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Linguá Brasileira de sinais

Por:   •  12/11/2015  •  Relatório de pesquisa  •  2.806 Palavras (12 Páginas)  •  611 Visualizações

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Andréia M. de Lima Dias

ATIVIDADE DO 6º CICLO DE APRENDIZAGEM A DISTÂNCIA:

Curso: Licenciatura em (Educação Física) – EAD

Disciplina: Língua Brasileira de Sinais

Tutor a Distância: Cristiane Regina Tozzo

Cuiabá

24-08- 2015

Polo de Cuiabá


Disciplina: Língua Brasileira de Sinais

Tarefa: atividade do ciclo 6

Nome: Andréia M de Lima Dias

RA: 1120692

Turma: 05/1T

Parecer do Tutor:

A Educação Brasileira vem ao longo dos últimos anos buscando a Educação Inclusiva com base na Inclusão Social pretendida pelos grandes defensores da sociedade em geral, com igualdade de direitos. A Educação dos surdos é um dos pontos de trabalho constante desta educação inclusiva, sendo defendida ao longo de décadas, até que se chegou à positivação da Linguagem de Libras, no ano de 2002 pela Lei n° 10.436.

A audição desempenha papel importante na vida do indivíduo, pois através dela ocorre a comunicação e o contato com o mundo. As funções da audição são as mais diversas, entre elas podemos citar a localização e a identificação, o alerta, a socialização, o intelectual e a comunicação.

Pela localização e a identificação o ouvinte pode reconhecer de onde vem o som e que som é este, seguem dois exemplos: uma pessoa que grita por socorro, seus gritos permitem localizar onde a pessoa está e o ouvinte poderá ir em seu socorro ou até mesmo alguém que grita te chamando, você poderá localizar a pessoa pelo som. Um segundo exemplo é a campainha de uma casa que toca e o ouvinte poderá ir abrir a porta para receber quem está chegando.

Pelo alerta, o ouvinte é avisado de algo no qual deve prestar atenção. Seguem dois exemplos: Uma pessoa grita para salvar você de um risco iminente, como um animal que está para atacá-lo ou um carro que vem em sua direção. Outro exemplo é a sirene da ambulância demonstrando que está com alguém necessitando de cuidados urgentes e constitui um som capaz de ser identificado e alertar pela audição.  

Pela socialização, permite-se trocar informações com outras pessoas. Dois exemplos: Trocar informações com outras pessoas através de diálogos em algum evento e outro exemplo é a construção de amizades em qualquer lugar pelo diálogo.

Pelo intelectual é possível agregar conhecimento, seguindo dois exemplos: Em sala de aula pelas lições proferidas pelo professor e outro exemplo é o caso de participação em congressos, palestras, seminários onde alguém bem capacitado irá falar acerca de um assunto importante e o ouvinte irá escutar e aprender.

Pela comunicação ocorrem conversas, diálogos, recebimento de informações, havendo neste caso a fala e o ouvinte é quem consegue receber tais palavras. Seguem dois exemplos: Diálogos do dia a dia, entre familiares e amigos, outro exemplo é a comunicação de notícias pelo rádio e pela TV, a comunicação para realizar um pedido em um estabelecimento comercial, receber uma ligação telefônica.

Portanto, é de suma importância a inclusão do surdo no ensino regular, para que ele tenha condições de desenvolvimento iguais às dos demais, criando-se, assim, um ambiente bilíngue de sucesso com interação entre todos os alunos, surdos ou não, e professores.  A educação abordou a situação dos surdos de diversas formas ao longo da história, havendo sucessos e fracassos em cada momento.

A primeira abordagem que se pode falar é o Oralismo que foi utilizada durante boa parte da história, cuja tentativa era de integrar a criança com os demais que a deveriam ouvir, sendo que seu objetivo era de reabilitação do aluno surdo, ou seja, a busca pela fala, através da negativa de que existisse realmente a surdez. Dessa forma, esta visão coloca a surdez como uma deficiência que pode ser combatida, fazendo com que a criança passe a ouvir, assim buscava-se o desenvolvimento da fala acreditando que o surdo tornar-se-ia um ouvinte. Durante o uso desta abordagem, os alunos eram proibidos de usar sinais e conviver com outros surdos e o aprendizado da fala era a grande prioridade, mesmo que prejudicasse outros aspectos como o lado emocional e o lado intelectual. Nesta abordagem, que teve seu auge nas décadas de 1950 e 1960, os professores ficavam mais responsáveis por ensinar a falar do que ensinar o conteúdo relativo à aprendizagem e o governo queria o combate ao analfabetismo em prol do progresso do país, assim, era necessário que os surdos aprendessem a falar para aprenderem a ler e escrever e assim, diminuir o analfabetismo.  Esta forma de educação foi quase uma hegemonia no século XX tanto para a educação, quanto para a área médica.

Diante de tal abordagem, existiam as escolas para surdos, como o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), fundado em 1857 no Rio de Janeiro, que trabalhavam o Oralismo, mas que hoje não têm mais tanta força, pois as escolas estão trabalhando a linguagem de sinais. Foi em 1980 que o Oralismo começou a ser questionado, pois os fracassos foram sendo mais destacados, com alunos com pouco desenvolvimento, baixo desempenho escolar e longas observações e estudos apontaram que este fracasso foi constante ao longo de cerca de um século, mesmo não sendo questionado em tal período. Os fracassos ocorriam por causa da falta de convivência entre surdos, pela negativa de que a surdez era irreversível ou que realmente existia e pela proibição de fazer qualquer sinal que buscasse demonstrar algum tipo de linguagem. Os fracassos ocorreram exatamente porque não se considerava a condição de surdo do indivíduo e queria que ele fosse algo que não era ou não tinha condições para ser. Sua linguagem era proibida.

O Oralismo sempre foi uma decisão dos ouvintes pelos surdos, e foi a citada Lei de Sinais de 2002 que renovou as esperanças da educação dos surdos, passando a ser uma garantia obrigatória a estes alunos, o uso da linguagem bilíngue. O que se sabe dessa abordagem foi que ela apresentou este fracasso de não atender as expectativas dos surdos e não contribuir para seu desenvolvimento e inclusão social, o sucesso da abordagem foi uma crença médica e política que defendia que esta forma de educação seria a melhor para o surdo, sem sequer avaliar os resultados. Os fracassos ainda foram observado quanto ao nível prejudicial alto ao desenvolvimento do lado intelectual, de conhecimento e afetivo.

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