Serviço Social E Sua História
Artigos Científicos: Serviço Social E Sua História. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: nandaemanuele • 11/10/2013 • 1.182 Palavras (5 Páginas) • 522 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo principal fazer um memorial no qual o tema será: “Serviço Social no decorrer de sua história.”
Ao longo da história da profissão Serviço Social, a Igreja exerce importante papel para o exercício da caridade, solidariedade, organização de ajuda, preocupação com a moral e bons costumes e com a estruturação das famílias.
Isto se percebe inclusive nos dias de hoje, mesmo com a existência de Políticas Públicas, como a Política de Assistência Social, que visa à inclusão social do cidadão nas demais políticas sociais.
Assim na busca pelo conhecimento do processo histórico de como se deu esta mudança da ajuda, da caridade para a profissão Serviço Social, nos deparamos com as transformações societárias, impulsionadas pelo surgimento do capitalismo e aceleradas com o neoliberalismo, a globalização, o pós - modernismo.
2 DESENVOLVIMENTO
O Serviço Social é uma profissão de nível superior e pode ser exercida somente por profissionais diplomados em instituições de ensino reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC) e devidamente registrados no Conselho Regional de Serviço Social (CRESS). A pessoa que se forma no curso de Serviço Social é denominada de assistente social.
O Serviço Social no Brasil surgiu na década de 1930, por iniciativa da Igreja Católica e concomitantemente à implantação das Leis Sociais, que na verdade, se tratavamdas leis trabalhistas de Getúlio Vargas. O crescimento do contingente de proletários com suasfamílias, verdadeiros amontoados nos cortiços da época, a insatisfação desses profissionaiscom a excessiva jornada de trabalho e os baixos salários, obrigaram o Estado a promoveralgumas concessões que, na verdade, tinham como pano de fundo o controle das massas.
Desta forma foi implantado o trabalho de agentes sociais para atuarem no controle social dos que só tinham a sua força de trabalho para vender.A Igreja Católica recrutava as “agentes sociais” dentre os membros da classe dominante, fornecendo-lhes uma formação ideológica cristã, com propósitos de atuaçãobaseados na caridade e na repressão. Essas agentes, na maioria jovens da sociedade, atuavamjunto às mulheres e crianças com instruções sobre higiene, prendas domésticas, moral evalores normatizados pela doutrina cristã.
Neste contexto, a Igreja através de suas ações em obras assistenciais, implementadas, com o objetivo de solidificar sua penetração entre os setores operários, influi na fundação das primeiras escolas de Serviço Social no país, tendo inicialmente a influencia do Serviço Social europeu e mais tarde do Serviço Social norte-americano com uma base ética filosófica neotomista e princípios oriundos de uma moral religiosa, particularmente da Ação Católica.
O positivismo e o funcionalismo, como já foi dito, foram inspiração para a teoria e prática do Serviço Social entre os 1930-1970. Com a entrada das ideias de Karl Marx no Brasil, a partir de 1965, o serviço social passou a rever a sua postura interventiva, releu a realidade criticamente, renovou a sua prática profissional e rompeu com a Igreja.
O auge das mudanças se deu no Congresso promovido pela ABESS de 1979, o conhecido "Congresso da Virada", onde foram debatidas questões de currículo mínimo, a atuação dos assistentes sociais, a sua formação, entre outras; adotou-se as ideias marxistas para a profissão. Era a ruptura com a postura funcionalista da ação profissional e a escolha por trabalhar em prol da hegemonia da classe trabalhadora.
Diante da recente renovação, cabe a indagação: "A quem o Serviço Social vem servindo prioritariamente, ao Estado ou àquele a quem se dirige a ação profissional?"
A clientela do Serviço Social é constituída basicamente pela classe trabalhadora, e é esta parcela da sociedade que os assistentes sociais devem defender “a classe explorada”. O profissional deve ter compromisso real com os interesses coletivos das classes trabalhadoras e deve atuar no sentido de construir de uma nova hegemonia na relação entre as classes sociais.
É responsabilidade do assistente social a "mobilização, organização e conscientização dos setores populares, o que exigiria o engajamento (...) nas lutas cotidianas da classe trabalhadora apoiando os usuários em sua inserção no processo de luta de classe".
O Serviço Social é fortemente marcado por princípios éticos, que vêm sendo construídos há 30 anos e fazem parte do projeto ético-político da profissão. Esse projeto representa uma ideologia da categoria que, norteada por ele, se compromete em atuar em favor da classe trabalhadora.
O fato de percebermos muitas vezes a estigmatização do profissional, rotulada como aquele que têm “dó dos pobres” e que só serve para distribuir cestas básicas, diante detoda uma carga teórica acadêmica totalmente divergente
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