Fichamento Nelson Traquina

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS CAMPUS III – DCH III

COMUNICAÇÃO SOCIAL / JORNALISMO EM MULTIMEIOS

AMANDA FERNANDES ROCHA

FICHAMENTO DO CAPÍTULO 2

DO LIVRO “TEORIAS DO JORNALISMO”

JUAZEIRO - BA

MARÇO 2014

AMANDA FERNANDES ROCHA

FICHAMENTO DO CAPÍTULO 2

DO LIVRO “TEORIAS DO JORNALISMO”

Trabalho solicitado pela professora

Márcia Guena como forma de

avaliação dos alunos

do segundo período de Comunicação Social.

JUAZEIRO - BA

MARÇO 2014

De acordo com as “regras” jornalísticas, a produção da notícia deve ter como base a veracidade. O conceito de jornalismo defende uma relação forte com a realidade, e abomina qualquer membro jornalístico que “burle” essas “regras”. Na construção da notícia, o jornalista passa agora a ser cauteloso com a informação, relatando-a com veracidade e sendo cauteloso a não expor suas opiniões pessoais.

Porém, precisa-se estar atento para a nova configuração na produção da notícia: Com as novas mídias, principalmente com o surgimento da internet, o jornalista, na construção da notícia, não precisa necessariamente estar presente no local do acontecimento. Cidadãos comuns, que não pertencem à comunidade jornalística, filmam com seus celulares, máquinas digitais e em seguida lançam esse material na grande rede mundial de computadores.

Se a notícia acompanha a realidade, então ela é um produto perecível devendo chegar ao público o mais rápido possível correndo o risco de não ser a mais recente informação. “O imediatismo é definido como um conceito temporal que se refere ao espaço de tempo (dias, horas, segundos) que decorre entre o acontecimento e o momento em que a notícia é transmitida, dando existência a esse acontecimento” (TRAQUINA, 2005, p.37).

Os jornalistas buscam levar em primeira mão uma informação. Isso exige dos mesmos um trabalho de constante verificação dos fatos e das possíveis fontes de informação. Dentro da história da profissão há uma inclinação para a hierarquia da credibilidade. Segundo a idéia defendida por essa hierarquia, os jornalistas dão mais credibilidade ao título que a fonte tiver, do que o conteúdo que ela sabe; quanto maior o cargo do indivíduo exercido na sociedade, maior será a confiança do jornalista/leitor.

Mas essa é uma tendência que parece estar tomando novos rumos. Afinal, quem melhor para falar sobre uma tragédia do que suas vítimas? Com um celular na mão, as fontes coadjuvantes não apenas contam o que aconteceu. Agora, elas mostram os fatos através de imagens. Usam a internet como espaço para relatar suas experiências pessoais. Essa quebra de hierarquia está sendo possível principalmente porque as fontes estão cada vez mais ativas na construção de material que serve de subsídio para os jornalistas no processo de construção da notícia.

Estes profissionais dialogam com muitas vozes que se apresentam através de textos, fotos, vídeos, áudios, experiências particulares. Elas adentram as redações por meio da grande rede.

Traquina nos apresenta a notícia como sendo resultado de um processo que envolve a percepção, seleção e transformação de uma matéria-prima (os acontecimentos) em um produto, as notícias. Ele nos mostra a questão: o que é notícia?  Diversas teorias foram desenvolvidas com o objetivo de esclarecer a resposta para essa pergunta. Quais os critérios de noticiabilidade utilizados pelos jornalistas? Nos diversos conteúdos apresentados, o jornalista se depara com o excesso de informação, uma verdadeira avalanche informacional. Então Traquina nos apresenta teorias sobre como os jornalistas escolhem o que será publicado, o que será notícia.

Na cultura jornalística, existem critérios de noticiabilidade compartilhados entre seus membros. Traquina define noticiabilidade como “o conjunto de critérios e operações que fornecem a aptidão de merecer um tratamento jornalístico, isto é, possuir valor como notícia. Assim, os critérios de noticiabilidade são o conjunto de valores-notícias que determinaram se um acontecimento, ou assunto, é susceptível de se tornar notícia, isto é, de ser julgado como merecedor de ser transformado em matéria noticiável e, por isso, possuindo ‘valor-notícia’ (“newsworthiness”) (TRAQUINA, 2005, p.63).