A Gestão Educacional

Gestão Educacional

A fundação Victor Cevita realizou uma pesquisa com diversos diretores. A maior parte da reclamação era sempre a mesma: problemas administrativos ocupam maior tempo. É sabido que a participação do diretor é desejável, decisiva e insubstituível. A pesquisa mostra que 64% dos diretores reconhecem que não estão suficientemente preparados para exercer a função. Afirmam ainda que a maior parte de suas decisões não está baseada no que aprenderam dentro de suas faculdades, chegando até mesmo a ignorar a sua nota nos rankings oficiais de ensino. O mais grave resultado da pesquisa diz que apenas 2% dos gestores se sentem responsáveis pelos maus resultados obtidos por suas escolas. A maior parte, ou seja, os outros 98% simplesmente culpam pais, professores, alunos, a escola, ou o governo.

O que existe hoje no Brasil são grandes obstáculos. Um deles é a formação dos próprios gestores. A maior parte tem seu início de carreira como professor, sabendo-se que tal função não necessita de nenhuma experiência como administrador. O currículo do professor não exige a experiência ou habilidade na área. Não há o desenvolvimento de habilidades como a própria liderança de equipes. O que acontece hoje é que a grande maioria está no cargo de direção porque algum político os indicou. Fato este que não ocorre apenas nas escola de ensino fundamental e médio, mas também nos próprios institutos federais de educação e universidades. Apenas uma pequena minoria ocupam o cargo por critérios técnicos. E praticamente impossível encontrar capacitação e/ou seleção eficiente para treinar e/ou escolher profissionais para esta função.

Outro fator que merece um olhar mais apurado é o fato de que os trabalhos burocráticos exigem muito mais dos gestores do que as reais prioridades. Por exemplo: supervisionar o alimento fornecido pelo governo, limpeza do estabelecimento, fiscalização da entrega do material, preenchimento de relatórios para a secretaria, entre outros. É necessário uma boa formação, além da própria experiência em gestão. Os gestores precisam ter total atenção voltada para as salas de aulas. Os objetivos acadêmicos precisam ser claros, objetivos e precisos. Sendo assim, os professores e outros funcionários terão maior facilidade em desempenhar o seu papel. É necessário haver interação e visão a longo prazo. O plano pedagógico precisa ser elaborado e compartilhado com todos que fazem parte do ambiente educacional.

Quem pensa que tarefa de diretor ou até mesmo coordenador pedagógico é fácil, está enganado. Seu trabalho não se limita a ficar sentado atrás de uma mesa, assinando cheques, lidando com prestadores de serviços, fazendo compras, reposição de materiais, etc. Ao contrário, o diretor é o gestor da escola, a cabeça que pensa em todos os detalhes para que não só a educação naquele espaço escolar seja de qualidade, mas o atendimento à comunidade, pais, alunos e funcionários.

Não importa a instituição educacional, pública ou privada, ambas exercem total importância e influência em nossa sociedade. As duas devem convergir para uma boa formação ética. Os valores e princípios devem ser fundamentados no foco educacional oferecendo as mesmas oportunidades e possibilitando um conhecimento um conhecimento construtivo. Deve valorizar professores, funcionários e alunos. Ambas devem contribuir para a melhora da sociedade eticamente.