Uma Discussão Do Caso Dos Exploradores De Cavernas
Trabalho Escolar: Uma Discussão Do Caso Dos Exploradores De Cavernas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: drinkMil • 6/5/2014 • 2.187 Palavras (9 Páginas) • 559 Visualizações
Argumentação Promotoria: Caso dos Exploradores de Cavernas.
1- Como exploradores com um pouco se quer de experiência e de conhecimento dos riscos que corriam já que faziam parte de uma sociedade espeleológica amadorística poderiam ter levado escassas fontes de alimentação? Ora, o mínimo que se espera das pessoas que se submetem a participar desses trabalhos e que conhecem pouco sobre o mesmo, era de terem levado bastantes condimentos a ponto de se prevenirem, atitudes que qualquer pessoa faria. (Constatado nos autos do processo pagina 3.).
R.: Muitas comunidades amadoras e até mesmo profissionais, antes de fazer uma exploração específica ou aprofundada, fazem um pré-reconhecimento da área a ser explorada. As comunidades amadoras, por sua vez, não tendem a ficar prolongados dias em uma exploração. Por serem amadoras não denotam ter recursos avançados, e, por sua vez, fazem tal atividade mais como um hobbie. Já profissionais tendem ter um caráter mais desafiador ou cientifico, e estes sim, tem mais recursos e conhecimento de sua capacidade e possíveis situações. (Fontes: [http://www.petaronline.com.br/] ; Livro [Caving Adventures (Dangerous Adventures (Capstone)) - Anne M. Todd] ; http://www.southamericaadventuresociety.com/)
2- O rádio que os exploradores levaram consigo era um radio transistorizado, ou seja, um radio que só recebia e enviava mensagens, como poderiam saber que era mesmo Whetmore quem falava com eles? Como saberiam que foi Whetmore que perguntou se sobreviveriam se comessem carne humana? Deixo os senhores com essas perguntas, mas não, acho melhor esclarecer... Supomos que Whetmore tenha mesmo entrado em contato com o pessoal do resgate, tenha feito as perguntas e o mesmo tenha proposto o acordo e o lançamento de dados como irá alegar a Defesa, mas, pensemos juntos... Se o Whetmore, que criou o acordo e pediu por mais sete dias para pensar no mesmo ( lembrando que esse pedido não foi atendido por seus amigos), se foi ele quem desistiu na hora em que lançaram os dados e teve sua “sorte” escolhida por outra pessoa, ele não poderia mesmo ter sido uma vitima? Ora, é uma ignorância, alegar que ele quem quis isso, afinal, se seus amigos realmente pensassem nele porque não esperaram os sete dias que ele pediu? Não poderia o amigo que tirou sua sorte ter sido o escolhido? Afinal ele jogou os dados duas vezes, poderia muito bem ter dito que o numero que perdeu foi de Whetmore.
Se na hora em que whetmore pediu mais sete dias, (lembrando novamente seus amigos não aceitaram o pedido) se nessa hora tivesse ocorrido uma discussão? Se os quatro partiram pra cima de Whetmore e o mataram nessa hora, sem nem ao menos lançarem os dados?
São suposições, suposições estas que devem ser pensadas, repensadas, tri pensadas se for o caso. Se falam que a caverna não continha suprimentos vegetais, não continha água, será que a caverna possuía luz? Pois é obvio que para verem os números dos dados se precisa de luz, e se os exploradores não pensaram nem em levar mais alimento para devidas ocorrências, talvez não tenham se lembrado de levar uma lanterna e se tivessem levado a lanterna mais houvesse uma briga entre Whetmore e seus amigos, quem sobreviveria? Whetmore era apenas um e seus amigos estavam em QUATRO.
R.: 1º. Radio transistorizado é muito semelhante ao radio amador (walkie talkie). Se há duvidas sobre quem devia estar FALANDO (e não digitando “SMS”) via radio, o MP falhou em reconhecer ou ao menos analisar as vozes posteriormente comparando aos 4 sobreviventes. Ou melhor, quando as equipes chegaram, pelos autos lidos pelo Presidente “Truepenny”, subentendesse que as equipes de resgate reconheceram a voz de R.W. e ele mesmo falou em seu nome e dos outros. 2º. R.W. levou sim os dados, propôs a fagocitação, quis esperar mais 7 dias (de fato, o que os outros 4 não gostaram, mas não gostar não significa matar), e mesmo assim aceita que joguem os dados por ele. 3º. Todo o que se discutiu até aqui, foi no 20º dia. Porém, sabemos que foi só no 33º dia que R.W. foi morto, ou poderia mesmo ter morrido por inanição, dando liberdade aos companheiros de servirem-se da carne dele. (Fontes: Livro Doutrinario – Manual do Advogado; Física 1 e 2 – Tipler)
3- A Defesa pode alegar um estado de necessidade, mais que estado de necessidade é este em que se mata uma pessoa para depois come-la? Estado de necessidade é quando você já tem um cadáver e por uma necessidade se alimenta daquela carne. Existe uma grande diferença, afinal você não mata ninguém. E se realmente estavam em estado de necessidade, que esperassem, afinal, o mais fraco era o que morreria primeiro, morreria por falta de alimento e água, mas não por homicídio.
E se fossem o filho, o pai, o sobrinho de vocês? Que saíram felizes, pois iam se divertir com os amigos, fazer algo que gostem e lá fossem mortos e comidos por esses mesmos amigos? Vocês concordariam com esse estado de Necessidade? Aceitariam que os criminosos fossem soltos e vivessem uma vida normal? Uma vida que foi tirada brutalmente de um parente de vocês? Acredito que não, acredito que os senhores iriam até o fim para uma justiça, assim como a família de Roger está pedindo neste momento.
Segundo Charles Darwin os mais fortes em situação de perigo sempre sobrevivem sendo assim, sabe-se que os exploradores não morreriam todos ao mesmo tempo, um (em estado de necessidade) morreria primeiro e assim os outros se alimentariam deste (neste caso sim, se alimentariam do outro por pleno estado de necessidade), mas assim não o fizeram. Estranho eles não terem pensado nisso, já que se tratava de cientistas, pessoas de conhecimento das leis. Nem o mais ignorante dos homens que passa fome todos os dias na África e até mesmo aqui no Brasil, não age como eles agiram tirando a vida de uma pessoa.
R.: Fico constrangido em ver que meus colegas da promotoria não se deram ao trabalho de estudar o que significa o estado de necessidade. Se você e mais outros quatro naufragassem e que para a sobrevivência precisassem de uma única bóia. Essa bóia só suporta uma pessoa. É desumano disputar pela bóia? E vejam, os exploradores não disputaram, e, procurando uma forma mais leviana, tiraram na sorte. Como R.W. propôs. Outra coisa. As mortes por fome na Africa são travas invisíveis que a própria sociedade impõe. Eles tinham travas muito visíveis e que decorreram de um deslizamento natural. Caso contrário, as equipes de resgate identificariam se foi causado pelo homem e consequentemente isso constaria no laudo pericial dos fatos. O que não foi feito, nem pelo MP,nem pela Promotoria.
4- A Defesa também poderá chegar aqui e alegar que o estado se omitiu, mas como consta nos autos membros do próprio estado
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