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Violencia Contra Mulher

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Por:   •  3/3/2015  •  1.615 Palavras (7 Páginas)  •  715 Visualizações

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Introdução

Este trabalho propõe a reflexão da violência contra a mulher, que mesmo no século XXI ainda é um tema muito recorrente no Brasil e no mundo, isso porque as mulheres ainda são submissas aos seus companheiros e por vezes sofrem violações dos seus direitos humanos.

Independente de classe social, esse problema resiste apesar da busca por soluções por meio de campanhas de conscientização e após a aprovação da lei 11.340/2006 batizada de lei Maria da Penha com isso criou-se um novo mecanismo de proteção contra a mulher vitimada.

Dados referentes a essa violência são alarmantes, os registros indicam também que a violência física representa 54% dos casos relatados e a psicológica, 30%. No ano, houve 620 denúncias de cárcere privado e 340 de tráfico de pessoas. Foram registradas ainda 1.151 denúncias de violência sexual em 2013, o que corresponde à média de três ligações por dia sobre o tema.

O objetivo é especificar o que é violência, o que deve ser feito quando a mulher é agredida, esclarecer o que é a lei Maria da Penha e porque as mulheres não denunciam seus agressores. Além disso, é de suma importância refletir que à medida que mais informações sobre o assunto são obtidas, o medo diminui, as denúncias aumentam, e em decorrência disso o numero alarmante de mulheres agredidas pode reduzir consideravelmente.

Discussão

Entrevista da promotora de justiça Luiza Eluf, a revista Isto é, em 21/10/2010.

Sabemos que os direitos humanos ainda estão distantes de serem devidamente respeitados, especialmente no tocante aos direitos das mulheres, a sua integridade e dignidade tem sido violada em todas as classes sociais, “o machismo não tem classe social”, como diz a promotora de justiça Luiza Eluf em seu artigo “matam-se mulheres feito moscas no Brasil”.

No referido artigo a promotora traz um dado alarmante: “uma mulher é assassinada a cada duas horas no Brasil”, segundo o Mapa da Violência 2010, estudo feito pelo Instituto Sangari com base nos dados do Sistema Único de Saúde. A maioria é vítima de ex-namorados, maridos, companheiros. Enquanto o machismo não acabar, as mulheres continuarão morrendo, ressalta a mesma.

Neste sentido é urgente o enfrentamento destas questões, além de denúncias e punições no tocante à violência contra a mulher, investir em trabalho preventivo na formação continuada sobre os direitos humanos; direitos sexuais e reprodutivos; fortalecimento nas relações de gênero…

Vale salientar que as relações de gênero estão mudando, mas o machismo ainda impera muita coisa ainda precisa ser feita, o debate sobre “gênero” deve ser incorporado, considerando estas transformações elucidadas nas relações entre mulheres e homens na nossa sociedade, e o quanto apesar disto a mulher ainda é vítima de violência. Portanto o direito à informação, o acesso à políticas públicas que garanta a socialização de conhecimentos sobre gênero e sexualidade é uma demanda da contemporaneidade.

Texto de Manoel José Bizarro Júnior da vara da família do Rio grande do Sul.

A violência contra a contra mulher é uma questão social e de saúde pública que consiste num fenômeno mundial que não respeita fronteiras de classe social, raça, etnia, religião, idade e grau de escolaridade. Atualmente e em geral, não importa o status da mulher, o lócus da violência continua sendo gerado no âmbito familiar, sendo que, o risco de a mulher ser agredida pelo próprio marido, companheiro, ou mesmo ex-marido, é muitas vezes maior do que a de sofrer alguma violência por estranhos.

Portanto, não basta garantir o atendimento à saúde. É necessário o resgate da cidadania e dos direitos humanos das mulheres tais como o reconhecimento de seus direitos sociais, econômicos, civis e políticos. Muitas mulheres afirmam já terem sofrido algum tipo de agressão e muitas dizem ter consciência de que seus agravos de saúde estão associados à violência, mas nunca conversam com ninguém sobre o assunto.

Mulheres que vivem com parceiros violentos encontram dificuldades para cuidar de si próprias, procurar emprego, estudar e desenvolver formas de viver com mais conforto e autonomia, contribuindo ainda mais para seu sofrimento psíquico e social.

As mulheres que relatam terem sofrido violência doméstica apresentam formas combinadas de agressões físicas, como nódoas negras, fraturas, queimaduras, marcas de tentativas de estrangulamento, golpes provocados por instrumentos cortantes, etc. Quanto às agressões psicológicas retratam como sequelas de medo, isolamento afetivo, dependência emocional, sentimentos de culpabilidade e quadros depressivos.

Artigo da psicoterapeuta Silvana Oliveira

A saída da mulher do espaço doméstico para o espaço público sinalizava grandes mudanças e assustava os representantes da velha ordem patriarcal, há séculos no poder. As conquistas feministas e femininas acirraram relações conflituosas com os homens que, de um modo geral, se mostraram inquietos, acuados e impotentes e querendo muitas vezes reafirmar seu poder diante da mulher com atitudes machistas e às vezes até violentas, emergindo assim, a necessidade de se repensar as relações das mulheres e homens ao longo da história da humanidade.

Apesar de todos os avanços, e ao mesmo tempo, por outro lado, deslizes e até omissões que presenciamos no enfrentamento em relação à violência contra a mulher, os estudos realizados ressaltam a importância de incentivar a denúncia da violência, assegurando-se proteção às vítimas e adoção de medidas eficazes para a punição dos agressores. Os instrumentos jurídicos já existem, bastam que sejam cumpridos. Então é necessário investir na justiça, mas, além disso, tratar o agressor. É necessário trabalhar com os homens violentos para compreender o porquê de suas manifestações de violência, visando a uma mudança de mentalidade, para que passem a respeitar suas esposas ou companheiras.

Analise

Todos concordam que é inaceitável a violência contra a mulher, porem quatro defende a lei criada para proteção da mulher, a lei Maria da Penha. E um, diz que essa lei é mais um golpe populista desse governo federal.

Existe uma infinita lista com motivos para que a violência ocorra. Um deles é a cultura do nosso país, que trata a mulher como um ser inferior,

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