Resenha - Estudo de Caso Circo du Soleil

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS

Rodner Alexandre Wanderley

GESTÃO DO CONHECIMENTO.

RESENHA

Carapicuíba - SP

Dezembro/2016

        DELONG, Thomas. J; VIJAYARAGHAVAN, Vineeta. História da Organização do Cirque Du Solleil. Harvard Business School, 405 P01 abril 06, 2006.

O Cirque  du  Soleil  deu  seus  primeiros  passos como  um  "circo  sem  animais"  em 1984. Criado por uma trupe de artistas que se apresentavam nas ruas, tendo como o seu primeiro palco para um espetáculo uma cidadezinha perto de Quebec no Canadá, com apenas 73 pessoas e uma ideia fixa: fazer sempre o que ninguém faz. O nome Guy Laliberté, será relevante para nos familiarizarmos e entendermos a proposta e o trabalho do Cirque para com o público. Laliberté CEO e presidente administrava parte das competências do Cirque du Soleil, dividindo as tarefas com Daniel Gautier. Laliberté era responsável, também, pela maior parte da produção, em 1998, quando Laliberté comprou a parte de Gautier, abraçou, sem reservas, a gestão da companhia.

A capacidade de manter uma empresa diferenciada e equilibrada através do auto poder de empreendedorismo de Guy Laliberté, demonstra sua total resiliência ao perceber em diversos momentos que sua companhia precisava mudar de foco e inovar para superar a concorrência. Sua apresentação inovadora foi em Los Angeles, em 1987, onde foram participar de um Festival com o nome: ¨Nós Reinventamos o Circo¨. Foi um experimento, uma mostra, para obter do público a aprovação, os ingressos esgotaram, e assim foi dado início aos posteriores festivais por diversos países.

Uma das grandes decisões tomadas no Cirque foi à de Guy em não vender ações da organização, pois assim poderia monitorar todo planejamento estratégico sem ter que dar satisfação a acionistas. Isto faz com que a empresa não perca sua essência e sua característica original, vejo neste sentido que o Presidente não pretendia que “sua” organização se tornasse flexível aos olhos de outras organizações, quando propõe está centralização de “poder”, mas ao mesmo tempo, ele preserva o seu ideal, isto deu tão certo, que o sucesso permanece até os dias de hoje.

Para tal, a diretora de elenco Murielle Cantim realiza incansavelmente buscas por pérolas para aumentar o tesouro artístico, sempre prevalecendo à forma humana, diferente de muitas organizações, no Cirque o aspecto emocional não é desconsiderado. Neste processo de captação é levado em consideração aspectos de interação, onde há preocupação em manter mais artista da mesma nacionalidade e aspectos familiares com a possível inclusão dos pais junto ao filho (quando o artista ainda é uma criança), visando sempre à preservação de bom ambiente organizacional e pessoal. Este é um dos pontos de mais atenção, pois a missão do Cirque du Soleil é oferecer um grande espetáculo em todas as apresentações, desta forma, seus artistas precisam ser criativos e estarem sempre motivados para renovar periodicamente as apresentações e assim manter o sucesso da companhia. Motivação esta que não está ligada diretamente aos altos salários ou estabilidade de emprego e sim ao sentimento de adoração ao trabalho, à vontade de fazer parte de algo mágico e os seus benefícios não financeiros.

A companhia demonstra vasto senso de gestão empreendedora ao ter Marc Gangmon, Vice Presidente Operacional (COO) como gestor de pessoas do Cirque, o mesmo faz de tudo para que o clima organizacional se torne cada vez mais agradável, saudável e humano, já que todos tinham uma rotina “extravagante” de tarefas e desafios contínuos. Gagnon diz que trabalhar na companhia deve ser algo prazeroso e feliz, mas nunca irresponsável. Ele acredita que a criação do boletim oficial, la boule, composto por texto de funcionários sem qualquer tipo de censura, é uma alternativa válida, já que promove um canal de comunicação entre o Cirque e seus funcionários, contribuindo para a abertura e soluções de problemas.