RESENHA CRÍTICA – O CAMPO POLÍTICO PIERRE BOURDIEU
Por: Luara Cardoso Baulé • 15/8/2017 • Resenha • 880 Palavras (4 Páginas) • 977 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO
FAAC – UNESP BAURU
PROF. CAROLINE KRAUS
LUARA CARDOSO BAULÉ
RESENHA CRÍTICA – O CAMPO POLÍTICO
PIERRE BOURDIEU
Bauru, 04 de maio de 2016
RESENHA - TEORIA POLÍTICA
Política, substantivo feminino. Significado: 1. A arte ou ciência de governar; 2. A ciência da organização, direção e administração de uma não de Estados. 3. Consciência política. Segundo o dicionário da língua portuguesa, a definição de política está atrelada a palavra ciência – que além de também ser um substantivo feminino – carrega um grande fardo de responsabilidade embora seja uma palavra tão pequena. Mas o que é ter ciência? Será que a sociedade em que vivemos atualmente conhece a real interpretação que esse termo carrega?
Desde que, o mundo é mundo, e o homem é homem, o desenvolvimento da espécie sempre andou baseando-se numa certa hierarquia, onde uma minoria privilegiada tinha (e sempre vai ter) acesso a uma determinada ciência. A política que conhecemos hoje, não nasceu há tanto tempo atrás, e o progresso do conhecimento sobre ela, foi sempre se desenrolando dentro de muros, onde apenas os que detinham de poder podiam obter suas informações. Na história, temos como um dos exemplos, o antigo voto censitário, (aplicado na primeira constituição) uma tentativa da nobreza de “equilibrar” a desigualdade dos direitos, ampliando “significamente” a população que podia votar. Na época, apenas os homens, acima de 25 anos receberam o direito ao voto. Em sua grande maioria, comerciantes, futuramente conhecidos como burgueses, conseguiram realmente votar, pois possuíam uma parcela de poder financeiro devido ao dinheiro de seus comércios, preenchendo assim, um dos requisitos impostos por Dom Pedro I. O imperador, conhecido pelo seu poder moderador, apresentou propostas “liberais” de governo, mas todas disfarçadas por uma série de burocracias. Temendo perder seu poder, o imperador mesclava medidas de traço liberais, mas ainda com grandes predominâncias absolutistas. No Brasil, apenas em 1988 todas as pessoas obtiveram o direito ao voto, incluindo mulheres, analfabetos, deficientes físicos e jovens a partir dos 16 anos. Dois séculos depois.
Apesar de muito tempo depois, muitos problemas político-sociais ressaltados anteriormente, ainda ocorrem na sociedade em que vivemos atualmente. O voto, é livre, mas a população sabe votar? Existe o direito a escolha de um candidato? Ao longo dos históricos, ocorreu a banalização da política brasileira. A corrupção, e a lavagem de dinheiro público cegaram milhões de brasileiros, e enfraqueceram tantos, que, se viram sem esperança de uma nação melhor. Hoje, o acesso a informação realmente é maior, a internet trouxe mais conhecimento, e promoveu um maior entendimento político na população, principalmente nos jovens, nascidos durante os anos 90, início de 2000. Ficou mais fácil entender e perceber os fenômenos sócias que ocorrem dentro do cenário político e todas as consequências que se acarretam fora. A educação, os ensinamentos sobre a história, trouxeram a essas pessoas, a opção de se informar. A opção de ser ativo. A opção de entender um pouco melhor como se administra uma sociedade.
O texto, retrata em suma, dois tipos de público. O primeiro, é o ativo, e são representados por deputados, senadores, vereadores, governadores, prefeitos, secretários, chefes de governo, etc. São a população que participa ativamente da política. Representam a população no senado nacional. Segundo Pierre Bourdieu em ‘O campo político’ (Revista Brasileira de Ciência Política, n.5, pp. 193–216, 2011) “ Esse microcosmo é também separado do resto do mundo. Como o campo religioso, o campo político repousa sobre uma separação entre os profissionais e os profanos”. Ou seja, não é só uma questão de educação, e sim de interesse em ser ativo.
...