Resenha Medo da Vida
Por: Juna34 • 17/3/2017 • Resenha • 1.257 Palavras (6 Páginas) • 1.368 Visualizações
RESUMO: MEDO DA VIDA – SER E DESTINO
CURITIBA
2016
Resumo do texto Ser e Destino de Alexander Lowen.
Em nossa cultura a maioria das pessoas deixam de ser si mesmas, adotando papéis para terem a aprovação de outras pessoas, elas não acreditam em suas próprias self’s. Essas características foram impostas por seu pais quando ainda crianças, os quais impunham a seus filhos como deveriam se comportar, a postura que devia ficar, que cara deveria fazer para serem amados e aceitos por outras pessoas e até mesmos pela família, adotando assim máscaras e disfarces.
Estamos tão acostumados com esse círculo vicioso de usar máscaras e disfarces para sermos bem sucedidos, que rejeitamos a nós mesmos, em troca de sermos amados.
As pessoas após adotarem esses papéis, acabam vindo a terapia, porque se tornam depressivas, ansiosas e se sentem fracassadas, sentem que não são bem sucedidas, se tornam pessoas frustradas e é provável que não percebam que precisam de uma mudança. Para tal mudança é preciso que estas pessoas deixem esses papéis de lado e comecem a serem si mesmas para que possam encontrar felicidade plena. A maioria das pessoas adotam a ideia de que a vida é um jogo e que para serem bem sucedidas, elas precisam estar neste jogo e aprender a jogar, se mostram bem preparadas para este jogo, porém não estão preparadas a serem si mesmas.
Na terapia o primeiro passo que devemos fazer é analisarmos o caráter da pessoa, mas para isso precisamos primeiro descobrir qual papel esta pessoa está desempenhando em sua vida, para que posámos mostrar-lhes o que este papel significou no passado e qual a sua importância hoje. A máscara tem a função de ocultar da pessoa aquilo que a faz sofrer, ajuda a fugir de seu próprio medo, assim a pessoa que usa a máscara sorridente quer se livrar da tristeza, ocultando a de seus olhos.
As pessoas gastam tanto tempo/energia se ocupando em sustentar seus papéis e disfarces que não sobra tempo para o prazer e a criatividade, e isto sempre gera a frustração e a depressão.
O papel que desempenhamos está estruturado no nosso corpo, assim é possível que as pessoas percebam através deste papel, o que estamos tentando projetar. Talvez não tenhamos consciência da impressão que estamos passando através do nosso corpo, este papel está relacionado ao nosso caráter, a construção de nossa identidade, a maneira com que fomos criados por nossos pais.
Lowen, aponta que as pessoas assumem um papel bastante comum que é o de “ajudante”, no qual a pessoa coloca-se à disposição do outro, como por exemplo o terapeuta, ele se coloca à disposição do paciente para ouvi-lo e ajudá-lo a solucionar seus problemas. É um papel onde o terapeuta, se mantem forte diante de seus próprios problemas, pois eles são subordinados ao da pessoa na qual está procurando ajudar.
Lowen diz ser prisioneiro de sua sexualidade, e atribui esta culpa à seu pai, ao dizer que ele tinha uma orientação para o corpo e para a sexualidade, no qual sofria de culpa sexual, relacionada a situação edípica na qual havia passado. Assim para justificar sua sexualidade Lowen, tornou-se psiquiatra, ajudando as pessoas. Ele podia ser sexual, só se salvasse as mulheres. Seria este seu destino?
Mas não se realizava em ser simplesmente um salvador, precisava sentir prazer sexual e para isso tinha que se afastar de sua mãe. Ele precisava fracassar cair levantar e andar com suas próprias pernas. Com isso ele conseguiu se tornar um terapeuta e ajudar pessoas encontrar fé em seu corpo e na sua sexualidade.
Lowen escreve sobre muitos papéis que os homens desempenham, como: simpático, sorrindo sempre, onde pode estar escondendo por dentro o ódio. Outros apresentam uma externa “durona” para encobrir sua infantilidade e sensibilidade. Muitos masoquistas procuram o papel de fracassado para esconder uma sensação interna de superioridade, uma vez que ao demonstrar superioridade teria medo da ira do pai, a castração, e conservariam sua sexualidade.
Sobre as mulheres, Lowen fala: Há moças felizes em uma festa, mas em casa é triste, pois quando criança para alegrar o pai sempre demonstrava felicidade. E depois de adulta continua assim, pois acredita que é a única maneira de agradar um homem para que sua sexualidade seja aceita. Existe mulher que demonstra uma sexualidade, mas tem o temor das sensações sexuais. Sua sofisticação atua como controle, onde pode se comportar com sensualidade, sem ter que ser sexual.
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