Pesquisa Maquiavel em Sua Obra “O Príncipe”
Por: Sarah Belo • 31/10/2021 • Trabalho acadêmico • 504 Palavras (3 Páginas) • 194 Visualizações
Maquiavel em sua obra “O Príncipe” fala sobre as características do governante ideal e sobre como ele deve agir diante de seu povo. Podemos ler ali pontos um tanto quanto controversos diante daquilo que temos como moral, mas a verdade é que o jogo do poder que move o mundo desde os primórdios carrega consigo muitas dessas controvérsias morais. Podemos analisar e enxergar isso nos mais diversos períodos e governos da história, mas nesse texto vamos falar do famoso líder russo, Vladimir Putin, que em toda a imagem criada em torno de si e do seu governo, pode ser considerado o príncipe ideal de Maquiavel, na medida em que é temido e amado por muitos em todos esses anos de seu governo.
Ao refletir acerca do cenário de grandes líderes, Vladimir Putin exerce um papel expressivo na temática da política mundial. E mesmo diante de polêmicas, é estimado pelo povo.
Alguns argumentos que asseguram essa crítica, é sua força na Rússia devido à confiança que ganhou do público após o enorme crescimento econômico por conta do petróleo e do gás no país, elevando o PIB russo. Além disso, suas falas preconceituosas, bombardeios a grupos armados e a censura da imprensa durante o seu mandato, faz de Putin um chefe de estado que questionável perante o resto do mundo. Seus 20 anos frente ao governo russo, bom ou ruim, são sem dúvidas seu maior marco, e já faz história no país tentando alcançar o famoso ditador Josef Stalin.
Para entendermos as aplicações práticas das teorias de Maquiavel nos dias atuais, analisaremos como o presidente russo Vladimir Putin, provavelmente o governante mais controverso do planeta, aplicou os princípios de Maquiavel para perpetuar o poder. O primeiro princípio aplicado por Putin quando se tornou presidente após a renúncia de Boris Yelsky, foi destruir a oligarquia anterior e estabelecer uma de sua autoria.
A segunda estratégia de Maquiavel usada por Vladimir Putin foi a centralização de poder. O exemplo mais famoso em que o presidente russo se beneficiando dessa estratégia é na ocasião da Guerra Civil ucraniana de 2014, onde a Rússia anexou parte do país para garantir domínio e liderança na região, e, por consequência, a popularidade de Putin aumentou tremendamente.
Em suma, pode-se dizer que o presidente Putin é o tipo de líder que Maquiavel admiraria: ele poderia tirar proveito da besta e do homem dentro dele, para manipular a política russa e agora permanecer no poder por mais tempo do que qualquer outro governante russo. Quando questionado sobre a importância de projetar força, o presidente Putin respondeu: “Não é importante projetar força, é importante manifestar força.” (Kelly, 2018). Putin é ao mesmo tempo a raposa e o leão quando estabeleceu seu novo contrato social; ele limitaria a democracia ao seu máximo, mas daria ao povo um líder forte e virtuoso (terminologia de Maquiavel). Com mais de 70% do índice de aprovação, Putin alcançou, 500 anos depois de O Príncipe ter sido escrito, o que Maquiavel afirmou ser impossível: ser amado e temido ao mesmo tempo.
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