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SOCIALIZAÇÃO POLÍTICA DOS JOVENS EM LUZIÂNIA: FORMAÇÃO DE ATITUDES E OPINIÕES POLÍTICAS NA FAMÍLIA E NA ESCOLA

Por:   •  23/10/2018  •  Projeto de pesquisa  •  3.592 Palavras (15 Páginas)  •  127 Visualizações

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  1. SOCIALIZAÇÃO POLÍTICA DOS JOVENS EM LUZIÂNIA: FORMAÇÃO DE ATITUDES E OPINIÕES POLÍTICAS NA FAMÍLIA E NA ESCOLA

Flávia Ferreira Félix¹, Victória Matias Avelar Maeda², Camila de Vasconcelos³

1Instituto Federal de Goiás/Luziânia/Edificações – PIBIC-EM, fferreirafelix@gmail.com

2 Instituto Federal de Goiás/Luziânia/Informática para internet– PIBIC-EM, victoria.matias29@gmail.com

3 Instituto Federal de Goiás/Luziânia/Departamento de Áreas Acadêmicas, camila.vasconcelos@ifg.edu.br

  1. Resumo

A transição democrática no Brasil, após o período militar, promoveu o crescimento das mobilizações sociais o que pode ter corroborado para a maior participação política dos jovens. Entretanto, é por meio do processo de socialização política que a sociedade corrobora para que os futuros membros jovens construam sentimentos para com a política do país. A socialização política é responsável pela formação de atitudes e comportamentos dos jovens no meio político e social. Diante disso, é necessário compreender o desenvolvimento do pensamento político, influenciado pelas agências sociais que os jovens mais convivem, sendo elas a escola, a família, internet ou redes sociais. Junto a isso, o capital social é importante para compreender como os níveis de confiança influem no empoderamento do jovem em meio a socialização política. A partir da capacidade de capital social da população são explorados seus efeitos dentro da comunidade. Qual a importância das agências socializadoras no comportamento dos jovens e como estes se desenvolvem dentro da política? Busca-se identificar o papel da família e da escola sobre a formação de atitudes políticas e de variáveis do capital social entre jovens. A análise é feita com dados sobre os estudantes de duas escolas, uma particular e uma pública da região do Entorno do Distrito Federal. Os dados revelam que os jovens estudantes são influenciados fortemente pela escola em que estudam considerando suas atitudes políticas determinadas por esse ambiente, o que permite perceber a segregação social do tipo de estímulo dado pelas escolas.

Palavras-chave: Socialização política; atitudes políticas; empoderamento; capital social.

  1. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos o Brasil passou por um processo de transição para a democracia, após a experiência do período militar, em que várias pessoas tiveram seus direitos civis limitados. Durante essa experiência, as manifestações políticas foram reprimidas pelos militares, os quais detinham poder opressor sobre os cidadãos. Após a desconstrução desse regime totalitarista, as mobilizações políticas ocorreram com mais frequência e influenciaram na melhor integração dos indivíduos no sistema democrático, sendo o jovem um dos mais afetados.

A juventude tem estado mais presente nas ações de participação política, uma vez que, nos anos recentes diversas mobilizações foram organizadas via redes sociais, como as manifestações de 2013 e as ocupações escolares em 2016. Assim, as atitudes políticas dos jovens são relevantes para desenvolvimento da democracia e do aperfeiçoamento dos governos democráticos. Algumas agencias de socialização política são instrumentos para gerarem o empoderamento dos jovens e de construção de atitudes capazes de os mobilizarem em torno de suas causas. A família e a escola constituem nos principais instrumentos de transmissão das atitudes políticas junto aos jovens, os quais podem ser gerados valores de mobilização ou de apatia.

Vale ressaltar também o conceito de capital social, que se constitui em uma ferramenta importante para o desenvolvimento do ser humano como cidadão. Dessa forma ele pode ser influente para a existência de um comportamento participativo, uma vez que encoraja o jovem a atuar frente as suas demandas sociais. O capital social é entendido como um valor coletivo que


pode fomentar ações coletivas e incentivar os jovens a superarem uma condição de apatia política (NAZZARI, 2007).

O presente artigo busca investigar a relação da família e da escola na formação de atitudes políticas, considerando seus potenciais de empoderamento na formação de capital social. Desta forma busca-se entender como essas agencias socializadoras influenciam na construção de pensamentos e atitudes políticas, analisando a família como a maior influência, mas também investigando a força da escola sobre a formação das atitudes dos jovens das cidades de Luziânia e de Valparaíso de Goiás, no Entrono do Distrito Federal, no estado de Goiás. Isso porque o envolvimento dos jovens nas manifestações políticas do país possui relevância histórica. Dessa forma, investiga-se também o como o capital social, a partir de relações interpessoais e institucionais, influencia na conduta política dos jovens.

  1. Socialização política: influências da família e da escola

A redemocratização ocorrida em 1989 no Brasil e a abertura do governo neoliberal e desenvolvimentista foram marcados por protestos que tinham o objetivo de alcançar as eleições diretas para a presidência da república, as chamadas Diretas Já. Esse período histórico e político é relevante para o estudo da socialização política, pois os avanços democráticos só foram possíveis por meio dessas manifestações civis que tiveram grande presença e participação de muitos jovens. Em anos mais recentes, o país vem passando por instabilidades econômicas e sociais que também influenciam sobre tal educação política junto aos jovens dos anos 2010. Nesse processo ocorre a socialização política, mecanismo pelo qual são formadas as atitudes nos jovens, que serão fundamentais para legitimidade do sistema político vigente.

A socialização política não pode ser vista como um processo que depende de uma única fase de vida, como a infância ou juventude, isso porque é por meio de todos os estágios vividos e aprendidos que se adquire o comportamento político. Esse é o resultado de um processo de aprendizagem, e que esta aprendizagem começa na infância e, em muitos sentidos, é completada na adolescência (Siegel, 1989). Nessa perspectiva, o aprendizado que é passado na infância e na adolescência, reflete mais tarde no comportamento adulto do indivíduo que poderá estar envolvido politicamente, ou não. Os jovens recebem estímulos desde o início do nascimento com orientações cognitivas quanto afetivas que podem ou não vir em idade adulta potencializar a participação política. Tais orientações podem ser transmitidas por inúmeras agências sociais com o papel de promover o crescimento evolutivo dos indivíduos no meio da sociedade.

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