AS IMAGENS DO OUTRO SOBRE A CULTURA SURDA
Por: luciana075 • 31/5/2019 • Resenha • 1.043 Palavras (5 Páginas) • 682 Visualizações
UNIVAG – CENTRO UNIVERSITÁRIO
CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
RESUMO
AS IMAGENS DO OUTRO SOBRE A CULTURA SURDA
Acadêmico: Gabriel Santos
Profº Orientador: Jairo Schantz
Várzea Grande-MT
2019
Resumo: AS IMAGENS DO OUTRO SOBRE A CULTURA SURDA
A autora busca em seu livro trazer a tona uma reflexão a cerca da cultura surda e suas especificidades, ela inicia o seu livro com questionamentos que muitos ainda não sabem responder: Qual o conceito que trazemos sobre a cultura? Há, de fato, cultura surda? O povo surdo, de fato, produz uma cultura? O que os outros falam sobre a cultura surda? Por que muitos sujeitos dizem que não existe cultura surda?
Abordando os aspectos preconceituosos e ditatoriais dominantes na cultura secular dos ouvintes. Como sita a autora, “Para a comunidade ouvinte reconhecer a existência da cultura surda não é fácil´, mostrando a necessidade de haver mudança conceitual e quebra de paradigmas e aceitação da comunidade surda como ser igual por parte dos ouvintes.
Entender e falar sobre a cultura surda precisamos estar cientes que, cultura é desde os movimentos artísticos, costumes e valores, vestimenta, os meios de comunicação, a língua, cerimonias, rituais e lendas de um determinado grupo, ou seja, é praticado no coletivo e é passado de geração a geração, havendo assim, múltiplas culturas.
Sendo assim, a cultura surda é o jeito de ser e entender o mundo, através da língua, dos artefatos, das ideias, as crenças, costumes e valores, normas, comportamentos, tendo autonomia de altera-lo passa assim, o tornar acessível de maneira visual de forma que contribua na formação das identidades surdas e nas comunidades surdas.
No primeiro capítulo, a autora aborda o conceito de cultura, através de questionamentos levantados por suposições que abrangem o conhecimento, a existência e por fim a construção ou produção da mesma pela comunidade surda, buscando bases teóricas para fundamentar e esclarecer as questões acima mencionadas. Encontrando entre os autores consultados divergências quanto ao conceito, porém para esclarecimento traçou fases da história e suas transformações.
No segundo adentra a cultura surda, onde o questionamento gira em torno do que vem a ser a cultura surda e se ela existe de fato. As pessoas se espantam e questionam com perguntas como: os surdos têm cultura? Como pode haver uma cultura surda? Será que nas festas dos surdos há músicas? A visão errônea do tema a ser tratado, leva a constatação da ignorância do ouvinte quanto à realidade da comunidade surda, onde para haver relacionamento necessita ouvir, falar ou ver, significando o quanto equivocados estão os ouvintes. A autora explica que é comum as pessoas deduzirem que os surdos vivem isolados e que para se integrar é preciso adquirir a cultura ouvinte, isto é, para viver normal, segundo a sociedade, é preciso ouvir e falar. O que é um equivoco, já que o povo surdo não vivem isolados e incomunicáveis, simplesmente eles tem um modo de agir diferente dos sujeitos ouvintes normais.
A ignorância do povo ouvinte é imensa que eles duvidam da capacidade intelectual dos surdos, em um trecho do livro a autora cita uma experiência que um médico vivenciou ao atender um surdo, quando foi perguntar a profissão, o médico surpreendeu com a resposta, pois o sujeito surdo estava fazendo um mestrado.
Dentro do povo surdo, os sujeitos surdos não se diferenciam um de outro de acordo com grau de surdez, mas o importante para eles é o pertencimento ao grupo usando a língua de sinais e cultura surda, que ajudam a definir as suas identidades surdas. Cultura surda é o jeito de o sujeito surdo entender o mundo e de modificá-lo a fim de torná-lo acessível e habitável, ajustando-o com as suas percepções visuais, que contribuem para a definição das identidades surdas e das almas das comunidades surdas.
...