Saber profissional e o poder institucional
Por: vafpereira • 13/6/2015 • Resenha • 941 Palavras (4 Páginas) • 393 Visualizações
O desafio de enfrentar teoricamente a questão da pratica institucional é tão complexo quanto a própria atuação. Já se conhecem as matrizes e os matizes das discuçoes teóricas sobre a pratica profissional, os profissionais de campo estão ansiosos por vislumbrar alternativas de ação que se possa viabilizar.
Assim para descobrir estas alternativas há que se analisar os problemas das instituições, do Estado, das classes, das teorias profissionais. Isto é impossível se fazer em um espaço que é limitado e sem um processo de discussão.
A instituição é vista como domínio do indivíduo para a sua adequação ás exigências do poder que sobre ele se estabelece, ou em outros termos, para manter sobre ele uma coesão sem folga em funcionamento normal e como força do trabalho explorar.
A assistência social só pode ser entendida no processo global de produção capitalista, e dado o nível de desenvolvimento da tecnologia, da divisão do trabalho e das lutas sociais que se produzem também as aptidões, as adequações dos indivíduos e grupos ao processo produtivo através da sua seleção e adestramento.
O trabalho depende do capital pra viver, pois seus meios de subsistência fazem parte do capital variável, e quando perde a condição de trabalhar, perde também sua manutenção. Nessa situação é que o trabalhador passa a realizar alguns serviços e recursos controlados pelo o estado para a obtenção de meios que possam contornar a emergência estrutural, se assim podemos nos expimir, pois o evento da exclusão e da perda da capacidade de trabalho é determinado pelas relações sociais.
Os trabalhadores incorporados ao processo produtivo podem vir, temporariamente ou não, a perder sua capacidade para o trabalho, devido a uma multiplicidade de fatores, entre os quais se destacam os acidentes. Nesse caso, há uma forma de compensação da perda da capacidade por intermédio por intermédio de um sistema financeiro que monetariza essa perda, oferecendo ao trabalhador uma quantidade de dinheiro (sempre inferior ao salário) pelo dano sofrido.
Especificamente, a assistência consiste na atribuição de um recurso e de uma justificativa ideológica legitimadora (visão ideológica). A atribuição não é doação, favor pois implica um processo de captação desses mesmo recursos a partir da própria condição e da exploração do trabalhador.
O controle aparece como uma condição para quem não quer a liberdade de trabalhar. Esta camada do serviço social, por sua vez, maneja recursos desse processo de atribuição de benefícios do sistema de manutenção das políticas públicas. Controle, assistência e ideologia do bem-estar constituem um processo complexo a ser entendido no contexto capitalista das relações sociais.
Este potencial de luta depende da articulação de interesses por uma organização, capaz de mobiliza-lo, o que é justamente impedido pela política oficial e dificultando pelas próprias condições objetivas e subjetivas de isolamento e premência pela obtenção de algum meio de vida. Os serviços prestados pelas instituições, são por sua vez desmobilizadores e fragmentadores, utilizando mecanismo de informação encaminhamento e preenchimento de fichas que servem tanto para a seleção de beneficiários, controle da administração de recursos, fiscalização dos bens ou propriedades implicando, como para recuperação da capacidade de trabalho.
O clientelismo se caracteriza por uma forma de espoliação do próprio direito do trabalhador de ter um acesso igual aos benefíciossociais pela intermediação de um distribuidor que se apossa dos recursos ou dos processos de consegui-lo, trocando-os por formas de obrigações que se torna débitos da população.
Assim fica claro que o assistente social é antes de tudo um funcionário público e ainda não devidamente classificado na função pública ao lado de outras profissões de nível superior embora atualmente haja uma luta da categoria para melhorar sua classificação.
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