Racionalidade de Weber

A racionalidade para Weber é essencial na construção de suas teorias, que se baseiam primordialmente no exemplo da burocratização na sociedade. Esta primeira se compreende como um conceito teórico abstrato, que serve como um guia na variedade de fenômenos do mundo real. A análise da teoria weberiana tem como patamar inicial a distinção entre quatro tipos de ação: a ação racional com relação a um valor, a ação racional com relação a um objeto e as ações afetivas e tradicionais. Sendo ela, de grande importância na medida em que oferece as condições para que a ação social se desenvolva.

Para Weber, a racionalidade está presente em todas as formas de existência dos indivíduos modernos, sendo característica específica do capitalismo ocidental moderno e resultante de uma ruptura representada pela Reforma, que consistiu numa mudança de pensamento na qual o trabalho enobreceu o homem, enquanto o ócio e a preguiça foram determinados como pecados. Alguns fatores tal como o surgimento do cálculo racional dos custos de produção e o aparecimento de uma nova maneira de pensar, a qual favorecia a produção, contribuíram para esse processo.

Segundo ele, a burocratização existiu em todas as formas de Estado, desde o antigo até o moderno. Entretanto, foi no contexto da ordem legal e do Estado moderno que a burocracia alcançou seu mais alto grau de racionalidade. Ela serviu também, não apenas como uma forma avançada de organização administrativa, com base no método racional e científico, mas também uma forma de dominação legítima, de caráter hierárquico.

É possível concluir, portanto, que o processo de racionalização para Weber, ocorre quando todas as esferas da vida humana passam a adquirir um aspecto exato e científico, que desencadeia numa desmistificação do mundo. Cada vez mais os homens têm ações racionais em todos os aspectos da vida, o que torna tudo mais previsível.