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Programas Do Mec Para A Educação Infantil

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Por:   •  15/5/2014  •  1.937 Palavras (8 Páginas)  •  509 Visualizações

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1- A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL.

Ao situar o processo da construção da história da Educação infantil no Brasil percebe-se que a infância nem sempre foi valorizada, houve períodos na história que elas nem era reconhecida, Segundo Ariès (2006), “... a infância era apenas uma fase sem importância, que não fazia sentido fixar na lembrança.” (p.21)

No final do século XVI as concepções sobre a infância começaram a evoluir, ou seja, “é dessa época realmente que podemos datar o respeito pela infância.” (Ariès, 2006, p.83)

Assim, a sociedade passou a ter uma atenção diferente ao atendimento às crianças de zero a seis anos, e começaram a ser desenvolvidas as primeiras iniciativas aos cuidados das crianças.

Farias (2005) ressalta que,

Ao resgatarmos a trajetória histórica do atendimento oferecido à criança de zero a seis anos no Brasil, procuramos relacioná-la com as mudanças ocorridas nos diversos setores sociais, principalmente no campo educacional. (p.33)

Quando observamos a história, podemos encontrar grande marcos em relação à criança e a educação. Ariès (2006) explicita que

A educação praticamente só começava depois dos setes anos. E esses escrúpulos tardios de decência devem também ser atribuídos a um início de reforma dos costumes, sinal da renovação religiosa e moral do século XVII. Era como se o valor da educação começasse apenas com a aproximação da idade adulta. (p.77)

São nítidas as transformações históricas pelas quais a infância passou até ser valorizada nos dias atuais. Ainda de acordo com Farias (2005),

Focalizamos o processo de organização das instituições de educação nacional relacionando com o resgate do atendimento à criança pequena existente em nosso país até o final do século XIX. Entendemos que o surgimento das instituições direcionadas à educação da criança pequena esclarece a história de várias modificações efetuadas em nosso contexto social, como a organização familiar e do mercado de trabalho, especialmente, o feminino. (p.33)

Nesse sentido quando falamos da história da educação infantil no Brasil, vale lembrar que fatores sociais foram significativos para a construção dessa trajetória.

Kuhlmann Jr. (2010) afirma que,

A história da educação infantil também sugere esse tipo de consideração e que as instituições de educação da criança pequena estão em estreita relação com as questões que dizem respeito à história da infância, da família, da população, da urbanização, do trabalho e das relações de produção, etc. (p. 16)

Inicialmente uma das primeiras instituições voltadas aos cuidados das crianças, tinha um cuidado apenas assistencialista, ou seja, não existia nenhuma política publica voltada para atender as especificidades das crianças, era somente o cuidar.

KRAMER(1987,p.23) apud Peroni 2010 ressalta que as creches,

[...] surgiam com caráter assistencialista, visando afastar as crianças pobres do trabalho servil que o sistema capitalista em expansão lhes impunha, além de servirem como guardiãs de crianças órfãs e filhos de trabalhadores. Nesse sentido, a pré- escola tinha como função precípua a guarda de crianças.

Neste contexto, cito a ‘casa dos expostos’ ou ‘roda’, instituição criada para a guarda e proteção de menores de doze anos, que eram abandonados pelos pais.

Conforme Torres (2006)

Entre os séculos XVII e XIX a sociedade ocidental católica desenvolveu uma forma de assistência infantil chamada Casa da Roda dos Expostos, que deveria garantir a sobrevivência do enjeitado e preservar oculta a identidade da pessoa que abandonasse ou encontrasse abandonado um bebê. (p.107)

Muitas dessas crianças abandonadas eram filhos dos escravos, que sobreviviam com grande dificuldade, devido às condições precárias a que eram submetidos, pois logo cedo eram afastados de suas mães que deixavam de amamentá-los para amamentar os filhos dos senhores.

Sofrendo com a falta de alimentação e do amparo materno, muitas dessas crianças eram deixadas na ‘casa dos expostos’ pela mãe, para não sofrerem com a escravidão, pois aqueles que permaneciam com a mãe logo eram posto para trabalhar ou eram vendidos.

MARCILIO (1998) apud TORRES 2006,

De forma cilíndrica e com uma divisória no meio, esse dispositivo era fixado no meio, esse dispositivo era fixado no muro ou na janela da instituição. No tabuleiro inferior da parte externa, o expositor colocava a criança que enjeitava, girava a Roda e puxava um cordão com uma sineta para avisar à vigilante – ou rodeira – que um bebê acabava de ser abandonado, retirando-se furtivamente do local, sem ser reconhecido. (p.107)

É importante ressaltar que um fator preponderante para a criação dessa instituição foi o alto índice de mortalidade infantil, pois naquela época à precariedade de condições higiênicas e materiais eram muitos.

Nota-se também, a falta de afeto e de amor atribuído aos pais com relação à criança daquela época. Para os adultos a infância não era considerada uma fase tão importante, e sim, algo sem nenhum valor sentimental, pois para eles, essas crianças abandonadas não possuíam vida e sentimentos próprios.

Segundo Kuhlmann Junior (2010),

As instituições de educação infantil sempre fizeram parte dos grupos dedicados ao ensino, embora também fosse apresentada nos grupos dedicados à economia social, que tinham uma relação estreita com a educação popular, estratégia básica das políticas assistenciais. (p. 72)

E assim difundiram as instituições, inicialmente como pré – escolares no século XIX. Nessa mesma época começaram a existir as escolas maternais e parques infantis para filhos de operários. A seguir cito algumas instituições que foram inauguradas e/ou fundadas durante esse período histórico.

Instituto de Proteção e Assistência à Infância do Rio de Janeiro; inauguração da creche Companhia de Fiação e Tecidos Corcovado (RJ); em 1879 no Rio de Janeiro foi lançado o jornal “A Mãi de Família”; destinado às

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