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Sociologia da Familia

Por:   •  12/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.598 Palavras (7 Páginas)  •  822 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA

 

ENEDIR RAMIRES

 

Pesquisa sobre Sociologia da Família – Conceitos Básicos e Perspectivas Teóricas

São Borja

2014

ENEDIR RAMIRES

 

Pesquisa sobre Sociologia da Família – Conceitos Básicos e Perspectivas Teóricas

Trabalho apresentado no componente curricular de Sociologia  no Curso de Licenciatura em Ciências Humanas da Unipampa – Campus São Borja.

São Borja

2014

SOCIOLOGIA DA FAMILIA

Conceitos básicos

FAMILIA: é um grupo de pessoas diretamente unidas por conexões parentais, cujos membros adultos assumem a responsabilidade pelo cuidado pelas crianças.

PARENTESCO: são conexões entre indivíduos, estabelecidas tanto por casamento como por linhas de descendência, que conectam parentes consanguíneos (mães, pais, irmãos, prole, etc.)

CASAMENTO: pode ser definido como uma união sexual entre dois indivíduos adultos socialmente reconhecida e aprovada.

Quando duas pessoas se casam, elas se tornam aparentadas, mas também o elo matrimonial conecta uma gama mais ampla de parentes.

FAMILIA NUCLEAR:  dois adultos vivendo juntos num núcleo doméstico com suas crianças ou com crianças adotadas.

FAMILIA MPLIADA: é constituída da família nuclear mais parentes próximos vivendo juntos no mesmo ambiente familiar ou em um relacionamento próximo. Uma família ampliada pode incluir avós, irmãos e suas esposas, irmãs e seus esposos, tias e sobrinhos.

MONOGAMIA: ao homem ou a mulher não é permitido estar casado com mais de um cônjuge por vez.

POLIGAMIA: permite ao homem ou a mulher casar com mais de um cônjuge por vez, sendo que, quando isso ocorre com homens é definido como poliginia e quando acontece com mulheres e chamado de poliandria.

Perspectivas Teóricas sobre a Família

  • Perspectiva Funcionalista de Talcott Parsons: vê a sociedade como um conjunto de instituições que desempenham funções específicas para assegurar continuidade e consenso. Conforme essa perspectiva, a família desempenha importantes tarefas que contribuem para as necessidades básicas da sociedade e auxiliam a perpetuar a ordem social. Segundo o sociólogo Talcott Parsons, as duas principais funções da família são a socialização primária e a estabilização da personalidade(Parsons e Bales, 1956).
  • Socialização Primária é o processo pelo qual as crianças aprendem as normas culturais da sociedade em que nasceram.
  • Estabilização da Personalidade refere-se ao papel desempenhado pela família ao assistir emocionalmente seus membros adultos. O casamento entre homens e mulheres adultos é o arranjo pelo qual personalidades adultas se apoiam e se mantêm saudáveis.
  • Numa breve definição poderia dizer que, segundo Talcott, o marido adotaria a função “instrumental” de provedor e a mulher , a função “emocional”, emotiva, dentro do ambiente domestico.
  • As teorias funcionalistas sobre a família estão sendo duramente criticadas por considerarem a divisão domestica das tarefas entre homens e mulheres natural e incontroversas.
  • Ao enfatizar a importância da família no cumprimento de certas tarefas, ambos os teóricos negligenciam o papel de outras instituições sociais, como o governo, a mídia e as escolas, desempenham na socialização infantil. As teorias também negligenciam as variações nos padrões familiares que não correspondem ao modelo da família nuclear.

  • Perspectiva da Escola de Frankfurt: Também considera a família como agência socializadora e formadora da personalidade dos indivíduos, mas desenvolve uma linha de reflexão oposta à do funcionalismo. Critica o papel conservador desse grupo social e o elemento de dominação nele presente, cujo mecanismo central esmagador da liberdade é a autoridade do pai sobre o filho.
  • O filho aprende a desenvolver o respeito pela autoridade, através da idealização da figura paterna.
  • A família é a matriz dos mecanismos da internalização da submissão, mas pode se converter também no local de oposição à tirania pois esta submetida a uma dupla dinâmica social.
  • A progressiva socialização significa registro e controle cada vez mais integrais dos instintos: mas as renuncias que disso derivam não se dão sem atritos, motivo pelo qual os impulsos reprimidos podem reagir por sua vez, de modo destrutivo, contra a família (Canevacci, 1981 p. 123).

