Violencia Contra A Mulher
Dissertações: Violencia Contra A Mulher. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: raquelzinha01 • 2/5/2014 • 2.070 Palavras (9 Páginas) • 337 Visualizações
O conhecimento científico é um processo em constante construção, e se contrapõe ao senso
comum por este ter uma experiência inicial espontânea, e uma primeira impressão que temos dos
fatos e dos dados. O conhecimento científico é algo além do que mostrar a verdade dos fatos.
Para produzir conhecimento científico utilizando de diversas contribuições teóricas e
contextualizando tais contribuições.
O conhecimento científico é um produto que resulta da investigação científica, procura não
apenas dar respostas às questões cotidianas, ma fornece explicações sistemáticas que possam ser
testadas ou criticadas. Não é o tema, problema ou assunto que o diferencia do senso comum, mas a
forma que utiliza para investigação. A crítica faz parte do processo de investigação científica, e
constitui fase importante no processo de formulação científica.
Seria ingênuo definir que produzir ciência está nos simples fato da observação da realidade
ou dos fenômenos. Bachelard expressa o seguinte:
“Na formação de um espírito científico, o primeiro obstáculo é a experiência inicial, é a experiência
situada antes e acima da crítica, que é necessariamente um elemento integrante do espírito científico. Dado
que a crítica não operou explicitamente, a experiência inicial não pode, em caso algum, constituir um apoio
seguro. Daremos inúmeras provas da fragilidade dos conhecimentos iniciais, mas opomo-nos desde já
nitidamente a esta filosofia fácil que se baseia num sensualismo mais ou menos sincero, mais ou menos
romanceado, e que pretende receber diretamente as suas lições de um dado claro, nítido, seguro, constante,
sempre oferecido a um espírito sempre aberto”. (BACHELARD, 1984, p. 170, grifos no original)
A violência contra a mulher é entendida como um fenômeno social baseado nas
desigualdades de gênero, e não como uma consequência da pobreza ou do alcoolismo, ocorre em
diversos lugares do mundo, qualquer classe social, etnia ou raça e em qualquer geração.
Segundo dados do IBGE, os números de registro de atendimentos na Central de
Atendimento à mulher somente até o primeiro semestre de 2012 foram 47.555. A violência física
aparece em maior número, variando entre lesão corporal leve, grave ou gravíssima, tentativa de
homicídio e homicídio consumado.
O ambiente familiar era tido como local privado e restrito. O Estado não tinha como intervir
para combater a violência doméstica. Além disso, o medo, a vergonha, a falta de informação e
outros fatores colaboraram para que mulheres não denunciassem seus agressores, quase sempre um
inimigo muito próximo, como marido, companheiros, pais, namorados.
Em 2006 foi criada a lei 11340 – Lei Maria da Penha, dando amparo com uma rede de
atendimento e atenção às vítimas da violência doméstica, punindo os agressores e dando apoio
jurídico, social e psicológico às vítimas.
Maria da Penha Maia Fernandes é brasileira, em 1983 sofreu duas tentativas de homicídio
por parte de seu ex-marido e pai de suas três filhas, o professor universitário e economista Marcos
Viveiros. A primeira foi com um tiro em suas costas enquanto dormia e a segunda ao tentar
eletrocutá-la no banho. O resultado das agressões foi a perda do movimento das pernas, o que a
deixou paraplégica, presa a uma cadeira de rodas, além de outras sequelas. Diante da impunidade
do crime, Maria da Penha recorreu à Comissão de Direitos Humanos da OEA (Organização dos
Estados Americanos) para que a Justiça brasileira tomasse uma decisão definitiva diante das
agressões contínuas que sofria. Em 2001, o Brasil foi condenado pela Comissão por omissão e
impunidade no caso de violência contra as mulheres, e a lei foi finalmente criada, sendo um
importante instrumento na luta contra a violência. Maria da Penha tornou-se referencial para
mulheres de todo o Brasil.
E o que é definido como violência contra a mulher? É toda e qualquer ação ou conduta que
cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual, psicológico ou moral à mulher que ocorra dentro da
própria casa, em relações pessoais e/ou de convívio, inclusive nas relações de namoro. O estupro, a
violação, os maus-tratos e o abuso também são considerados violência contra a mulher.
As variações dos tipos de violência doméstica segundo a Lei Maria da Penha são as
seguintes:
1. Violência psicológica: é o ato de causar dano emocional, diminuir a autoestima, prejudicar
e perturbar o pleno desenvolvimento pessoal, degradar ou controlar comportamentos,
ações, crenças e decisões mediante ameaça, constrangimento,
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