Teoria Do Conhecimento:Platão X Aristoteles
Pesquisas Acadêmicas: Teoria Do Conhecimento:Platão X Aristoteles. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Quel196 • 12/4/2014 • 815 Palavras (4 Páginas) • 1.326 Visualizações
Aristóteles foi discípulo de Platão durante vinte anos, entretanto, divergiu sobre a teoria do conhecimento. Isso pode ser atribuído, em parte, ao seu interesse pela natureza, alguns o consideram como o primeiro grande biólogo da Europa.
Ambos procuraram explicar a origem das ideias, porém de formas diferentes, enquanto Platão defendia o Inatismo, Aristóteles defendia o Realismo que mais tarde serviram de base para o Empirismo.
Assim como os filósofos que os antecederam, Platão queria encontrar algo eterno e de imutável em meio a todas as mudanças. Segundo Platão, nós nascemos com princípios racionais e ideias inatas, a origem das ideias é dada por dois mundos, o inteligível e o sensível, o primeiro é o mundo no qual temos as ideias assimiladas em nossas mentes.
Quando nascemos no mundo sensível, é necessário relembrar aquelas ideias pois estão muito bem guardadas e existem quatro graus de conhecimento Para que são a crença, opinião, raciocínio e indução. Para ele as duas primeiras podem ser descartadas da filosofia, pois não são concretas, sendo as duas últimas são as formas de fazer filosofia. Para Platão tudo se justifica através da matemática e através dessa que nós chegamos a verdadeira realidade.
Ao contrário de Platão, Aristóteles defendia que a origem das ideias era proveniente da observação, como dizia ele “Nada está no intelecto sem antes ter passado pelos sentidos".
Segundo ele, não posso ter uma ideia de teiú ( lagarto) se nunca vi ou pesquisei sobre um, teiú será apenas uma palavra vazia, por exemplo.
Existem, para ele, seis formas ou grau de conhecimento: sensação, percepção, imaginação, memória, raciocínio e intuição.
O conhecimento é formado e enriquecido por informações trazidas de todos os graus citados e não há diferença entre o conhecimento sensível e intelectual, um é continuação do outro, a única separação existente é entre as seis primeiras formas e a última forma, pois a intuição é puramente intelectual, apesar de serem formas de conhecimento diferentes, ambas utilizam coisas concretas.
O que nos distingue como seres racionais é a capacidade de conhecer e isso está ligado à capacidade de entender o que a coisa é, tomando em conta o essencial. Por exemplo, se digo que "todos os cavalos são brancos", vou deixar de fora um grande número de animais que poderiam ser considerados cavalos, mas que não são brancos. Por isso, ser branco não é algo essencial em um cavalo, mas você nunca encontrará um cavalo que não seja mamífero, quadrúpede e herbívoro. Sendo assim, conhecer nada mais é do que saber diferenciar o essencial de acidentes, o essencial é frequente e os acidentes são esporádicos como o fato das pessoas serem gordas ou magras, entre outras.A razão abstrai, ou seja, classifica, separa e organiza os objetos segundo critérios para que não seja cometido o erro de tomar acidentes como essência.
Diferença entre ato e potência
Segundo Aristóteles, as coisas podem estar em ato ou em potência. Por exemplo, uma semente é uma árvore em potência, mas não em ato. Quando germina, a semente torna-se árvore em ato. O movimento é a passagem do ato à potência e da potência ao ato.
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