Raízes do brasil
Por: fernando1369 • 7/3/2017 • Resenha • 854 Palavras (4 Páginas) • 256 Visualizações
CURSO DE DIREITO
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RESENHA DO TEXTO RAÍZES DO BRASIL PÁG. 9 - 21
Santa Cruz do Sul
06 de dezembro de 2013
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26 ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 1995, pág. 9 – 21.
CANDIDO, Antonio. O significado de “Raízes do Brasil”. São Paulo, dezembro de 1967.
O texto é um resumo do livro Raízes do Brasil, uma das principais obras para entender e se interessar pelo passado brasileiro, assim como Casa-grande e senzala, de Gilberto Freyre e Formação do Brasil Contemporâneo de Caio Prado Júnior. São estes três livros que podemos considerar chaves para o assunto.
Sérgio Buarque de Holanda (11\07\1902 – 24\04\1982) nascido em São Paulo foi um dos mais importantes historiadores brasileiros, também foi jornalista e crítico literário. Casou-se com Maria Amélia de Carvalho Cesário Alvim, com quem teria sete filhos: Sérgio, Álvaro, Maria do Carmo, além dos músicos Ana de Holanda, Cristina Buarque, Heloísa Maria (Miúcha) e Chico Buarque.
Raízes do Brasil foi concebido e escrito de modo completamente diverso. É um livro curto, discreto e de poucas citações, mas um clássico de nascença. Aos jovens daquela época forneceu indicações importantes para compreenderem o sentido de certas posições politicas daquele momento (pág.10).
O livro é constituído sobre uma metodologia dos contrários. A visão de um determinado aspecto da realidade histórica é obtida pelo enfoque simultâneo dos dois; onde um suscita o outro, ambos se interpretam e daí resulta o esclarecimento. Neste processo o autor aproveita o critério tipológico de Max Weber; mas modificando-o, na medida em que focaliza pares e não pluralidades de tipos (pág.12).
No capitulo um, “Fronteiras da Europa” é abordada a Ibéria para englobar Espanha e Portugal numa unidade que se desmanchará depois em parte. Ao analisar, por exemplo, a colonização da América, são observadas as diferenças resultantes dos dois países, completando uma visão do múltiplo no seio do uno (pág.13).
Já na península ibérica nota-se a ausência do princípio de hierarquia e a exaltação do prestígio pessoal com relação ao privilégio. Essa região era distinta da outra parte da Europa pela mobilidade social, que era permita e até incentivada. Em consequência, a nobreza permaneceu aberta ao mérito, não se enquistando, como noutros países.
No capítulo seguinte “Trabalho & aventura” é feita a distinção entre o trabalhador e o aventureiro, representando duas éticas opostas. O primeiro estima a segurança e o esforço, aceitando as compensações a longo prazo e o segundo busca novas experiências, acomoda-se no provisório e preferi descobrir a consolidar (pág.14).
“Herança rural”, o terceiro capítulo, analisa a marca da vida rural na formação da sociedade brasileira. A transição do modo rural para o urbano. Repousando na escravidão, ela entra em crise quando esta declina; baseando-se em valores e práticas ligadas aos estabelecimentos agrícolas, suscita conflitos com a mentalidade urbana (pág.15).
No capítulo 4, “O semeador e o ladrilhador”, nota-se a diferença entre espanhol e português. “Ladrilhador”, o espanhol acentua o caráter da cidade como empresa da razão. Já os portugueses, agarrados ao litoral, foram os “semeadores” de cidades irregulares, nascidas e crescidas ao deus – dará. O interesse do português pelas suas conquistas sempre foi, sobretudo, um apego a um meio de fazer fortuna rápida, dispensando o trabalho regular (pág.16).
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