Resenha do documentário “Braços Cruzados, maquinas paradas”
Por: ZMPQR • 18/10/2018 • Resenha • 541 Palavras (3 Páginas) • 252 Visualizações
Resenha do documentário “Braços Cruzados, maquinas paradas”.
No final dos nos de 1970, houve grandes manifestações e greves por parte dos operários, que ocorreram em São Paulo, região que passava por um momento de transição democrática. No documentário de Roberto Gervitz e Sergio Toledo Segall, eles construíram narrativas sobre esse período, pois Braços Cruzados, Maquinas paradas, retrata a disputa a presidência do sindicato dos metalúrgicos de São Paulo.
Gervitz e Segall acompanha a campanha eleitoral, das três chapas e também sobre o suposto golpe da chapa 1, onde acusavam as urnas de terem sido violadas e o boicote á distribuição de material de campanha da chapa 2, composta por dissidentes do PCB e a chapa 3 era organizada por comissões de fabrica, chamados de “Novo sindicalismo”, que se misturam, os militantes e diferentes correntes marxistas.
O documentário é sobre a luta da classe trabalhadora, tanto que a historia é contada pelos próprios operários. Ele apresenta depoimento de Affonso Delellis, presidente dos Metalúrgicos em 1964, o qual sua diretoria foi cassada por estar ligada ao partido Comunista Brasileiro (PCB), e Joaquim Andrade dos Santos, foi nomeado interventor. As intervenções aconteceram com todos os sindicatos sob a influencia os comunistas e trabalhistas.
Antônio Flores em sua fala, no inicio do documentário diz que o sindicato é copia do fascista Mussolini e fascista italiano, e que o sindicato não cita em sua reformas, que os trabalhadores tem o direito greve, pois assim eles estarão reivindicando novas conquistas, como aumento de salários, melhores condições de trabalho nas metalúrgicas. Muitos sindicalistas foram presos, torturados até mortos. Em 1978, com a ausência da diretoria do sindicato, inicia-se essa luta.
A OSM-SP mobilizou grande parte dos trabalhadores, e com movimento dos operários, conseguiram articular uma das mais importantes greves do pais. Os metalúrgicos deixaram maquinas paradas, ate que o aumento salarial fosse atendida, no caso trabalhadores da Massey Ferguson exigia 21% e da Philco 25%.
Com os movimentos de 1978. A estrutura do sindicato começa a cair, sendo desmoralizado nas eleições, quando demonstram fraudes nas apurações, como urnas sem lacres ou rompidas, não tinham lista de votantes, ausência de documentos dos votantes e não queriam que a urnas fosse fiscalizadas. Com a pressão da oposição, e as evidencias de fraude, o representante da diretoria se obrigou anular as eleições, porem, com a intervenção do Ministro do Trabalho, acaba por validar, dando posse a diretoria pelega do sindicato, que atuou em favor dos patrões, tentando derrubar o movimento, no entanto trabalhadores e comissões de fabricas, não desistiram.
As organizações de fabrica tinham por objetivo, por fim na estrutura do sindicato, que servia apenas ao que tinha dinheiro, os patrões. Essa luta de classe foi muito importante para o Brasil, dando força para a criação da CUT e também conheceram um dos maiores nomes de liderança sindicalista da historia, Luiz Inácio Lula da Silva, que vinte e cinco anos depois, se tornaram Presidente da Republica.
Desde então, houve grandes avanços, por melhores condições de trabalho e salários, mas ainda tem muito por fazer e a luta deve continuar para que os direitos conquistados até hoje permaneçam. A atual conjuntura politica requer cuidados, pois está em constantes mudanças e uma delas é corte de muitos direitos, que se demoraram anos para serem conquistados.
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