a pílula ou a camisinha. O seu uso constante pode interferir com a menstruação e provocar diversos efeitos colaterais devido à sua grande dose de hormônios.
As desvantagens da pílula do dia seguinte são: não oferecer proteção contra doenças sexualmente transmissíveis e possui efeitos adversos como tonturas, dor de cabeça, náuseas, dores abdominais, aumento da sensibilidade mamária, menstruação atrasada, menstruação intensa, sangramento, fadiga, diarreia e vômitos.
A pílula do dia seguinte não é considerada abortiva, pois não impede ou atrapalha o desenvolvimento de um embrião que já se fixou no endométrio. Em mulheres grávidas, ela é inútil, pois trará apenas os efeitos colaterais do medicamento.
CAMISINHA
A camisinha é uma invenção muito antiga, com mais de três mil anos de história, criações, métodos e muitas descobertas. Na tentativa de evitar gravidez indesejada ou doenças sexualmente transmissíveis a humanidade inventou fórmulas tão estranhas quanto gengibre e suco do fumo ou excrementos de crocodilo, que possui pH alcalino, assim como os espermicidas modernos.
Em 1843, os preservativos começaram a ser fabricados com borracha pela Hancock e Goodyear. Eram pouco aderentes, irregulares e caras, o que fazia com que fossem usadas várias vezes até que na década de 90 inventou-se o látex que deu ao preservativo um aspecto mais fino e confortável. Em 1960, deixa de ser utilizada por causa da invenção da pílula anticoncepcional, mas retorna em 1990, por causa da grande epidemia de AIDS. O triunfo do preservativo aconteceu quando a ação do vírus HIV obrigou milhares de pessoas a se curvarem a um novo processo de educação sexual.
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