Os Campos em Estudo: Outras Contribuições

4.1. Os Campos em Estudo: Outras Contribuições

Tomando por base os três grandes campos de estudo do discurso (Retórica e Argumentação, Discurso Jurídico e Discurso Jornalístico) e as fases do discurso (enunciativa, descritiva, narrativa e argumentativa) pode-se estabelecer parâmetros à análise discursiva.

Neste capítulo, ao analisarmos a Teoria Aristotélica, a Teoria da Argumentação, a Retórica Clássica, os pareceres do teórico Fidalgo, da teórica Ana Lúcia Vieira, chegamos numa sistematização no que se refere aos papeis do orador e do auditório e a ascensão midiática no processo veicular da mensagem. Ainda tratando do discurso jornalístico, expomos que a autoridade e credibilidade não são somente de responsabilidade do jornal, mas tanto é dos profissionais assinantes; e, na maior parte das vezes, as cenas escritas para divulgação da mídia apresentam foco condenatório que distorce o fato real, o que é uma maneira imprópria de divulgação.

O ato de comunicar deve ser tido como mais que a simples transmissão de informações, deve usar-se de recursos paralelos à fala ou à escrita para produzir os efeitos desejados a seus receptores. Considere as dimensões da notícia, segundo Charaudeau: domínio, forma e texto.

Seguindo no raciocínio do mesmo teórico, os modos de organização do discurso são divididos em quatro categorias conforme suas finalidades discursivas em suas faces discursivas. Como já mencionadas, são elas as categorias: Enunciativa, Descritiva, Narrativa e Argumentativa; das quais vamos tratar especificamente no próximo tópico do resumo.

4.2 Faces do discurso nas sequências enunciativas

Será apresentada as Categorias Modais, em especial, o Discurso Relatado, que é uma modalidade completa e necessita de algumas características, como: Posição dos Interlocutores, que em algumas vezes possuem intermediários que suscitam algum problema. Há mais três características subordinadas a essa, dentre as quais: o grau de finalidade, o modo de reprodução e o tipo de “distância” do locutor.

É necessário observar a maneira em que se relata o Discurso Relatado, pode ser por meio de citação, integrado, narrativizado e evocado.

Citação: é o estilo direto, seguido de dois pontos ou entre aspas, e assim inserido o texto de origem.

Integrado: é o estilo indireto, é o relato em 3ª pessoa e a inserção de pronomes.

Narrativizado: é a forma em que o Locutor de Origem passa a ser um “agente de um ato a se dizer”.

Evocação (Alusão): é um dado evocador do que o Locutor de Origem disse, ou tem o hábito de dizer, os grupos de palavras ditas ficam entre aspas.

4.3 Faces do Discurso nas sequências descritivas

Em um relato há uma ligação estreita entre o descritivo e o narrativo. Há o estabelecimento de três níveis que devem ser levados em conta, que são: Nomear, Localizar-Situar, Qualificar. Dentro da Qualificação estão inseridas mais duas características, a Acumulação de detalhes e a Analogia.

Esses três níveis estão relacionados ao objeto de estudo, e assim, servem de suporte na análise do B.O.

4.4 Faces do discurso nas sequências narrativas

O autor desconsidera a narração no modo ensinado nas escolas, e apresenta a narração como um texto em que coloca em evidências os componentes e os procedimentos em uma combinação para uma compreensão melhor de um determinado texto.

Na narrativa sua finalidade é o que é contar, e precisa de um contador. A Função do Narrativo é organizar de maneira sucessiva e contínua e marcado pelo seu próprio fechamento. Outra característica é a forma em que está organizada, por uma sucessão de acontecimentos que se organizam pelo principio da coerência.