Resenha Bibliográfica do livro: Dinâmica da pesquisa em ciências sociais - Os polos da prática metodológica
Por: Ea15579. • 4/4/2018 • Resenha • 807 Palavras (4 Páginas) • 846 Visualizações
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Universidade Estadual do Ceará
Centro de Estudos Sociais aplicados - CESA
Epistemologia
Prof. Dr. Ana Silvia Rocha Ipiranga
Aluno: Ezequiel Alves Lobo |
Resenha Bibliográfica da introdução do livro: Dinâmica da pesquisa em ciências sociais Os polos da prática metodológica (Pag. 25- 40 |
Referência Bibliográfica: BRUYNE, P. de; HERMAN, J. & SCHOUTHEETE, M. DE. (1991). Dinâmica da pesquisa em ciências sociais. Os polos da prática metodológica. Rio de Janeiro: F. Alves. |
O enfoque da obra é discutir a estruturação do campo cientifico a partir de uma metodologia geral que se encontra em quatro polos distintos. O autor inicia o primeiro paragrafo da introdução do livro comentado sobre um estado de crise permanente que a que as ciências sociais se encontram. Devido as críticas a respeito de suas pretensões o autor chega a dizer que as ciências humanas são falsas ciências ou não absolutamente ciências devido tomarem modelos científicos de outras ciências. É feito um questionamento interessante, no qual o autor questiona a validade de considerar tudo científico somente para o aumento de produção ou fazer uma linha de separação entre o que é cientifico e o que não e assim desmascarar as fraquezas da realidade científica. O papel da ciência se identificando com o saber traz formalização a alguns de seus conceitos e estratégias. Dai é percebida a importância do papel da ciência se identificar com o saber. No meu entendimento fica claro que a ciência não é um campo homogêneo e sim heterogêneo, que possui várias disciplinas que tentam se articular uma a outra. Por isso, não se chega a uma definição única de método cientifico, fica claro que um único método cientifico não seria capaz de comtemplar as especificidades de todas as ciências. Uma ciência não pode ter abrangência sobre todos os campos científicos. De forma bem colocada o autor enfatiza que cada ciência deve ter sua fronteira de atuação e assim estar bem delimitada no seu campo para atingir seus objetivos metodológicos e científicos. Pensamento metodológico pode sim estabelecer pontes entre ciências devido serem comuns a todas. O objetivo da metodologia é colocado como praxilógico isto quer dizer, coloca diretrizes para a pratica da ciência a ser pesquisada. A metodologia é apresentada no texto como a logica para conhecimento que se dá através de procedimentos que vivenciamos na pratica no processo de pesquisa e construção do conhecimento. Isso nós pesquisadores vivenciamos na prática e sabemos como a metodologia é decisória ou se não, a força motriz para o sucesso de qualquer pesquisa. A pratica das ciências sociais como é colocado, á algo que não segue uma mecânica tecnológica ou burocrática mas, que entende que a complexidade dos problemas científicos exigem interações dos campos: morfológicos, epistemológico e teórico. Embora eu particularmente ache, que alguns procedimentos metodológicos são de suma importância terem uma estrutura definida. O paradigma do inconsciente que a maioria dos pesquisadores fazem é “a projeção no espaço epistemológico de um organograma burocrático” (pag 30) O ambiente social da pesquisa traz influências para a investigação. De tal forma que no campo da demanda social “toda produção científica traz a marca da demanda social á qual corresponde, o justifica uma sociologia da prática cientifica” (pag 32). O campo axiológica da pesquisa de forma interessante considera que pesquisa cientifica é condicionada por valores e individuais. O campo doxólogico considera de forma essencial que o pesquisador deve desprender-se de noções do senso comum. O autor coloca o espaço metodológico como sendo quadripolar. Colocando a construção do campo cientifico em quatro campos distintos. Dentre os quais o primeiro é o epistemológico que busca que segundo o autor busca fazer uma separação entre o censo comum e cientifico. Esse pólo também trata a meu ver, da função da observação crítica ao longo da pesquisa um pensamento crítico que se proponha a analisar as teorias em questão. O pólo teórico guia a elaboração das hipóteses e a construção dos conceitos É o lugar da formulação sistemática dos objetos científicos. Sua ambiência, porém, é um lugar de convergência dos outros pólos metodológicos. Uma teoria será válida na medida em que possa ser ao mesmo tempo, pertinente, coerente e testável, sem a pretensão obsessiva de pensar tudo. Através do pólo morfológico é que serão enunciadas a estrutura de formação do objetivo cientifico, desta forma posso considerar que é imposta uma ordem nos elementos estruturantes da pesquisa. O último pólo que o autor considera o técnico trata da coleta de dados, tem o principal objetivo de confronta-lo com a teoria que deu origem a pesquisa. Conforme o autor “O polo técnico tem em sua vizinhança modos de investigação particulares: estudos de caso, estudos comparativos, experimentações e simulação. Esses modos de investigação indicam escolhas práticas pelas quais os pesquisadores optam por um único tipo particular de encontro com os fatos empíricos” (pag 36). Dessa forma o polo técnico tem seus modos de investigação em: estudo de caso, estudos comparativos, experimentações e simulação.
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