Prostituição Adulta E Infantil
Casos: Prostituição Adulta E Infantil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Solazeredo • 6/4/2014 • 4.749 Palavras (19 Páginas) • 734 Visualizações
PROSTITUIÇÃO ADULTA E INFANTIL: Uma abordagem histórica e contemporânea desta que é considerada a profissão mais antiga do mundo.
Daniel Regis
Keila Zanetti
Solange de Souza Azeredo
RESUMO
O trabalho aqui apresentado, aborda aspectos sobre a prostituição adulta feminina, masculina e infantil, visto que, essa problemática vem suscitando debates e condicionando esforços de entendimento, proteção e amparo legal em vários segmentos, tanto na esfera jurídica e institucional quanto na sociedade de maneira geral. Constitui objetivo deste trabalho tecer algumas considerações sobre tais instâncias, por entendê-las imprescindíveis à análise e compreensão do serviço social. Para atingir esse objetivo foram realizadas pesquisas bibliográficas e entrevistas com profissionais do sexo. A partir desses dados foi possível apontar algumas causas que levam à prostituição, sabendo que ela não só foge da moral e dos costumes pré estabelecidos, mas leva a exclusão social. Além disso pudemos perceber que ela esta relacionada com todas as classes sociais, inclusive a criminosa dos grandes centros urbanos.
Palavras-chaves: prostituição, problemas sociais, profissão, Serviço Social.
INTRODUÇÃO
A prostituição sempre esteve presente na sociedade brasileira e já gerou muitas polêmicas a seu respeito. Desde os tempos remotos tem sido considerada uma profissão. Hoje, essa prática pressupõe a exposição tanto de crianças como de adultos que deliberam seu corpo, sem medo nem vergonha em troca de um valor simbólico. Prostituir-se no mundo contemporâneo, ao contrário dos tempos remotos, significa estar muitas vezes intimamente relacionado a pedofilia, ao consumo e tráfico de drogas, tornando todas essas questões um campo de atuação para nós futuros assistentes sociais. Um dos fatores que tem grande relevância no debate sobre prostituição é, que ela não está restrita somente à pessoas com vulnerabilidade socioeconômica, mas também a indivíduos com alto grau de conhecimento e condições economicamente estável. Geralmente esse segundo caso busca no sexo uma forma de erotismo e satisfação sem limites.
Diante dessas questões ousamos nos questionar: Além desses fatores, quais outros levam à esse tipo de vida? Quais os riscos e as vantagens de se prostituir? Na busca dessas e de outras respostas, nos propomos a conhecer melhor essa realidade tão vivenciada em nossos dias. Assim o entendimento irá iluminar nosso olhar crítico, tornando-nos pessoas mais esclarecidas e assistentes sociais com capacidade prática, teórica e metodológica para o desenvolvimento profissional.
CONCEITO E HISTÓRIA
Prostituição é a comercialização da prática sexual ou o oferecimento de satisfação sexual em troca de vantagens monetárias ou favores. Ela pode ser adulta ou infantil, de gênero feminino (prostituta) e masculino (pederasta). Na troca de favores sexuais, que caracteriza a prostituição, elementos sentimentais, como o afeto, devem estar ausentes em pelo menos um dos protagonistas. Nesta profissão, tida como “a mais antiga do mundo”, na grande maioria das vezes troca-se sexo por dinheiro, mas isso não é uma regra pelo fato de que, pode-se cambiar relações sexuais por favores profissionais, informações e bens materiais. Além disso, a prostituição caracteriza-se também pela venda do corpo, seja em fotos ou filmes em que se deixam à mostra partes íntima. Ainda que muitos homens se prostituam, historicamente a prostituição feminina é mais freqüente do que a masculina.
A prostituição sempre esteve ligada intimidade com o poder, desde a antiguidade mais remota do período histórico e patriarcal, pode-se dizer que as prostitutas tiveram maior influência na sociedade do que as mulheres consideradas de respeito. Na antiga civilização grega, a prostituição fazia parte da paisagem cotidiana, era um meio de obtenção de rendimento igual a qualquer outro e uma prática controlada pelo estado, revelando-se assim uma profissão tão rentável que algumas mães incentivavam as filhas a fazer carreira. Aspásia, por exemplo, tornou-se uma prostituta famosa e admirada pelas qualidades intelectuais a ponto de o grande Sócrates levar seus discípulos para ouvi-la. Ao contrário ocorria com as jovens destinadas ao casamento, pois dedicavam-se exclusivamente ao trabalho doméstico. Daí originou-se uma curiosa expressão da legendária democracia grega: só as prostitutas tinham acesso ao conhecimento. (MENTE E CÉREBRO – SEXO, V. 4, 2008)
Na cultura judaica, a prostituição era rigidamente punida a lei mosaica previa castigos severos ás praticantes e muitas vezes até a pena de morte. A moral cristã também sempre reprovou essa prática, que era tida como a responsável pela disseminação de doenças sexualmente transmissíveis. A partir do século XII o amor cortês passou a fazer parte da sociedade européia na busca de interesses políticos e econômicos. Desse momento em diante as uniões passaram a ser arranjadas pelas famílias, não levando em conta, se os sentimentos eram recíprocos entre os parceiros, contribuindo assim para ampliar a prática da prostituição, que passou a ser regulamentada e protegida pela lei. Em muitas cortes, as prostitutas chegaram a ter grande poder e influência. Com a Reforma religiosa no século XVI, o puritanismo começou a controlar os costumes e ditar as regras. A Igreja Católica, então, fez uso do seu poder teológico para lidar com o problema da prostituição. Foi nesse período que devido a manifestação conjunta das igrejas católica e protestante, a prostituição tornou-se clandestina. Mas nem por isso foi eliminada e as cortesãs continuariam a existir nas cortes européias e colônias. Com o advento da Revolução Industrial do século XVIII, acrescentou-se recursos significativos para a prostituição em virtude de que, as mulheres tiveram de enfrentar condições desiguais no trabalho em relações aos homens, portanto, as condições sociais e econômicas eram propícias ao crescimento alarmante da prostituição que expandiu-se primeiro na Grã Bretanha, logo depois na França, nos Estados Unidos e em todos os outros países ocidentais que propiciaram sua própria industrialização a medida em que o século avançou. Em 1856, após dar uma volta pelas ruas de Nova Orleans – USA Philo Tower relatou:
A extensão da licenciosidade e da prostituição é realmente apavorante, e sem dúvida sem paralelo por todo o mundo civilizado (...) Pelo menos três quintos das moradias e dos quartos
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