Resenha Uma (nova) Introdução
Por: Maycon Ornelas • 5/5/2021 • Resenha • 1.387 Palavras (6 Páginas) • 241 Visualizações
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Faculdade de Educação Física
Bacharelado em Educação Física
Aprendizagem e Desenvolvimento Motor
Professor: Rosana Amaro
Aluno: Paulo César Guedes
Matrícula: 17/0062414
Educação Física: Uma (nova) introdução - Carol Kolyniak.
O texto do Professor Carol Kolyniak trata da Educação Física como um conjunto de práticas sistematizadas, como componente de currículos educacionais formais e como área de conhecimento.
No primeiro capítulo, sobre a Educação Física como um conjunto de práticas sistematizadas, o autor apresenta a evolução do movimento humano. Explica como o movimento corporal, inicialmente instintivo e não raciona, evoluiu com um modelo cooperativo e organizado sociocultural.
A vida em sociedade ampliou o rol de atividades motoras, todavia a especialização a limitou. Essa limitação por sua vez, ajudou a desenvolver o campo intelectual do ser humano, possibilitando o desenvolvimento de ferramentas, chamadas no texto de trabalho em repouso.
O autor faz um breve histórico sobre como o movimento corporal adquiriu conotações distintas em várias culturas ao longo da história. Em culturas como a grega, chinesa e egípcia, os exercícios tinham finalidades bélica e estética. Nas culturas europeias, durante a idade média, e sob a ética cristã, o movimento corporal sistêmico era prioritariamente voltado às práticas militares. Durante o renascimento, nascem as práticas higienistas, estéticas e pedagógicas do movimento.
O autor descreve as principais linhas de atividades motoras, quase são: exercícios ginásticos, movimentos cíclicos, lutas, enfrentamento de ambientes adversos, atletismo, jogos, dança e acrobacia. A competição nessas linhas caracteriza o esporte, marcado pela regulamentação, codificação e institucionalização.
Com o avanço das pesquisas científicas, surge na década de 1930, a fisiologia do esforço. Os estudos tiveram como finalidade o desenvolvimento das chamadas qualidades físicas: força, flexibilidade, resistência (localizada, geral, aeróbia ou anaeróbia) e velocidade. Os métodos de treinamento, medidos por variáveis quantitativas, são: sobrecarga, número de repetições ou duração, ritmo de execução, pausas para recuperação e frequência das sessões de treinamento.
A psicomotricidade estuda as relações existentes na execução do movimento intencional, chamadas de capacidades psicomotoras. Entre elas estão as funções de raciocínio, memória, discriminação e psicológica. A psicomotricidade estuda os processos de controle dos movimentos, em suas relações com processos cognitivos e afetivos.
Kolyniak apresenta a teoria de Alexander Romanovich Luria sobre desenvolvimento psicomotor e as atividades cognitivas humanas. Luria divide o sistema nervoso em três unidades funcionais, responsáveis por processos de aferência, eferência, armazenamento de informações e intencionalidade das atividades. Outro autor, Vitor da Fonseca, traça uma analogia com a tese de Luria e estabelece funções subjacentes ao controle dos movimentos humanos: tonicidade (contração muscular), equilibração (manutenção da postura bípede), lateralização (integração entre lados esquerdo e direito), noção de corpo, estruturação espaço-temporal (integração de informações visuais e tátil-sinestésicas), praxia global (realização de movimentos intencionais predefinidos e que envolvem o corpo todo) e praxia fina (realização de movimentos intencionais e controlados com uso das mãos).
O francês Jean Le Boulch também promoveu a sistematização das funções psicomotoras. São elas: esquema corporal (imagem do corpo, estrutura e funcionamento do corpo, relações do corpo com o contexto), cujo desenvolvimento se dá pelas situações e diversidade de movimentos experimentados; orientação espaço-temporal; e coordenação motora (capacidade de integrar diversas ações musculares), dividida em coordenação dinâmica geral (presente nos movimentos de locomoção e não guiados necessariamente pela visão), coordenação visomotora (guiada pela visão) e coordenação óculo-manual (mais específica que a visomotora, presente nas atividades manuais).
A prática de atividades motoras sistematizadas, sensíveis ao contexto cultural e sociopolítico, objetivam dentre outras coisas, a saúde, educação, preparação para o trabalho, recuperação da força de trabalho, atividades esportivas e/ou artísticas, adestramento militar e práticas religiosas.
O segundo capítulo do livro, informa que a educação física como componente de currículos educacionais formais surge com o renascentismo e sua preocupação maior com o corpo. São várias as correntes da educação física escolar e cada uma predominou a seu tempo, sem que isso implicasse na inexistência de outra. São elas: ginástica calistênica (Suécia - Per Henrik Ling), realizada com objetivos militares, médicos, pedagógicos e estéticos; método alemão (Friedrich Ludwig Jahn), com atividades ao ar livre e equipamentos simples; método francês (escola Militar Francesa Joinville-le-Point), voltado ao desenvolvimento da capacidade física; método natural austríaco (Gaulhofer e Streicher) com movimentos naturais e exclusão de posturas antinaturais e exercícios que forcem as articulações; educação física desportiva generalizada (Augusto Listello) que consiste na iniciação de alunos a diferentes esportes; e psicocinética, com atividades eminentemente pedagógicas e que desenvolvam as capacidades psicomotoras.
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