  • Perspectiva Feministas: Levantando como problema teórico no pensamento marxista, direciona as atenções dentro da família para o exame das experiências das mulheres na esfera domestica. Questiona a visão de que a família é uma unidade cooperativa, baseada em interesses comuns e apoio mútuo. Busca mostrar que a presença de relações de poder desigual dentro da família significa que certos membros tendem a ter mais benefícios que outros.
  • As sociólogas feministas estudaram o modo como as tarefas domesticas, como o cuidado das crianças e o trabalho domestico, são partilhadas entre homens e mulheres. Descobertas mostraram que as mulheres continuam a carregar a principal responsabilidade pelos afazeres domésticos e a desfrutar de menos tempo de lazer do que os homens, apesar do fato de que nunca antes tantas mulheres trabalharam fora, em empregos remunerados, como hoje em dia.
  • As feministas chamaram a atenção para as relações desiguais de poder existentes dentro da família. Um tópico que, em função disso, recebeu cada vez mais atenção é o fenômeno da violência domestica.
  • O estudo das atividades assistenciais é uma terceira área à qual as feministas prestaram grandes contribuições. Essa é uma área ampla que abrange uma variedade de processos, do atendimento a um membro enfermo da família aos cuidados com um idoso por um longo período de tempo.
  • No entanto, estudos feministas da família nem sempre refletiram tendências e influências mais amplas que ocorriam fora do lar, pois, muita vezes, se concentraram em aspectos específicos dentro da esfera domestica.

Novas Perspectivas na Sociologia da Família

Na ultima década, surgiu um importante corpo de literatura sociológica sobre a família, que, apesar de apresentar perspectivas feministas, não se restringia a elas estritamente. Dentre as principais preocupações, estão as grandes transformações que estão ocorrendo nos perfis familiares:

  • O aumento no número de divórcios;
  • As taxas de divorcio cresceram nos anos pós-guerra, e o numero de primeiros casamentos declinou.
  • Mudança crescente de expectativa no seio das relações pessoais dos indivíduos;
  • O fato de os casamentos agora terem caráter voluntário, independentemente de interesses econômicos e familiares, gera liberdades e novas coerções. As taxas cada vez maiores de divórcio não parecem indicar uma profunda insatisfação  com o casamento enquanto tal, mas uma elevada determinação de fazer dele um relacionamento satisfatório e recompensador.
  • A formação e a dissolução de famílias e lares;
  • As taxas de recasamentos são bastante altas. A segunda união pode levar à formação da família reconstituída.
  • O surgimento das famílias reconstituídas;
  • Refere-se  à relação em que ao menos um dos cônjuges tem filhos de um casamento ou relacionamento anterior.
  • O aumento das relações monoparentais;
  • Pais solteiros, que tenham casado ou não, assumem sozinho a gerência do lar, encabeçadas por mulheres em sua maioria.
  • O surgimento das famílias homossexuais;
  • Homens e mulheres homossexuais podem cada vez mais viver juntos como casais, à medida que as atitudes em relação ao homossexualismo tornam-se mais tolerantes. Em alguns casos, casais homossexuais obtiveram o direito legal de serem considerados uma família.
  • A popularidade da coabitação;
  • É quando um casal vive junto em um relacionamento sexual sem estar casado. Tornou-se cada vez mais difundida em muitas sociedades industriais.

Uma visão geral das principais tendências nos padrões familiares britânicos

Para muitos observadores na Grã-Bretanha, as mudanças que afetam as famílias contemporâneas são quase desconcertantes. Os padrões de vida familiar que há muito eram aceitos como normais parecem estar se dissolvendo diante dos nossos olhos. A ênfase nas necessidades individuais nos relacionamentos parece estar sobrepujando a família como instituição básica da sociedade. Estará o Reino Unido se tornando uma “nação de solitários”? A julgar pelas principais tendências nos padrões familiares durante os últimos anos, alguns dizem que sim.

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