Resumo do Capítulo Desenvolvimento Segundo a Concepção da Marxista do livro Desenvolvimento Econômico de Nali de Jesus Souza
Por: Blue97 • 15/8/2019 • Trabalho acadêmico • 808 Palavras (4 Páginas) • 481 Visualizações
Resumo do Capítulo 4 – Desenvolvimento Segundo a Concepção da Marxista do livro Desenvolvimento Econômico de Nali de Jesus Souza
Para Marx, a problemática do desemprego ocasiona a ascensão do capitalismo e existe diferença entre valor quantitativo e qualitativo. Como Adam Smith ele distingue valor de uso de valor de troca, logo, o valor mercantil. Em sua concepção, o valor de uso não é representativo de uma relação social, portanto, o conceito prevalecido é o de valor de troca. Ele explica, ainda, como a troca se dá, considerando o seu motivo de caráter individual, mas sua realização no mercado de um caráter social.
O modelo de desenvolvimento marxista é dividido em várias categorias. Sendo a composição orgânica do capital, o exército industrial de reserva, tendência decrescente da taxa de lucro e os esquemas de reprodução.
O surgimento das crises, para Marx, ocorre porque as mercadorias passaram a ser trocadas por dinheiro ou crédito. Os salários decrescem, por conta do crescimento do número de desempregados. Assim, um novo ciclo para o acúmulo de capital é criado. O desenvolvimento capitalista, então, ocorre por meio dos ciclos e das crises. O lucro é elevado pela ampliação da taxa de exploração e pelo progresso tecnológico. Dessa forma, a acumulação e a demanda de trabalho ficam mais velozes, diminuindo o exército reserva.
As crises de realização ocorrem porque há uma desproporção entre a produção e o consumo. E essa desproporção pode extinguir com os ajustes do próprio mercado. Para Tugan-Baranowsky, a crise de desproporção é ocasionada pelas avaliações erroneamente feitas pelos capitalistas, pois as decisões de produção não estão ligadas as decisões de demanda. Para ele, não existe dependência entre a acumulação capitalista e a renda e o consumo da população. Consequentemente, as exportações são tornadas necessárias, por conta das importações. Assim, o desenvolvimento da economia pode ser ocluso ao exterior.
Em contra partida, Struve fala sobre como o mercado interno aumenta o capitalismo através da troca da economia natural pela economia mercantil. Expande as trocas internas e os circuitos monetários. A sociedade é formada por capitalistas, trabalhadores e terceiras pessoas (no caso, senhores da terra, clero, funcionários liberais e etc.) Bulgakov, desconsidera a teoria das terceiras pessoas, porque, em sua concepção, o que conta é o consumo capitalista fundamentado na mais-valia extraída. Assim, há garantia da acumulação e não o consumo dos trabalhadores ou das terceiras pessoas.
A teoria do subconsumo, defendida pelos marxistas populistas, conclui que a expansão dos mercados externos é condicionante para o seguimento da acumulação capitalista. Para Sismonde de Sismondi, era a disparidade entre a capacidade de produção e a distribuição de renda tida como resultado. Assim, havia limites no consumo global, por conta do crescimento demorado da renda dos trabalhadores. Já a partir da observação de Rodbertus, a contradição do capitalismo é entendida como a troca dos bens por um valor monetário, muito mais elevado que a quantidade empregada de trabalho.
Para Vorontsov, o capitalismo não podia ser estabelecido na Rússia porque considerava seu mercado estreito. A menos que fosse instituído setores industriais, economicamente mais vantajosos em termos de comparação. Nikolai-on concorda com Vorontsov, pois ele também acredita na necessidade russa de um mercado externo. Há uma semelhança, portanto, entre as ideias, pois Nikolai-on afirma que o desenvolvimento capitalista é improvável em uma economia fechada. Contraditoriamente, Engels afirmava que os problemas enfrentados pelo país russo eram divergências inerentes ao capitalismo.
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