Resenha Crítica Do Livro: A Arte De Pesquisar
Trabalho Escolar: Resenha Crítica Do Livro: A Arte De Pesquisar. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: nthamirys • 11/6/2013 • 900 Palavras (4 Páginas) • 3.121 Visualizações
Resenha Crítica do Livro: A Arte de Pesquisar: Como fazer pesquisa qualitativa em ciências Sociais de Mírian Goldenberg.
Em seu livro, “A Arte de Pesquisar: Como fazer pesquisa qualitativa em ciências Sociais”, Mírian Goldenberg, antropóloga e professora doutora do Departamento de Antropologia Cultural e do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, trata sobre o papel do pesquisador, bem como os atributos recorrentes a este, do qual deve ser dotado da capacidade de vislumbrar um novo olhar sobre o mundo, sendo este: científico, curioso, indagador e criativo. A autora vale-se de sua experiência pessoal como docente e pesquisadora, para mostrar que a postura científica não é somente dom de “alguns poucos privilegiados que se aderem a meia dúzia de regras preestabelecidas”, neste contraponto, ressalta a inexistência de fórmulas prontas para o sucesso de um trabalho. Recorre à versatilidade\criatividade do pesquisador em função de seu objeto de pesquisa. Em seu ponto de vista, outras características são necessárias para que o pesquisador desenvolva um trabalho criterioso, quais sejam o entrelaçar entre disciplina e paixão. A obra trata-se de uma aula de “olhar científico” aos pesquisadores iniciantes, perpassando por aspectos histórico, teórico e metodológico que abrangem a prática e o processo de construção da pesquisa qualitativa no escopo das ciências sociais.
No que diz propor a própria autora, seu objetivo principal neste trabalho [...] é ensinar o ‘olhar científico’ e mostrar que a pesquisa não se reduz a certos procedimentos metodológicos. A pesquisa científica exige criatividade, disciplina, organização e modéstia, baseando-se no confronto permanente entre o possível e o impossível, entre o conhecimento e a ignorância (p.13). Dentro da construção da pesquisa, considera a metodologia como “caminho possível” para se atingir certa meta. Em sua abordagem qualitativa da pesquisa, menciona que a preocupação principal do pesquisador não deve ser com a representatividade numérica do grupo pesquisado, mas com o aprofundamento da compreensão deste grupo. Neste sentido, objetiva-se deter apenas em aspectos quantitativos da pesquisa. Exorta os leitores/pesquisadores a exporem suas produções à crítica visando à maturação de seus trabalhos.
Esta produção de Goldenberg é composta de 110 páginas e subdividida em 17 tópicos/capítulos, além de uma sessão destinada a um glossário de termos que segundo a autora devem fazer parte de um dicionário próprio do pesquisador, objetivando auxiliá-lo nas definições de termos científicos. No primeiro tópico (Re) Aprendendo a Olhar, a autora sintetiza seu objetivo neste livro, que é o de ensinar o “olhar científico” dentro do escopo das ciências sociais nas pesquisas qualitativas. Em seu tópico seguinte, Pesquisa Qualitativa em Ciências Sociais, Mírian faz uma breve abordagem acerca da gênese da pesquisa qualitativa, trazendo a baila o embate teórico-filosófico, entre os modelos de sociologia positivista e compreensiva (pesquisa quantitativa x pesquisa qualitativa), através de seus notáveis baluartes: Émile Durkeim, Augusto Comte referente à primeira, Wilhem Dilthey e Max Weber à segunda. Após traçar antecedentes históricos, avança às tendências atuais da antropologia reflexiva ou pós- interpretativa de Clifford Greertz, Ao fim desta seção propõe que [...] o resultado da pesquisa não seja fruto da observação pura e simples, mas de um diálogo e de uma negociação de pontos de vista do pesquisador e pesquisados (p.24). Do terceiro ao sexto tópico aborda-se dentre outros, experiências com pesquisa qualitativa na Universidade de Chicago, analisa a questão do Estudo de Caso como objeto de pesquisa qualitativa, métodos biográficos em ciências sociais,
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